(Aline)
As horas voaram e quando vi meu expediente já tinha acabado. Apanhei meu carro e tomei a estrada.A medida que contornada a esquina da casa, notei uma batida de música eletrotécnica que foi ficando cada vez mais alta a medida que eu me aproximava.
A imagem que vi foi surreal. Logo na entrada uma série de carros importados, todos do ano, ocupavam a frente da casa. Me senti humilhada por ser a portadora de um Uno Mille caindo aos pedaços.
Estacionei e adentrei a casa. Tinha um bando de pessoas bebendo na minha varanda. Mulheres fazendo briga de galo em minha piscina.
Aquilo era um pesadelo! A única coisa que eu queria depois de um plantão de seis horas e dirigir por quatro horas, era ir para o meu quarto descansar e me deparo com aquela algazarra.
Adentrei a casa bufando de raiva e desliguei o aparelho de som. Um OHHHH coletivo se fez ouvir.
-QUE MERDA É ESSA AQUI? -berrei olhando em volta e procurando o meu inquilino
Fui vaiada e uma loura voltou a ligar o som. Um ruivo alto se aproximou de mim, me agarrando pela cintura.
-Qual é gatinha? Vamos dançar!
-Sai!- empurrei-o e saí procurando o meu inquilino infeliz em meio aquelas pessoas, mas não o encontrei.
Segui para o seu quarto a porta estava aberta e ele estava aos beijos com uma loura magrela e peituda que mais parecia uma modelo de lingerie.
-SAI AGORA!- berrei assustando os dois. A garota me encarou parecendo assustada e eu apanhei sua blusa e seu sutiã no chão atirando nela. Ela vestiu a blusa apressada e saiu do quarto quase correndo- O que você tem na cabeça? Titica de galinha?
(Jorge)
Olhei para aquela maluca de jaleco gritando mais alto que o som que tocava no piso inferior, olhei para Larissa e ela para mim.(Larissa)
- Você não disse que era casado... - E levei um tapa no rosto, a loura gostosa saiu pisando duro empurrando a maluca dona da casa, fui atrás.(Jorge)
- Porra gata!... Eu nem conheço essa maluca.(Larissa)
- Vai se foder Jorginho... - Soltou a lura da escada.(Jorge)
Me virei puto para aquela maluca.- Qual é o seu problema... A casa é minha e eu pago o aluguel... E a festa vai continuar acontecendo. - Ficamos cara-a-cara, um bufando para o outro.
(Aline)
-Quando você convive com alguém, certas coisas tem que ser decididas de comum acordo. Você teve boca pra me avisar que o encanador vinha, mas não pra dizer que ia encher a MINHA casa de gente estranha!(Jorge)
- A sua casa uma ova... Eu não te convidei para morar aqui... Estava muito bem sem você, eu tinha liberdade, está aqui por que quer. - Nós dois discutíamos alto, nem demos conta que o som tinha sido abaixado e muitos estavam na ponta da escada ouvindo a nossa discussão., e eu continuei. - Você devia ter ido embora com seu irmão e esperado os três meses para eu sair, mas não, você se acha tão dentro da lei, que vou mostrar pra senhorita que posso te tirar aqui e ainda vai ter que me pagar uma fortuna...(Aline)
-Não vou te pagar nada, porque que eu me recorde você não fez negócios comigo. Eu sou tão vitima dessa história quanto você. A única condição pra eu te pagar qualquer coisa é se eu te despejar e isso não vai rolar. Você vai cumprir a MERDA do prazo e eu finalmente vou me ver livre de você. E pode ir tirando o seu cavalinho da chuva. Porque daqui eu não saio, daqui ninguém me tira!(Jorge)
- Perfeito... O velho está morrendo?!... - Abri os braços. - Arranco você desta casa, quero ver onde vai morar?(Aline)
-Você não pode me arrancar a casa...-fiz uma pausa me lembrando que eu sequer sabia o nome dele- Como é que você se chama mesmo? Ah, não importa. O fato é que eu comprei essa casa e não há nada que você possa fazer quanto a isso!(Jorge)
- É Mesmo sabichona?... Se você não percebeu, eu também sou advogado... - Cruzei o braços e ri. - Quer apostar quanto que em menos de uma semana tiro você daqui... Eu até te ajudo a fazer a mudança das suas tralhas.(Aline)
Me aproximei dele encarando-o nos olhos desafiadora.-Pois eu estou pagando pra ver, Senhor Pé no saco!
(Jorge)- Fechado... Vai ver. Dei as costas e desci as escadas. - Toquem a musica... Hoje é meu dia de comemorar em dobro... LIBERDADEEEEEEE... - Gritei feliz e caí nos braços dos meus amigos, todos ovacionaram com a volta da festa.
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O Inquilino
Любовные романыAline Viana é uma farmacêutica pragmática e com mania de limpeza, que por anos guarda cada centavo que ganha pra comprar a casa em que sua mãe trabalhou como domestica e ela e o irmão foram criados. Os anos passam e ela compra essa casa de por...