Convite para a praia

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(Aline)
Eu quase me desmontei vendo o Jorge daquele jeito e por muito pouco não o puxei para um beijo que com certeza terminaria comigo me entregando a ele depois.

Eu estava feliz que estava tudo bem entre nós de novo, e agora cabia a mim amortecer aquela paixão e encarar o Jorge apenas como um amigo.

E nada mais de amizade colorida, uma amizade convencional, em preto e branco.

Descemos parque tomar café e me servi de uma fatia de mamão.

- Quer torradas, Jorge? Um misto quente?-perguntei enquanto fatiada peito de peru, presunto e queijo para levar pra mesa- Omeletes

(Jorge)
- Aceito um misto quente... - Disse com a cara enfiada na geladeira pegando laranja para fazer um suco.

(Aline)
- Não quer provar meus omeletes? Quer dizer é mais um ovo frito metido a besta que eu bato levemente e misturo manjericão,presunto e queijo.

(Jorge)
- Como de tudo um pouco...- Sorri ao ir em direção a pia puxar o espremedor de laranjas.

(Aline)
- Vai ficar a manhã toda em casa?

(Jorge)
- Sim... Pretendo sair daqui por volta das 13h, a audiência está marcado para as 16h na Barra Funda... Marginal direto e estarei lá em poucas horas. - Sorri a olhando e espremendo as laranjas.

(Aline)
- Que tal pegar um pouco de sol? Você está pálido

Abri o armário e retirei 2 xícaras, pires e pratos de sobremesa, levando pra mesa, voltei pra apanhar os talheres e fiquei observando-o. Os músculos das suas costas eram firmes, seus braços largos e aquela bunda durinha e empinada. Ele se voltou pra mim e acho que percebeu meu olhar de cobiça.

(Jorge)
- Tudo bem!? - Perguntei erguendo apenas uma das sobrancelhas, sorri de lado.

(Aline)
- Tudo ótimo! Por que não estaria bem? Eu hein!

(Jorge)
Me virei para ela, largando as laranjas, meu desejo veio ao topo, me aproximei chegando bem junto chegando a olhar para baixo, para seu rosto.

- Não se responde com um pergunta, isso só mostra que tem alguma coisa te incomodando. - Inspirei seu cheiro.

(Aline)
Fui até o armário e apanhei uma frigideira e mais dois ovos na geladeira.

-Acho que você não está afim de ir comigo a praia, nem se dignou a responder

(Jorge)
Aline saiu da minha frente, fiquei parado no mesmo lugar, passei a mão pelo nariz, funguei.

- Vou a praia com você.. Desculpa... - Me virei voltando para a ultima laranja a ser espremida. - Não tinha escutado.

(Aline)
Retirei da geladeira o resto das coisas que precisaria para a minha omelete e bati um pouco os ovos.
-Acho que você está precisando de um bronzeado.

(Jorge)
- É... - Me olhei, forçando os braços a ficarem com os músculos rígidos e o peito estufado. - Tem razão... vamos pegar um sol.

Peguei a jarra de suco, levei para a mesa e me sentei.

(Aline)
Preparei dois omeletes e segui para a mesa, levando os pratos. Apanhei um pouco do alimento no prato e ofereci na boca do Jorge, me arrependerão logo em seguida daquele gesto. Eu tinha que quebrar aquele clima de romance entre nós e não reforçá-lo.

-Está gostoso?

(Jorge)
- Sim... Alias, nem posso falar nada, desde que comi do seu rabo... - Dei mais uma garfada no omelete, mastiguei e a olhei com um sorriso divertido. - Você cozinha muito bem!... Já pode casar... Alias.... Não casa não... Por que eu e você somos o máster chef do Guarujá.

(Aline)
-Já tinha esquecido que você sempre dá uma conotação sexual a tudo!- revirei os olhos e me sentei na cadeira a sua frente. - E você não comeu o meu rabo, comeu o rabo da vaca!- brinquei.

(Jorge)
Gargalhei chegando a me largar na cadeira.

- Eu como rabo da vaca, da piranha e da gostosa que está sentada na minha frente se assim quiser!

(Aline)
- Não mais, Jorge!- dei de ombros- Acho ótimo que tenhamos feito as pazes, mas é melhor que a gente não... Que a gente não fique mais.

(Jorge)
Fiz um bico não entendendo o por quê, eu queria estar dentro dela, queria explorar aquele corpo, queria dormir ao lado dela, queria beijar aquela boca.

- Eu ainda sinto um tesão enorme por você e quanto mais eu me enterro dentro de você, mais  eu quero e a gente nem começou... Fazer amor comigo foi tão ruim assim!?

(Aline)
Porque era tão difícil resistir a ele? Só de lembrar dele "se enterrando em mim" eu já sentia tesão.

-Não foi ruim, Jorge! Você sabe que não. Alias, foi intenso e maravilhoso. Caramba, você é um amante incrível mas...-eu tinha que preservar meu coração-... Não é certo, Jorge!

(Jorge)
Fiz outro bico, cruzei os braços, fiquei olhando para la.

- Está apaixonada? - estreitei os olhos.

 Se dizer que sim me jogo sobre essa mesa agora.

(Aline)
Engoli em seco, eu era péssima em mentir, mas também não queria admitir o que estava sentindo por ele. Ele ia se afastar e eu ia me machucar.

- Jorge, eu... Não quero me apaixonar e acabar me machucando.

(Jorge)
Cocei o nariz, um banho de água fria foi jogado na minha cabeça, olhei para o prato, ela disse que está se preservando, então se está se preservando, está gostando de mim de uma forma diferente, mas não posso forçar a falar ou admitir algo que ela ainda não tem certeza, o jeito era continuar na casa, e tentar nos dias que se seguir, o vibrador está comigo, uma hora ela vai precisar, e meu pau entra em ação, mais um pouco da minha doze de amante e ela é minha. Peguei o garfo e voltei a comer sem dizer mais nada sobre aquele assunto, uma mistura de desafio com decepção mexia como um caldeirão na minha cabeça.

(Aline)
O silêncio que se instalou entre nós foi tão estranho, que deixou o ar pesado e chegava a ser desconfortável. Eu o observava enquanto ele comia. Parecendo pensativo.

- Vou preparar um lanche pra levarmos a praia!- quebrei o silêncio, me levantando e indo pra cozinha.

(Jorge)
Não respondi, deixei que fosse para a cozinha, empurrei o prato a minha frente perdendo a fome completamente, respirei fundo, olhei para Junior que estava sentado ao meu lado, orelhas baixas e olhar pesado.

- Você ouviu também? - Dei um tapa leve na sua cabeça grande, Junior resmungou me olhando. - Bom... Quase nada, não significa nada, certo!? - Sorri para ele, Junior colocou a cabeça na minha perna e a pata esquerda pedindo carinho.

- Eita paixão mal correspondida em Junior... Somos dois condenados a viver na duvida... Isso é que dá ser menor de idade!

(Aline)
Preparei o nosso lanche e subi para o quarto, vesti um biquíni preto de laço nas laterais e parte de cima tomara que caia com bojo. Coloquei o que precisaria na bolsa e voltei a descer.

- Te dou dez minutos pra se aprontar pra irmos.

(Jorge)
- Menos de 10 minutos... -Disse me levantando, fui para o quarto, aquele biquíni me deixou louco. lacinhos do lado, e só puxar. Troquei a cueca para sunga, pau semi ereto, e não teve jeito, colocar uma bermuda folgada, enfiei os pés no chinelo e desci com a bolsa de mão com o protetor solar meu e de Junior, óculos no topo da cabeça.

- No final vou poder puxar essas cordinhas? - Apontei para a parte debaixo do biquíni.


O InquilinoOnde histórias criam vida. Descubra agora