Capítulo dois

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  Assim que desembarcamos no aeroporto de Dublim, a capital do país, Beatriz andando na frente de todos para e se vira pra nós.
- Meus amores, vocês não acham que vou andar pela cidade assim neh? De pijama -
- Querida nos não vamos passear pela cidade. Vamos pegar um ônibus direto pra Tara que é alguns quilômetros daqui, entedeu? -
Diz Shopia.
- Verdade pessoal, Presisamos pegar um ônibus agora -
Exclama Max.

Pegamos um ônibus que nos levará direto para o nosso destino. Dentro do transporte um senhor de mais ou menos 65 anos nos aborda e pergunta:
-  Vocês são turistas americanos? -
- Não - respondo - somos brasileiros.
O homem assente, mas com expressão pensativa. Isso me faz perceber pela primeira vez em dezessete anos, que realmente não temos a aparência de brasileiros. E muito menos os nomes. Reflito sobre o ocorrido por um bom tempo, mas esqueço quando paramos em uma pequena rodoviária.
  - Enfim chegamos -
Diz Ana ao descermos.
  - Graças a Deus né. Estou exausto -
Reclama Max.
- Não vai se animando, ainda pegaremos dois táxis, pois a casa que alugamos fica quarenta quilômetros da cidade. - Diz Nicollas.

Algum tempo depois, chegamos na casa. O sol ja se pôs, deixando a estrada em um breu horripilante. Não há nenhum vizinho por perto. Apenas uma floresta escura rodeia todo o local. Na verdade é uma mansão imensa de madeira com grades nas janela e uma porta que se abre ao meio, que deve ter uns três metros de altura, e pesar uns cem quilos cada lado. Além disso, duas árvores mortas e um jardim totalmente seco colaboram pra aparência macabra qua a casa tem. Deve ter uns três séculos que ali se encontra essa mansão.

- Me digam que não é aqui. -
Beatriz fala.
- Parecia menor e mais nova no catálogo. - responde Sarah. - mas chega de papo, vamos entrar.

Abrimos o portão da grade, e entramos. Nicollas bate na porta, e uma senhora de 70 anos aproximadamente nos atende.

- Nos alugamos a casa - dizemos todos juntos meio desconcertados.
  - É. Eu sei. - responde a velha com a voz tremula e impaciênte.

Entramos em silêncio. A velha nos mostra a sala; que tem um lustre antigo no teto, três sofás de três lugares e velas espalhadas pelo cômodo. Por dentro parece ainda maior. A cozinha pouco menor que a sala tem apenas um fogão a lenha num canto, um armario velho de madeira no outro, e dezenas de panelas penduradas. A sala de estar conta com uma mesa de dez lugares ao centro e um lustre um pouco mais moderno a cima. A casa de madeira e acabamento em pedras me lembra aqueles castelos mal-assombrados do Scooby-doo, o que me traz calafrios. Subimos ao segundo andar em total silêncio, vejo um gato rajado e obeso que me fita por todo corredor, me fazendo ignora-lo. Olho pra todos em volta e vejo rostos confusos, imagino que também estão se perguntando onde se encontra os banheiros. No corredor deve haver pelo menos dezesseis portas. Escolhemos nossos quartos, desfazemos as malas e todos se reúnem no meu dormitório.
- Caramba! Essa casa é muito sinistra - diz Max.
- Pois é. Ah, descobri que cada quarto tem uma suíte atrás dos guarda-roupas  - digo.
- Ainda bem né ! - responde Beatriz.
- Imaginem agente tendo que ir no meio da floresta quando querermos ir ao banheiro -
Diz Nicollas.
Todos riem.
- Eu não quero dormir sozinha - choraminga Ana.
- Vou dormir no seu quarto Ana - responde Shopia - É facil, já que imagino que todos estão desconfortáveis nessa situação, Ana divide o quarto comigo, Sophia com Beatriz, e Charles, Nicollas e Max dormem aqui.
- Eu hein, aqui é sinistro, mas prefiro dormir sozinho - protesta Max.
- Por mim tudo bem - Nicollas responde. Shopia e Beatriz concordam.

Não protesto, porque também não me senti bem nessa casa. E acho que não irei conseguir dormir, pois acabo de ver uma figura desconhecida nos observando pela janela.

Sete Medos(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora