Cam Boy - XiuHan

Capítulo 9

Acordei pela voz da aeromoça mais uma vez avisando que já tínhamos chegado ao destino final: Coreia do Sul. Chacoalhei Kris que estava babando do meu lado e ele imediatamente despertou do seu sono profundo assustado murmurando coisas estranhas como " aquele garoto roubou meu doce " e " eu prefiro sorvete de uva ", enfim não entendi nada.
Deixei pra lá me levantei peguei minha bolsa de mão e saí da cabine do avião, desci e fui até a entrada do saguão principal e um homem sinalizava no meio da multidão com uma plaquinha contendo o meu nome, me direcionei até o mesmo e o cumprimetei, ele murmurou um siga-me então eu o obedeci, meu secretário veio correndo atrás de mim todo desastrado.
Entrei em um carro luxuoso, o cara que se chamava Chung-ho disse que as minhas malas estavam seguras e que estávamos sendo transportados até o hotel em que eu iria me hospedar, assenti e levei meu olhar para a paisagem do lado de fora do veículo vendo tudo passar muito rápido.
Em poucos minutos fomos conduzidos até o quarto de hotel, eu fiquei com uma suíte e Kris ficou com um quarto ao lado, meus pertences estavam todos no cômodo moderno, tirei meu sobretudo joguei sobre a cama, abri as cortinas pesadas clareando o ambiente, estava um clima frio naquela cidade mas o tempo estava aberto, talvez pudesse nevar a noite pois aqui já era inverno. Sentei em uma poltrona próxima, desbloqueei meu aparelho telefônico para checar as horas, no visor marcava quatorze e quarenta e sete, ainda tinha uma hora e alguns minutos, coloquei meus trajes sociais no armário, penteei meu cabelo mais uma vez, odeio que os fios fiquem fora do lugar e resolvi comer algo porque nem só de café viverá o homem, apesar que existem alguns que conseguem essa proeza.
Desci até o restaurante do hotel e comecei a escolher os alimentos que eu iria ingerir, e de repente uma presença feminina se fez presente ao meu lado discretamente, a moça tinha cabelos negros e olhos azuis e os traços característicos daquele país, uma bela jovem, e também apanhava alguns alimentos.
- As frutas estão bem maduras hoje não é mesmo ? Ontem elas estavam muito verdes - falou em um tom suave perguntando a mim, eu levantei meu olhar e encarei a garota de estatura baixa.
- Não sei, é a primeira vez que venho para esse hotel - respondi para a menina.
- Ah desculpe a minha falta de educação, seja vem vindo a Coreia do Sul - disse sorrindo simples e me encarando.
- Obrigado, como é o seu nome ? - questionei a garota.
- Meu nome é Lee Sook, sou filha do dono desse hotel, e o seu ? - indagou de volta a minha pessoa.
- Meu nome é Luhan, é um prazer conhecê-la - estendi a mão e ela apertou rapidamente.
- O prazer é todo meu Luhan, agora preciso ir meu pai deve estar me esperando, até logo - sorriu abertamente pra mim e saiu andando formosamente comendo uma banana, de onde essa garota surgiu ?
- Até logo ! - elevei a voz para que ela ouvisse mas não funcionou, por fim voltei a fazer o que eu estava fazendo.
Me alimentei vagarosamente sentindo o sabor dos croissants que eu havia escolhido, olhei no meu relógio e faltava apenas meros quinze minutos para as dezesseis e quinze, me levantei apressado e fui para o banheiro, passei os dedos nos meus fios, ajeitei a gravata e o paletó, observei mais uma vez o ponteiro me indicando que eu tinha mais dez minutos, sai do banheiro em direção a rua, embarquei em um táxi que estava parado e mencionei o café que Xiumin havia citado em nossa conversa e ele prontamente me levou até o endereço.
Cheguei adiantado em cinco minutos, neste momento meu coração surrava o meu peito, minhas mãos voltaram a tremer, eu estava parecendo aquelas garotas que vão conhecer o cantor favorito e ficam eufóricas, abri a porta de vidro soando um sino avisando a minha entrada no local, vasculhei o lugar com meu olhar para localizar aquela figura loira no meio das mesas, não o encontrei, então resolvi escolher uma mesa perto da grande janela de vidro que proporciona a visão dos carros correndo pela rua, um garçom simpático veio me atender, pedi um cappuccino e olhei novamente no meu relógio, era exatamente dezesseis horas e quinze minutos, cruzei os braços e esperei, a minha mente dizia que ele não iria vir, que eu havia sido enganado mais uma vez, mas os meus batimentos avisavam exatamente ao contrário.

Onde você está criança ?...