O que faço?

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Bom Dia, Carol! - Disse tocando na mesa dela com o dedo, sorri.

- Bom Dia, Jorge! - Carol se levantou com a minha agenda na mão. - Como foi o fim de semana?

- Uma merda!... Mas diz aí?... Como foi o seu. - Me setei, junior se aninhou na caminha dele ao lado da minha mesa, rosnou resignado.

- O que ele tem? - Carol apontou para ele.

- Amor não correspondido...  - Estiquei o pescoço para ele, dei risada. 

- Arrumou uma cachorra para ele?... Não acha ele jovem demais para se apaixonar? - Carol riu.

- Você acha ele novo para se apaixonar?... Achei que já estava velho demais... - liguei o notebook.

- Ele só tem 8 meses... Como você diz, ele é um bebê...

- É... Jovem demais... - Apontei para ela. - Diz como vai ser a merda da minha vida hoje!?

- Nossa, jorge!... Está amargo! - Carol puxou a cadeira e se sentou, me olhou de lado estreitando os olhos. - Jorge?... Está apaixonado?

Não respondi, levei o polegar há boca para arrancar um raio de uma pelinha que estava me espetando e incomodando, mais um sinal claro de apreenção e nervosismo.

- Carol, o que seu marido faz para se desculpar com você, depois de uma grande merda que disse ou fez?

- Ele me manda flores! - Carol deu de ombros e sorriu. - Que merda você andou fazendo, Jorge!?

- Ah... Fugi de casa... E ainda voltei com cara de cachorro viralata que caiu da mudança mas que depois de um bom tempo, achou o caminho de volta.

Carol caiu na gargalhada, puxou o telefone, discou um numero, me olhou sorrindo, sabia que estava aprontoando algo.

- Bom Dia, Fátima... Preciso de uma duzia de rosas vermelhas com brancas, um laço vermelho em um vaso de crystal...

- Não!... Vaso não... vai molhar meu carro... - Balancei os braços.

- Sem o vaso, pode ser no pacote...

- Merda... - Tapei o rosto, ela só estaria na Terça em casa, as rosas iriam murchar, não sabia o que fazer. - Manda com o jarro. - Depois iria ver o que faria.

- Quero para o fim de tarde... - Carol indicou com a cabeça que estava tudo certo. - Obrigada Fátima, me manda um cartão em branco, Beijo e bom dia.

- Você acha que ela vai gostar? - Fiz um bico.

- Toda mulher gosta de rosas, Jorge! - Ela sorriu animada. - Será que vamos ter casamento até o fim do ano?

- Quer ser demitida, Caroline? - Falei sério.

- Você não vive sem mim, e seu pai não deixaria que me demitice por conta de uma paixão. - Carol gargalhou com a cara que fiz.

- Eu estou apaixonado e não sei o que fazer... Ela me odeia e vai me odiar mais ainda.

- Seja o que for, fale e seja verdadeiro, abra seu coração, amar faz parte, ser regeitado também faz parte, e quer saber. - Carol bateu na mesa. - Se for a garota da calcinha que te fez correr por esse escritório, vai fundo, por que ela também está louca por você.

- Ela disse para o irmão que éramos amigos...

- Ora essa! Jorge, quem é que transa com um amigo e fica por isso mesmo...Sexo envolve sentimento, química.

- Carol, cadê Jesus na sua vida!? - Gargalhei com a cara que ela fez.

- Não é por que sou Crente que não ame e não faço sexo com meu marido.

- Quem te viu, quem te vê! -Torci a boca.

- Com um patrão como você, Jorge, não tem como não ter essa boca suja. - Ela abriu a agenda. - E cala a Boca, vou passar sua agenda, já que seu pai não vem trabalhar.

- Diz que não tenho que ir a audiência hoje.

Joguei a cabeça para traz no encosto da cadeira quando começou a falar, graças a Deus, a audiência foi prorrogada para semana que vem, meu dia era de burocracia.

Joguei a cabeça para traz no encosto da cadeira quando começou a falar, graças a Deus, a audiência foi prorrogada para semana que vem, meu dia era de burocracia

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O InquilinoOnde histórias criam vida. Descubra agora