CAPÍTULO 4 - SETH MANÉ OTÁRIO CLEARWATER

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Deborah

- Vamos Debbie... Todo mundo vai. - Sarah pedia.
- Tá tá... Eu vou. Mas vou mais tarde. Tenho umas coisas pra fazer. - falei.
Eles saíram e eu terminei minha última música. Me arrumei e desci. Estava procurando a chave da minha moto quando escutei:
- Cozinha. Atrás do vaso verde. - vovô falou.
- Valeu leitor de mentes. - agradeci sorrindo.
- Você é tão filha do Jacob. - vovô falou.
- Obrigada. Eu acho. - disse.
Vovô estava parado no batente da porta da cozinha com minha avó o abraçando. Formavam um lindo par. Vovô era espetacular com seu sorriso de canto. Vovó Bella era uma das mulheres mais lindas que conheço. Não é a toa que papai babou nela.
- Seu pai é um cachorro e é isso que cachorros falou. - vovô leu minha mente novamente.
Era só o que me faltava. Naquela casa tínhamos tanta privacidade quanto artista em shopping center. Dessa vez ele gargalhou.
- Ei! Parem com isso. Odeio quando se comunicam com a mente me deixando de e fora. - vovó reclamou.
- Não se chateie amor. Tenho um pedido de desculpas que vai te... - falou.
Não me dei ao trabalho de ouvir a frase completa. A pegação de meus avós era épica e demais para minha sanidade.
Cada vez que ia à garagem me apaixonava novamente. Ali, esperando por mim, estava minha linda moto Ducati  panigale vermelha. Um sonho de consumo. Só perdia para o Camaro.

 Só perdia para o Camaro

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Dei partida e acelerei. O motor zumbia me dando um calafrio gostoso.
Quando cheguei já fui o centro das atenções. Em outra época eu adoraria, mas agora me incomodava.
Assim que desembarquei logo avistei meus irmãos.
- Ora, ora. A ovelha desgarrada retornou. - Embry falou levantando-se.
- Tinha que alegrar esse lugar. Tava meio caído. - brinquei o abraçando.
- Que roupa é essa? - meu irmão perguntou.
O olhei sem entender.
- Arrasando corações Debbie. - Jered falou levantando e me abraçando.
Escutei um sibilo baixo e logo eu estava nos braços do meu irmão.
- Isaac o que... - tentei perguntar.
- As pessoas estão muito confiadas hoje em dia. - resmungou.
- Não ligue Debbie. Seu irmão está muito protetor com as irmãs hoje. - Collin explicou.
O que para mim não adiantou muita coisa porque continuei sem entender nada.
Conversei um pouco e já estava de saída. Estava inspirada e as canções borbulhavam em minha cabeça.
Meu telefone tocou. Era um número desconhecido, mas o código de área era da Islândia. Meu coração saiu aos pulos. Nervosa atendi.
- Alô? - falei.
- Debbie? - Phillip falou.
Meu coração murchou um pouco. Por um instante pensei que fosse Ele.
- Oi Phil. A que devo a honra? E que número é esse? - perguntei.
- Também senti sua falta simpática! É meu novo número. Salve. Preciso de um favor. Você pode me enviar a letra daquela música que compomos? Não estou conseguindo lembrar. - pediu.
- Cabeção. Não estou em casa. Assim que chegar eu te mando. - falei.
- Obrigado. Te devo uma. - disse.
- Mais uma, você quer dizer. - falei.
- Haha... Tenho que ir. Beijo morena. - disse.
- Outro. - falei desligando.
Tinha saudade de meus amigos. Mas não estava pronta para voltar.
Minha nostalgia foi interrompida por um cheiro de orvalho e almíscar. Minha memória olfativa era muito boa. De imediato meus instintos se ligaram.
- Você por aqui MM? - perguntou atrás de mim.
Não precisava me virar para saber de quem se tratava. Só uma pessoa me chamava de MM: o desconhecido que andava perturbando meus pensamentos e servindo de inspiração para minhas músicas.

New ties of dawn - Part II Onde histórias criam vida. Descubra agora