Aline e Renata se dão super bem

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(Aline)
Ri da cara que o Jorge fez e da expressão divertida da Renata,eu estava adorando ela.

- Não precisa ter um pré-enfarto Jorge.

(Jorge)
- Vou arrumar a mesa e pegar o vinho... - Apontei para o armário. - Ali está o liquidificador... Espanhola... aff... - Saiu ele resmungando, eu só pude rir da cara dele.

(Renata)
 - Ele é um mala, mas é adorável... Não duvido que ele vai dizer que não quer e depois vai pegar um copo... Ele sempre faz isso.

(Aline)
- Ele fez isso com a minha rabada... Como o Jorge é exagerado! - eu ri.

(Renata)
- Jura? - Gargalhei.

(Aline)
- Ele te contou como nós passamos a morar juntos? Precisava ter visto o piti que ele deu porque eu usei as panelas dele. Se recusou a comer comigo,  o Adriano e o Bruno.

(Renata)
- Você não tem nossão o quanto ele me encheu o saco para achar essas benditas panelas na internet, chegou a dizer que estava morrendo de fome aqui, por que não podia cozinhar... E detalhe. - Ri. - Ele nunca cozinhou nelas desde que chegaram... Acho que se ele usou, foi a forma de bolo, por que o Jorge é louco por bolo de chocolate.

(ALine)
- Acho que por isso ele deu piti, algumas ainda tinham esopor e plástico bolha, quando eu peguei. Ele quase surtou quando eu arrumei o guarda-roupa dele. Até hoje não entendi porque.

(Renata)
- Minha mãe... - torci a boca e balancei a cabeça. - Minha mãe é neurótica por arrumação de guarda-roupa e quando ele saiu de casa, a primeira coisa que ele fez, foi desarrumar o guarda roupa e tirar tudo de cores sequenciais.

(ALine)
- Huuum! Entendi... Eu também tenho essa mania de arrumar por cores! Mas, eu não quis invadir o espaço dele... Só que estava muito bagunçada, aí arrumei...  Na verdade eu tenho mania de arrumação e simetria sabe?

(Renata)
Olhei para Aline surpresa e cai na risada.

- Então você vai se dar bem com a minha mãe, quando ela pega para falar em arrumação, meu Deus!... Sai de perto. - Dei risada. - O Jorge precisa de alguém assim, com disciplina e que coloque ele no eixo.

 Suspirei e olhei para Aline.

- Ele te contou o que aconteceu no passo?... digo? - Revirei os olhos. - Que ele respondeu um processo!

(Aline)
- Sim... Me contou sobre a tal Rebeca, e sobre o acidente,o sequestro... Ele não é fácil né?

(Renata)
- Não!... - Cortei a coroa do abacaxi e comecei a descascar. - Ele simplesmente curtia a vida, não tinha medo, era até valentão demais... Mas o sequestro mexeu com todos... Se fosse a nossa mãe, o Jorge estaria enfiado no quarto como e ficou depois que voltou para casa... Eu que o empurrei para fora de casa e mandei que ganhasse a liberdade. - Sorri para Aline. - Era o que ele presava e agora ele tem você... E estamos felizes por que o Jorge não tem mais pesadelo... quer dizer, eu estou feliz, por que ele disse isso no dia que fomos ao terapeuta... que depois que veio morar aqui, não teve mais.

- Desculpa...eu falo demais. - Sorri encabulada e voltei a cortar o abacaxi.

(Aline)
- Imagina, tô adorando saber mais dele. Eu fiquei bem surpresa quando ele começou a se abrir comigo. Porque ele tinha esse jeito meio garotão, bem moleque... É estranho, a gente olhar pra ele e imaginar tudo o que ele já viveu.

- Ele me contou chorando sobre a tal Rebeca. Ele se sentia horrível por isso e eu percebi o medo dele de me contar, porque ele achou que eu o julgaria como todo mundo.

(Renata)
- Ele tem muita vergonha... Muita mesmo e o papai não deixa ele esquecer, é assim que ele mantem o Jorge sobre o comando... - Coloquei os cubos de abacaxi no copo do liquidificador. - Papai é uma pessoa muito boa... O problema que quando papai pegava confiança, ele fazia besteira...  E a ultima foi a fuga e a batida que quase matou ele.... - Me virei para Aline. - Ele só não morreu, por que estava sem o cinto de Segurança... Infelizmente tem casos que o Cinto não salva, no caso dele, não salvaria. ele foi jogado para fora do carro, se ele tivesse de cinto, ele teria abraçado o poste junto com o carro.

(Aline)
- Eu não conheci o Jorge nessa época. Mas eu não consigo ver esse Jorge fazendo isso. Ele ainda tem um gosto por velocidade e já dei bronca nele por isso. Mas, no geral ele é responsável, íntegro... Certo que outro dia ele sumiu e eu fiquei super preocupada.

(Jorge)
- Falando de mim? - Jorge entrou na cozinha trazendo um vinho. - Comprei no quiosque da frente, o que tenho são todos seco e pró-seco... Não vai combinar.

(Aline)
- Até parece! O mundo não gira ao seu redor, Amor!

(Renata)- você não contou para sua namorada que foi dormir em casa e que ainda tomou Diazeran para dormir? - Belisque Jorge que riu

(Jorge)
- Eu não!... - Soltou ele debochado e agarrou Aline pela cintura. - Eu tomei um porre de Dizepan.

(Aline)
- Não, não me contou! Eu estava apostando no palpite que o Bruno me deu,de que ele tinha dormido com alguma periguete por aí.

(Renata)
- Jorge?!... É mentira Aline... Ele tomou um comprimido e meio, acordou, choramingou e voltou para casa, por que você iria brigar com ele.

(Jorge)
- Linguaruda... - Jorge mostrou a língua.

(Aline)
- Fico mais aliviada que ele não tenha fugido de mim pra dormir com uma loura peituda! Mas, Jorge eu não quero que você tome ansiolíticos assim sem receita.

 - Eu quase morri de preocupação. Achei que ele tinha batido o carro.

 (Renata)
- Imagina o que minha mãe pensou quando viu a cama desarrumada, o banheiro bagunçado e a caixa de ansiolítico no criado mudo.

(Jorge)
- Ela pensou que eu estava me drogando.... - Jorge caiu na gargalhada.

(Aline)
- Ela parece um pouco exagerada!- eu ri e me aninhei ao Jorge,adorando a sensação dos seus braços em torno da minha cintura.

(Jorge)
- Estou com fome...esse rango ou não!?... -Jorge apontou para mim. - E essa espanhola safada, saí ou não!?

(Renata)
- Não falei!? - Disse para Aline e ligando o liquidificador.

(Aline)
Liguei o forno pra esquentar a lasanha que já estava pronta a tempos.

- Você já viu como ele é folgado, Renatinha?  E o namorado, cunhada?

- E por que? Ele era um bebezão como o seu irmão?

- Jorge põe a mesa pro almoço.

(Renata)
- Bem parecidos...- Dei risada vendo Jorge torcer a boca. - Mas não... Ele queria ficar jogando vídeo game... Aí não dá!

(Jorge)
- E que ele ficasse realmente com os dedos bem ocupados no controle. - Soltou Jorge com tom enciumado,dando as costas para ir arrumar a mesa.

(Aline)
- Para de ser bobo, Jorge! A Renata é quase uma mulher.

Demos risadas ao ver Jorge sair batendo o pé.

(Renata)
- Eu estou namorando o Adriano, só que o Jorge não pode saber, ainda não. - Disse me aproximando de Aline. - Não conta para ele, o Adriano disse que vai conversar com ele.

(Aline)
- Sério? Uau... Espero que ele não surte com o fato de o amigo ser mais velho que você. Mas, se precisar de ajuda pra domar a fera, eu tô aqui pra isso.

O InquilinoOnde histórias criam vida. Descubra agora