Acordando atrasado

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(Aline)
Me sentei tentando tirar de vez a camisola sem sujá-la.

Mas não teve jeito. Então dei de ombros e voltei a deitar. Pior que eu também não cansava e ainda queria um segundo round

-Banho? Com certeza- me ergui e lhe ofereci minha mão

(Jorge)
Seguimos para o meu banheiro, estávamos de mãos dadas, abri o registro para temperar o aquecimento, olhei para Aline.

- vem!... - entrei e a puxei.

(Aline)
Me aninhei aproveitando aquela gostosa sensação do seu corpo junto ao meu. Me sentia tão protegida junto a ele e não conseguia tirar de mim aquela sensação da perda eminente e não pude conter as lágrimas, apertando-o mais junto ao corpo. Só esperava que ele não percebesse

(Jorge) 
- Ei, ei... O que foi!? - Puxei o seu rosto. - Fiz alguma coisa... Te machuquei?                       

Me preocupei de imediato, aquelas lágrimas eram doloridas demais para mim, beijei sua boca.

- Me desculpa se te machuquei... - A apertei em meus braços, respirei fundo chateado.

(Aline) 
- Não me machucou, Jorge! - Tentei engolir o choro mas, não deu! E acabei emitindo um pequeno soluço. Droga!

(Jorge)
- Tudo bem... - Disse baixo. - Vamos terminar esse banho, cair na cama e dormir um pouco antes de irmos trabalhar, você deve estar cansada e eu estou exigindo demais de você... Quando me pedir para parar, não vou te questionar, eu vou parar, prometo!

(Aline)
-Não tem nada a ver com isso,Jorge!-sequei as lágrimas,e o puxei para um beijo. Eu ainda o queria muito- Acho que é a TPM! - Eu ri - Bom! Eu não menstruo mais, mas ainda tenho todos os hormônios. -porque eu não conseguia dizer o que sentia

(Jorge) 
- Eu sou seu remédio... - A beijei segurando sua nuca e a abraçando-a forte. - Vamos nos lavar e dormir um pouco, você precisa descansar.

(Aline)
- Não estou cansada!-disse num tom malicioso- É! Você é mesmo o meu remédio.

(Jorge) Voltamos a nos beijar, nossas mãos passearam em nossos corpos, Aline me masturbava para que ganhasse vida, desliguei o chuveiro, puxei a toalha e a sequei como pude, a mesma coisa fiz comigo, e a levei para a cama e nos acabamos um no braço do outro até os primeiro raios de luminosidade surgir, tínhamos uma hora para recarregar as baterias, dormimos como duas pedras, foi a melhor coisa que aconteceu.

Mesmo o despertador tocando, demos 15 minutos de cochilo, fazendo a mim e a Aline saltarmos da cama, nem nos falamos direito, cada um correu para seu banheiro para outro banho rápido e descente, e nos encontramos na cozinha, Aline colocava o que podia na mesa para tomarmos café, coloquei ração para o Junior e abri a porta dos fundos para ele se aliviar, me sentei a mesa para tomar café.

- Que perfume delicioso. - Disse olhando para ela que se sentava a minha frente. - Já dirigiu um carro automático?

(Aline)
- Já dirigi o da Tissy algumas vezes. Não se preocupe não vou bater!

(Jorge)
- Não estou preocupado, só quero saber se você sabe dirigir um carro automático, tem quem sente dificuldade. - Enfiei o pedaço de pão há boca.

(Aline)
- O maior risco que você corre é o de eu colidir o carro com um poste!-eu brinquei- Vai arriscar?

(Jorge)
- Bom... Não ferindo o Junior, tá tudo bem! - Dei risada, Junior choramingou.

(Aline)
-  Confia na mamãe, bebe?-acarinhei aquele cãozinho roliço.

(Jorge)
- Bom... da forma que está falando e enfatizando, eu dirijo. -Me levantei da mesa levando minha xícara e o pratinho. - Você vai estar em casa amanhã há que horas?

(Aline)
- De jeito nenhum você dirige. A ultima vez que voce dirigiu levou uma multa. E da ultima vez que dirigiu eu estando no carona. Você quase nos matou.

(Jorge)
- Quanto drama... Chegou em casa inteira... - A olhei. - Eu sei dirigir... E muito bem... - Sorri e cruzei os braços. - Mas vou deixar você dirigir, por que vou aproveitar e dormir as três horas que vamos levar para subir, isso é se você for na velocidade permitida, por que se for a 45k/h... É melhor ficar em casa.

(Aline)
- Nossa,quanta chatice! Acho que vou deixar voce dirigir o seu carro e vou guiando a moto da Tissy.

(Jorge)
- Quer morrer?... Providencio isso agora... - Corri atrás da Aline pela casa, que pulou o sofá para conseguir fugir de mim, Junior entrou na perseguição, ele latia e não sabia para quem ele se mostrava uma dera, seu cotoco de rabo o fazia rebolar, pulei o sofá. - Não vai fugir do Jorginho mãos de ferros. - Aline passou pela lateral do sofá e eu a agarrei pela cintura e a puxei para se sentar no meu colo, passei a fazer cocegas nela, Junior abocanhou minha calça e puxava para eu larga-la, dei risada. - Junior, vai rasgar a minha calça... - Gargalhei agarrado a cintura de Aline.

(Aline)
- Ele só está me defendendo. - O beijei carinhosamente sem sentir tesão. Tínhamos feito amor toda a noite e eu estava plenamente satisfeita. Com certeza, eu estaria desejando-o muito no dia seguinte, mas por ora eu só estava feliz e me sentindo acolhida naquele colo quente. - Temos que ir ou vamos nos atrasar para o trabalho!

(Jorge)
- Vamos... - A coloquei de pé. - VOu pegar minha pasta, quer que traga algo lá de cima? - Apontei para a escada dando a volta no sofá.

(Aline)
- A minha valise de trabalho,por favor!

(Jorge)
- Tudo bem... - Subi a escada, entrei no quarto de Aline, puxei a valise, levei até o escritório, peguei minha pasta, meu paletó e voltei para o piso debaixo. - Vou fechar os fundos da casa.


O InquilinoOnde histórias criam vida. Descubra agora