Capítulo dezesseis

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Estou quase dormindo, e Emma também. Está quase na hora de Nicollas e Ana vigiarem o quarto.

Algum tempo depois Emma dorme sentada. Eu prefiro não acorda-la, se algo acontecer eu acordo todos. Ficariamos duas horas acordados, e já se passaram uma hora e meia.

Vejo uma clareira surgir devagar no canto da janela. Corro na esperança de ser um carro, e estou certo.

Um carro vem do lado esquerdo da estrada, este anda bem devagar. Quando o vejo bem de perto eu acendo a lanterna do celular, viro-a pra mim e balanço os braços. Tento balançar o mais desesperado possível pra ter certeza que a pessoa do carro vai entender o pedido de socorro. O carro para. Um casal desce e para na grade. Vejo que seus lábios mexem, mas nenhum som é ouvido. Pode ser pela distância ou mais um dos castigos  da tal mulher.

Indico por sinais para eles entrarem e irem até a porta da casa. Enquanto isso vou em direção ao corredor.

Eu poderia acordar todos e pedir ajuda deles para comunicarmos com as duas pessoas do carro, mas prefiro fazer tudo sozinho, pois se der errado não quero decepciona-los.

O corredor está silêncioso e vazio, como imaginei. Desço as escadas, mas antes dou uma rápida olhada no corredor de frente que se encontra trancado, acho que vi algo, não tenho certeza, mas não tenho tempo pra refletir agora. Chego até a porta e bato com as duas mãos bem forte na porta. Nenhuma resposta vem de fora.
Fico ali insistindo por alguns minutos, mas nada acontece.
Subo correndo, preocupado em ser atacado e também com a vontade de ser libertado.

Ao chegar na porta do quarto vejo que todos ainda dormem, vou até a janela e vejo o carro e duas pessoas se balançando e se batendo enquanto seus corpos estão sendo totalmente incêndiados.

O reflexo da mulher responsável pelos ataques aparece atrás de mim. Ela me aponta uma faca, mas eu me viro e não vejo nada atrás de mim. Eu caio. E choro ao perceber que não vamos conseguir sair todos vivos daqui.

Eu nem sei quem eram eles, mas eles morreram por minha culpa. Ou pior, nem sei se eram reais... se eram humanos... se realmente estavam vivos.

Sete Medos(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora