CAPÍTULO 40 - EU SEMPRE VOU TE AMAR

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DEBORAH

Estava felicíssima. Eu planejava uma noite bem romântica para mim e Seth. Depois dos cortes do seu Jacob Black fazia muito tempo que não ficávamos a sós. Com a cumplicidade de mamãe hoje conseguiríamos. É óbvio que tive que prometer que não passaríamos dos limites para não preocupá-la. Não que eu não quisesse, mas tenho certeza que  Seth seria comedido. Pelo menos um de nós tinha que ser, uma vez que eu nem me lembrava das coisas quando estava com ele. Ele tinha esse dom de me tirar do normal. Tudo era tão intenso quando estava perto dele.
Tomei um banho caprichado e tia All veio me arrumar. Prendi o cabelo num rabo de cavalo deixando suaves cachos caindo pelo seu comprimento. A maquiagem era leve, porém bem destacada. Fiquei de roupão mesmo. Eu não poderia colocar o vestido ainda porque teria que usar a beca. Ficaria muito quente. Mesmo estando em dezembro eu não podia esquecer dos meus genes de lobo. Ela saiu e eu fiquei separando as coisas que precisaria para o camarim. Terminei e corri para falar com Lizzi e Sarah que estavam em outro quarto. Entrei no quarto e ambas estavam lindas.
- Uau! Mademoiselles... Vocês estão espetaculares! – falei – Os garotos vão pirar! – corri a abraçá-las.
- A mim só importa que um garoto pire. – Sarah falou arrumando o cabelo e se olhando no espelho.
Resolvi brincar com ela.
- Umm maninha... Como você anda saidinha né dona Sarah! – falei maliciosa.
- Debbie! – me recriminou envergonhada.
- Que é isso? Vai dizer que você não gosta de provocar o Lucas. – acusei-a – Além do mais, convenhamos maninha, meu cunhado é um pedaço de mau caminho. Uff! – falei sorrindo e me abanando.
- Debbie! Pode até ser, mas ele é meu! Só meu! Ouviu? – Sarah falou enciumada.
Não agüentei. Tive que rir da cara dela.
- Uia! Sarah Ciumenta apareceu! É claro que eu sei. Esqueceu que  fui eu quem ajudou ele a te pedir em casamento? – falei zombando.
- Não. Mas às vezes você me tira do sério. – falou.
- Não se preocupe maninha. Meu Seth Gostoso Clearwater me faz esquecer até meu nome quem dirá o seu noivo. – falei rindo.
Ufa! E como me tirava do sério!
- Você não tem jeito mesmo. – ela riu.
- Mas e você Lizzi? Quando vai dar uns pegas no meu irmão? – perguntei.
Ela se engasgou.
- Debbie! – Sarah me repreendeu novamente e eu ri.
- Nossa! Meu irmão é tão bom que a Heloise chega a se engasgar. – debochei – Fala sério Lizzi! Meu irmão é um gato. Vocês formam um casal lindo juntos. O que está esperando? – perguntei. Será que ela não enxergava que Isaac estava atrás dela como um cachorrinho?
- Isaac é um bom amigo. – respondeu.
- Que ele é bom eu sei. Em todos os sentidos. – maliciei - Mas só amigo? – perguntei.
- Só. – disse.
- Bem você é quem sabe amiga. Mas não vá se queixar quando a fila andar. – falei saindo do quarto.
Nisso tia All já passava no corredor. Voltei ao meu e terminei de buscar mais algumas coisas. Sentei-me em frente ao espelho e coloquei meu vestido na frente do corpo. Suspirei fundo apreensiva.
- Você vai ficar linda filha. – mamãe falou colocando as mãos em meus ombros.
- Será que ele vai gostar mãe? – pedi nervosa.
- Se o “ele” você está se referindo a Seth, ele vai amar. – falou.
Em geral Seth não regia muito bem quando eu ousava nas roupas. Não por provocá-lo, mas por provocar “outros” como dizia ele.
Coloquei a beca quando minha tia disse:
– Tudo certo. Eu vou descendo com essas caixas. – assenti.
Olhei-me mais uma vez no espelho.
- Vamos lá Deborah Cullen Black. Ele é seu namorado, seu imprint e te ama. – falei em alto e bom som convencendo-me.
Do corredor podia ouvir vozes. Parei no início da escada olhando a cena. Meu pai num canto e minha mãe e Seth rindo de algo. Quando me viu ele parou me olhando tão profundo que minhas pernas amoleceram. Ele sorria para mim parecendo encantado com o que via. Pelo menos eu esperava que fosse. Não contive meu sorriso.
- Desculpe a demora. – falei segurando o braço que ele gentilmente oferecia.
- Valeu a pena. – disse me olhando. Eu ri – O que foi? – perguntou sem entender.
- Eu estou de beca amor. – justifiquei.
- Então imagina o que está por baixo! - falou sorrindo. Ele devia estar falando do vestido. Ainda bem que a beca escondia tudo. Eu não poderia revelar que estava somente de lingerie. Um rosnado me assustou. Meu pai fazia cara de poucos amigos. – Quer dizer os trajes de festa. – Seth falou sem jeito.
- Não se preocupe Seth. Nós entendemos não é mesmo Jake? - mamãe perguntou prendendo o riso.
Também tive que conter o meu quando meu pai ao invés de responder soltou uma lufada de ar. Já estava saindo quando ele nos interrompeu. Não entendi.
- O que foi? – perguntei.
- Bom... Você lembra que dissemos que iríamos te fazer uma surpresa na sua formatura? – perguntou.
Forcei a memória e lembrei de quando nós estávamos de bem novamente e ele me prometeu um presente.
- Sim, mas foi há tanto tempo... – respondi.
- Pois é. Mas sua mãe e eu não esquecemos. – falou indo em direção a garagem.
Voltou e estacionou um carro em frente a casa. UM CARRO? Não. Aquele não era um simples carro. Era O CARRO!
- UM CAMARO! – gritei pulando e abraçando sua mãe. Era o meu sonho de consumo. Na verdade, desde que assisti ao filme Transformes eu tinha me apaixonado por aquele carro. Porém aquela versão era inédita. – Obrigada mãe! – agradeci.
- Não por isso. Gostou? – perguntou retoricamente.
- Está brincando? É lógico. Era um sonho. – falei – Obrigada pai. – agradeci o abraçando.
- Você mereceu. Estou orgulhoso. – falou beijando meu cabelo.
Sorri amarelo. Ele não podia sonhar de hoje!
- Detesto interromper, mas é melhor irmos ou a Debbie vai se atrasar. – Seth falou.
Olhei meus trajes, olhei o carro, meus trajes, carro. Ai! Eu tinha que dar um jeito!
- Nananinanão. – mamãe falou desaprovando – Se eu te deixar fazer isso tia Alice me mata! – argumentou.
- Mãe! Lendo meus pensamentos? – perguntei estreitando os olhos.
- Nem precisaria. – falou.
- Vocês poderiam nos colocar a par da situação? – papai pediu já irritado – Não sei se lembram, mas nem todos aqui podem ler mentes. - reclamou.
- Nessie quer dirigir, mas ela não está com a roupa adequada. – mamãe falou.
- Mas pai... Eu queria estrear meu presente... – falei fazendo meu melhor bico.
- Vamos fazer assim... Seth dirige na ida e na volta você vem de carro. Pode ser? – perguntou se dirigindo a nós.
- Por mim ok. – Seth falou. Era claro né traidor!
- Se não tem outro jeito. – disse sem vontade me dirigindo ao carro.
Seth abriu a porta sorrindo para mim e eu sorri com meu novo bebê. Tudo era maravilhoso naquele carro. Ele me olhou sorrindo mais.
- Acho que vou andar mais de carona com você amor. – falou e eu ri.
Interesseiro! Em pouco tempo estávamos no ginásio. Entramos pelos fundos, indo direto para o camarim, pois já estávamos atrasados.
Andávamos apressados quando olhei de lado e vi Isaac aos beijos com Helo. YES! É isso aí maninho! Uhul! Comemorei internamente. Não pude nem parar para contar para Seth devido ao meu atraso.
Quando chegamos umas garotas não tiravam o olho do meu Seth. Fervi com aquilo. Não se tinha mais respeito pelos namorados alheios! Seth me puxou carinhoso para se despedir, mas eu pedi passagem aprofundando o beijo. Se não fosse o atraso eu não sairia dali nem por decreto!
- Se mantenha onde eu possa te ver senhor Seth Clearwater. – falei de modo possessivo em seu ouvido.
- Tudo o que quiser minha dona. – respondeu sorrindo zombeteiro.
Ele era meu!
- Eu te amo. – falei.
- Não mais que eu. – falou.
Virei-me e encarei as mocréias que estavam colocando olho gordo no que é meu. Elas se viraram. Nojentas!
- Menina! Você está atrasadíssima! – nosso amigo feliz me chamou a atenção.
- Já estou aqui. – falei simplesmente.
- Queridinha... Temos um problema. Seu parceiro está sem voz. Você não consegue fazer um solo na música final? – pediu.
- Que pena! Acho que sim, mas a outra era tão legal. – falei sincera.
- Bom... Depois vemos isso. Agora corre. – mandou.
Corri para o meu posto seguida de minhas “coleguinhas” que eu não sei o que ficaram fazendo para trás. Vi minha família assoviando e Seth que sorria lindo. Passado o protocolo o diretor chamou a atenção para a homenagem aos pais. Era a minha deixa.
- Para a homenagem aos pais, Deborah Cullen Black tocará uma melodia. – me sentei ao piano e comecei a tocar.
Escolhi uma canção que mamãe tocava para nós quando éramos pequenos. Vovô Ed fez para vovó quando pensou tê-la perdido. Apesar de triste, era linda e foi tocada como um lembrete de agradecimento.

New ties of dawn - Part II Onde histórias criam vida. Descubra agora