Capítulo 1

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Capítulo 1 — Menina marrenta

Narrado por Matheus:

Último final de semana de férias e estamos voltando para o Rio. Que saudade que eu estou daquela praia, há dez anos nos mudamos para Minas Gerais e só íamos para o Rio de Janeiro uma vez por ano, estou doido para ir na Pedra Grande ver o mar, oh saudade daquele lugar!

É ruim ter que deixar minha turma, mas eu tenho meus amigos no Rio também, faz tempo que não vejo o Erick, parceiro de todas as horas, a gente mantém contato pela internet, mas sinto falta de sair e curtir com ele, pegar as menininhas e dar um rolé. Sempre que viajávamos para lá, Erick e eu aprontávamos todas.

Acordei no sábado de manhã com minha mãe me chamando, a voz dela parecia dar marteladas na minha cabeça.

— Matt, acorda! — ela disse me sacudindo.

— Cinco minutos mãe... — resmunguei.

— Cinco minutos nada, não mandei ir na balada ontem, você sabia que iríamos sair cedo. Levanta agora.

— Relaxa... Já, já eu levanto. — prometi.

— Matheus Vianatti Fontanare, levanta dessa cama agora! — ela puxou minhas cobertas.

Ih, chamou pelo nome completo... é melhor obedecer.

— Tá, mãezinha, eu levanto... — Falei e dei um beijo na bochecha da minha mãe.

— E vê se não fica uma hora nesse banheiro que a gente já está saindo! — ela disse indo para a porta.

— Sim, senhora! — Botei a mão na cabeça em continência e ri.

Levantei, fui para o banheiro, tomei um banho rápido, fiz minha higiene, vesti uma bermuda preta e uma camiseta branca, baguncei o cabelo, terminei de ajeitar umas coisas na mala, peguei o notebook e desci.

— Pronto... — falei descendo as escadas e bocejando.

— Que cara de sono... — meu pai disse.

— Nem fala... — Ri lembrando da noite passada.

— Então a noite foi boa? E as gatinhas? — ele perguntou.

— Ô se foi, quando eu falei que estava indo embora elas pularam em mim. — disse rindo.

— Assim que se faz. — meu pai elogiou brincando. Ele queria mais que eu aproveitasse a vida, já tínhamos há muito tempo tido a conversa "de pai para filho".

— Estou doido para chegar no Rio e ir surfar... — comentei.

— Também estou com saudade de lá. — meu pai concordou.

— Vamos, amores? — minha mãe disse vindo da cozinha.

— Vamos. — Falamos juntos.

Nossas malas estavam no carro, a casa já estava vazia, mandamos as coisas antes com o caminhão de mudanças. Entrei no carro e abri o notebook, fiquei ouvindo música e jogando algum tempo do caminho, depois fizemos algumas paradas, e perto do meio dia finalmente chegamos.

Nós iríamos morar na mesma rua do Erick, isso seria bom, já tinha folia garantida na vizinhança.

Entramos na nova casa, ajudei meus pais a ajeitar tudo, almoçamos pizza e de tardinha, pelas cinco horas fui dar uma volta na praia.

Segure minha mão II - MIC IV (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora