Capítulo vinte e um

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Passo novamente pendurado no parapeito e chego do outro lado da grade ao encontro de Tom. O ajudo a levantar e o pego no colo do jeito que ele possa ser os meus olhos atrás, depois seguro a espingarda com uma mão.Corro com dificuldade pelo enorme corredor, a criatura simplesmente abre uma passagem na grade e começa a me perseguir.

Não sei o que tem em nossas cabeças que achamos que nos quartos vamos estar seguros, apesar de sempre dar certo não é uma boa alternativa. Mas me parece que ele não é permitido nos atacar dentro deles.

Quando estamos perto do quarto onde estão os outros, Tom grita:

- Se abaixe!

Seguro firme o garoto e me jogo no chão, sofro alguns arranhões nos joelhos e cotovelos mas não ligo e fico a espera de algum ataque.

Um vaso enorme de flores bate contra a parede do fundo, me levanto e entro no quarto rapidamente. Não à ninguém. Fico parado alguns instantes até sentir os passos pesados ir embora.

- Tom! - Diz Emma saindo da suíte do quarto - como você sai sozinho pela casa menino! Poderia ter morrido!
- Ele me salvou Emma! Foi errado, mas se não fosse por ele, eu...
- Onde conseguiu essa espingarda, Tom? - pergunta Emma.
- Estava no quarto da Vovó.
- Isso não é brinquedo!
- Eu sei.
- Ai! Não sei se eu te bato ou te dou os parabéns garoto! - diz ela.
- Eu estava prestes a ser desmembrado até que ele apareceu. Obrigado Tom.

Ele responde baixinho.

Os outros saem da suíte imediatamente. Nicollas corre e me dá um abraço de surpresa.

- Por um momento pensei que nunca mais ia te ver seu filho da mãe!
- Pois é, eu também - digo - mas está na hora de descermos para o porão,
- Tá certo - concorda Emma.
- Aquele pessoal todo lá fora conseguiu entrar?
- Estão indo em direção a porta da frente! - Diz Shopia da janela.
- Entendi. Sarah e Ana, tudo bem com vocês? Estão preparadas pra correr e lutar se preciso?
- Estou bem! - diz Sarah.
- Estou bem, fisicamente! - Diz Ana.
- Tudo bem então, agora nós vamos pegar qualquer coisa que vá nos ajudar a matar aqueles mortos-vivos; precisamos de facas, armas, punhais... o que acharmos.

- Eu peguei a arma do Koll, e tem munição! - Diz Max.
- Perfeito! A porta não vai aguentar muito tempo, dezenas de pessoas tentando abri-la, então vamos agora pra cozinha antes que seja tarde.
- Você achou o que procurava? - pergunta Paul?
- Achei, mas precisamos estar vivos pra lermos tudo - digo - Então se apressem! Vamos! Vamos!

E lá vamos nós pelo corredor outra vez. Sinto frio na barriga, náuseas, fome e sede. Não é hora de sentir coisas que uma pessoa normal pode sentir, é hora de lutar! Aqueles zumbis lá fora não vão se desmembrarem sozinhos.

Sete Medos(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora