Jorge e Aline - 1º encontro

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(Jorge) Não vi o que me acertou e fui ao chão e perdi os sentidos, acordei com falta de ar, achei que tinha morrido, mas aquela maluca estava debruçada sobre mim, olhos apavorados, grandes, tinha uma cor completamente diferente de tudo que já tinha visto, o cheiro do sabonete do banho tomado invadiu as minhas narinas, corri os olhos. - "Meu Deus!" - Ela estava nua, girei o corpo para o lado passando a mão na testa.

- Sua Maluca... O que faz na minha casa?... Como conseguiu entrar aqui? - Fiquei de quatro, cabeça apoiada no chão, tudo ainda girava, tentei me levantar e acabei caindo sentado, enauseado.

(Aline) -Não se mexe! Você levou com um cinzeiro de uns dois quilos na cabeça- levantei e corri pelo corredor,recolhendo a toalha,enrolando no corpo e indo até a cozinha, voltei em pouco com cubos de gelo enrolados num pano de prato,me abaixei e levei o pano a sua testa- Desculpa! Se você não veio me assaltar o que quer na minha casa?

 (Jorge) - Sua casa? - Há olhei fazendo careta por ter encostado o pano com gelo. - Eu moro aqui... Faz seis meses que moro nesta casa... - Senti ânsia. - Caralho... Você quase me matou!

(Aline) -Você não pode morar aqui! Eu acabei de comprar essa casa- comecei a pensar em todas as coisas que eu tinha visto lá dentro- Você está aqui há seis meses?- Como o seu Valter pôde não ter me contado que tinha um inquilino.

(Jorge) - JUNIOR? - Comecei a chamar pelo meu cachorro, tentei me levantar, me escorei na parede e caminhei até a porta do meu quarto, puxei a chave e abri a porta. - Junior? - Foi o tempo de abrir a porta e desabei do outro lado.

Escutei as unhas de Junior correndo pelo piso, entrou já subindo sobre mim e me lambendo, tentava segurar ele e o pano, girei o corpo novamente.

- Ah... desgraçada... Vou processar você por agressão... - Me arratei até a comoda, puxando a gaveta pegando o contrato de locação, estendi para a garota enrolada numa toalha.

(Aline) -Oh merda! Fique parado!- o segui e o ajudei a ir para a cama,apanhei o aparelho telefone na cabeceira da cama e disquei o numero do pronto-socorro. -Olha, depois a gente resolve isso. Fica quieto! Você pode ter fraturado o crânio, ou ter feito um edema. Eu sou farmacêutica. Merda! O Alex vai me matar.

(Jorge)  - Porra!... Tá tudo girando. - Tentei segurar na moça e a toalha veio a minha mão. - Vai vestir uma roupa e larga esse telefone...

(ALine) -Droga! Que droga! - Eu estava nervosa,corri até o quarto e vesti uma macaquinho,sem calcinha mesmo. Não dava tempo pra por uma calcinha. Liguei para Alex,que me deu uma bronca enorme depois do que eu contei e me garantiu que vinha correndo em meu socorro.

( Jorge) A garota saiu do quarto as pressas, como advogado precisava fazer algo, puxei o celular e liguei para a policia,minha cabeça doía tanto que minhas palavras saiam enroladas.

(ALine) - Olha a ambulância vai chegar em poucos minutos. Você vai ficar bem! -parei próxima a porta- Me desculpe, eu achei que você fosse um ladrão

(Jorge)  - Preciso de uma viatura... Invadiram minha casa...

O InquilinoOnde histórias criam vida. Descubra agora