Capitulo 45 - Ensinando como se brinca (Beatriz)

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As primeiras aulas se passaram e deu o sinal para o intervalo. Todos se levantaram e já foram saindo da sala.
Eu sai da sala junto com Laura e nós fomos em direção ao portão da faculdade para começarmos a colocar o meu plano em ação.
Gustavo começou a nos seguir e quando nos alcançou ele disse:
- Porque estão indo para o portão? A aula ainda não terminou.
- Não te interessa. - falei bem mal humorada. Eu ainda estava um pouco brava por saber que ele é amigo dos caras que jogaram ovos em mim.
- Ok. Só fiquem sabendo que vão se meter em encrenca. - falou Gustavo.
- Você diz isso porque de encrenca você entende né. - falei o encarando.
- Fazer o que né. - falou Gustavo me olhando. - De encrenca eu entendo mesmo. Tenho pós graduação de Beatriz. Você é encrenca certa garota.
- Que engraçado você. - falei e forcei um sorriso. - Mas logo todos vão saber o que estamos indo fazer.
- Quanto suspense. - falou Gustavo.
- Suspense é bom. - falei e nós saímos da faculdade e fomos até o mercado que ficava em frente a faculdade.
No mercado nós compramos duas caixas de ovos, uma cada uma, e depois voltamos para a faculdade com as caixas dentro das mochilas.
Os quinze minutos de intervalo terminaram rapidamente e quando voltamos para a sala de aula vimos que o Henrique estava dormindo.
O professor tinha deixado ele trancado na sala por xingar e responder. Ao perceber que Henrique estava dormindo o professor se aproximou da carteira dele devagar, tentando não fazer barulho, pegou um livro e bateu bem forte o livro na carteira ao lado. O rapaz acordou assustado e caiu da cadeira com o susto enquanto o professor e os alunos davam muita risada.
Laura e eu estávamos rindo muito enquanto ele se levantou do chão muito bravo.
- Você tem problema? - perguntou Henrique para o professor.
- Foi muito engraçado. - falou o professor ainda rindo.
- Não foi nada engraçado. - falou Henrique o encarando. - Eu podia ter problemas cardíacos. E que idéia foi essa de me trancar aqui?
- Eu sabia que você ia sair depois que ficasse sozinho. - falou o professor se recuperando de sua crise de risos e em seguida voltou para a frente.
- Bom alunos agora nós vamos ter um trote beneficente. - falou o professor.
- Eu não vou participar de outro trote não. - reclamou Beatriz.
- Fica tranquila. - falou o professor a olhando. - Esse é um trote beneficente e o único que devia ter acontecido.
O professor passou todas as instruções do trote beneficente e em seguida todos foram para o pátio da faculdade para pintarem o muro.
- Fala sério. - falei indignada enquanto fazia cara feia e passava o pincel no muro sem saber muito bem o que estava fazendo. - Trote beneficente nada. Isso aqui é escravidão. Uma bela maneira de nos fazer trabalhar sem cobrar pelos nossos serviços.
- Mas só reclama. - falou Gustavo se aproximando de mim e começou a pintar do meu lado.
- Fica quieto caipira. - falei olhando para ele com cara feia.
- Você voltou a me chamar de caipira então? - perguntou Gustavo.
- É eu voltei sim. - falei voltando a olhar para o muro. - E caso você não tenha percebido eu já estou pintando essa parte do muro.
- Vai ficar brava comigo até quando? - perguntou Gustavo. - Eu não fiz nada.
- Não sei até quando. - falei.
- Se vai mesmo ficar brava comigo então vou te dar um motivo. - falou Gustavo e passou o pincel com tinta no meu braço.
- Seu caipira abusado. Eu não acredito que você fez isso. - gritei.
- Eu fiz sim. - falou Gustavo rindo.
- Agora você vai ver seu caipira. - falei passando o pincel na tinta e em seguida passei o pincel no rosto de Gustavo começando a rir.
- Eu não acredito que você teve coragem de fazer isso. - falou Gustavo surpreso a olhando.
- Eu tive coragem. - falei e resolvi desafiá-lo. - E aí vai fazer o que?
- É assim é? - perguntou Gustavo e passou o pincel de tinta na minha bochecha. E nós dois acabamos rindo da cara um do outro.
- Bobo. - falei rindo.
- Esta tudo bem entre a gente? - perguntou Gustavo agora sorrindo.
- Esta sim Gus. - respondi e sorri também. - Bom vamos trabalhar né.
- Vamos lá. - falou Gustavo e eu peguei uma carteira para subir em cima e poder pintar a parte de cima do muro.
Ajeitei a carteira certinho, mas quando subi em cima da mesma com a lata de tinta, eu me desequilibrei e cai no meio da grama. A tinta da lata caiu toda em cima de mim finalizando com a lata caindo em minha cabeça.
Com esse meu pequeno acidente eu gritei muito e todos ficaram rindo da cena e do meu escândalo.
- Bea. - falou Gustavo e correu até mim para me ajudar a levantar.
- Obrigada. - falei quando já estava de pé outra vez.
- De nada. - falou Gustavo e sorriu.
- Migo me da um abraço? - perguntei fazendo cara de gatinho do Shrec.
- A não vai rolar abraço com você desse jeito não. - falou Gustavo rindo.
- Vai sim. - falei e o abracei antes que ele pudesse fugir.
- Beatriz você me sujou todo de tinta. - falou Gustavo, mas ele não estava bravo e logo começou a rir.
- Ficou bravinho? - perguntei rindo.
- Eu não sou você. - falou ele rindo.
- Ainda bem que não é. - falei. - Porque isso é só o começo.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Gustavo desconfiado.
- Logo você vai saber. - falei sorrindo.
O resto da aula se passou e na saída Laura e eu ficamos esperando pelos rapazes na entrada da faculdade.
- O que fazem aqui paradas? - perguntou William se aproximando junto com Léo, Roberta, Bruna e Rodrigo.
- Esta na hora de fazer o Henrique provar um pouquinho do próprio veneno. - falei e vi Henrique se aproximando junto com Shane.
Gustavo logo se aproximou também junto com Gabi e Tomás.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou Gustavo. - Reunião?
- O que vocês vão aprontar? - perguntou Léo com certa curiosidade.
- Você vai ver. - falou Laura e os meninos chegaram perto.
- Henrique. - chamei com um sorriso e ele me olhou confuso.
- Você esta doente? - perguntou Henrique estranhando.
- Não estou doente. Porque estaria? - perguntei esbanjando simpatia.
- Você não conversa comigo e depois do trote achei que estivesse muito brava. - falou Henrique. - É normal eu estranhar.
- Você nunca diz nada que preste, por isso sou grossa. - falei. - Mas, chega mais perto Henrique.
- Ta. - falou Henrique sem entender e se aproximou mais de mim enquanto eu tirava os ovos da mochila.
- Ainda esta muito longe Henrique. Chega mais perto. - falei sorrindo.
- Você tem certeza que esta bem? - perguntou Henrique achando muito estranha aquela situação e os meus amigos ja estavam rindo.
- Tenho certeza que estou bem. - falei e ele se aproximou mais.
- Do que é que vocês estão rindo? - perguntou Gustavo sem entender.
- Você vai ver. - falou Laura.
- Eu estou super curiosa. - falou Roberta.
- Então quer dizer que todos que estão no primeiro ano da faculdade tem que passar por um trote? - perguntei.
- É isso ai. - falou Henrique.
- Então azar o dele se for repetente. - falei sorrindo.
- O que você esta querendo dizer com isso? - perguntou Henrique arregalando os olhos.
- Vamos ver se sua pose de machão continua depois disso. - falei e quebrei um ovo na cabeça dele fazendo todos darem muita risada enquanto Shane estava de boca aberta.
- Eu não acredito que você fez isso. - gritou Henrique muito bravo e eu estava rindo muito da cara dele.
- Você mereceu. - falei rindo. - Agora sabe como é ter um monte de gente rindo de você.
- Fica tranqüilo que ainda não acabou. - falou Laura rindo e tirou a caixa de ovos dela de dentro da bolsa.
Eu também tirei a caixa de ovos da mochila e Henrique ia correr, mas William e Léo o seguraram.
- Me soltem. - gritou Henrique e nós começamos a jogar os ovos nele, mas ele conseguiu escapar e foi embora correndo. Foi muito engraçado ele correndo todo coberto de ovo cru.
- Foi muito bom isso. - falou Léo ainda rindo. - Isso é para eles aprenderem a não jogar ovos nas pessoas.
- Devia jogar ovo em você por ter saído correndo. - falou Laura.
- Você não vai fazer isso né Laurinha? - perguntou Léo com certo medo.
- Não vou porque ainda falta alguém. - falou Laura e olhou para Shane. - Não pense que eu esqueci de você Shane.
- Não Laura não faz isso. - falou Shane.
- Não tenha medo Shane. - falou ela se aproximando bem dele e o encostou no muro. - Você não gosta de brincar?
- Eu disse que você ia ficar impossibilitado de ter filhos. - falei.
- Foi você que jogou ovo em mim. - falou Laura e deu um chute no meio das pernas do rapaz. Ele começou a se contorcer com a dor enquanto ela quebrava ovos na cabeça dele.
- Laura ele já sofreu bastante. - falou Léo depois de algumas ovadas e Laura parou de jogar ovos no rapaz.
- Você é uma sem noção. - gritou Shane e saiu correndo também.
- Isso foi incrível. - falou William.
- Agora ele sentiu na pele o que é passar vergonha na frente de um monte de gente. - falei.
- Não acredito que fizeram isso. - falou Gustavo se aproximando.
- Fizemos sim. - falei rindo e quebrei um ovo na cabeça de Gustavo.
- Beatriz. - falou Gustavo indignado. - Porque fez isso? Achei que estava tudo bem entre a gente. Achei que tinha entendido que eu não tenho nada a ver com o que os dois fizeram.
- Esta tudo bem sim Gustavo. - falei e ri enquanto ele me olhou muito confuso. - Eu queria ver como você ia ficar sujo de ovo.
- Porque eu gosto de você mesmo? - perguntou Gustavo começando a rir.
- Você não resiste ao meu charme. - falei rindo.
- Não resisto mesmo. - falou ele agora sorrindo e me abraçou.
- Aí Gustavo você me sujou de ovo de novo. - falei.
- Ninguém mandou você jogar ovo em mim. - falou Gustavo e nós rimos.

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Olá cupidos. Será que ainda tem alguém aqui? Eu espero que sim.
Eu sumi, sei disso e já peço desculpas.
Eu estava muito corrida com trabalho e faculdade, um pouquinho de stress a mais e a criatividade simplesmente não vinha.
Agora que entrei de férias relaxei um pouco e resolvi continuar minhas histórias que estavam paradas aqui afinal elas são muito especiais para mim e vocês também merecem ter um final para a história desses personagens amados que tanto nos fizeram rir.
Então é isso gente, mais um capítulo para vocês e o outro já está mais ou menos pronto também. Agora vai.

E já sabem né? Votem, comentem o que estão achando da história, comentários são muito importantes para eu saber se estão gostando, o que estão achando e também me deixam muito feliz e motivada.

Beijinhos e logo tem mais

Brincando de CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora