O vampiro e o metamorfo

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*Rubby*

Brian e eu, resolvemos sair daquela bagunça por enquanto e fomos caminhar um pouco pela praia. Quando passávamos de frente ao mar ele quebrou o silêncio sem olhar diretamente para mim:

-Rubby, qual sua relação com o Riin?

-Apenas uma amizade um pouco colorida, como a nossa -sorri e ele continuou sério. Que estranho.

-Rubby, só temos uma "amizade colorida" por que você não sente nada por mim. Se não, eu já teria ido até o inferno para revogar seu casamento com aquele príncipe imbecil - alguém bateu no Brian e colocou esse desconhecido no lugar, certeza.

-Brian, você sabe melhor que ninguém que eu não pretendo me envolver seriamente com ninguém -respondi o olhando nos olhos.

-Eu sei... mas... eu te amo de mais Rubby -ele falou se aproximando.

Os lábios dele encostaram o meu com delicadeza sobre os meus e seus braços estavam envoltos na minha cintura, assim como ele sempre costumou fazer, mas antes dele aprofundar o beijo escutei alguém me chamar ao fundo e fui obrigada a sair do abraço dele.

-De tantas pessoas no mundo, por que infernos você tá com esse cara? -me virei e vi o Riin, qual o problema desse cara?

-Antes de você aparecer, eu já estava aqui a muito tempo - Brian se posicionou na minha frente.

-Foda-se! Eu não dou a mínima, mas eu simplesmente não te suporto -Riin foi para frente com o punho cerrado.

-Se você não consegue nem segurar uma garota medíocre como aquela Musa imagina tentar segurar alguém como a Rubby -que? O Brian sabe?

-Seu filho da Puta -Riin partiu para cima dele e eu gritei.

-Vamos parar! Eu estou pouco me fudendo para vocês dois! Brian tu só me ama por que eu te dei um pé na bunda e Riin, você não tem o que reclamar aqui, a vida é minha e eu faço o que eu quiser!

-Então fique comigo Rubby -disse o Braian estendendo a mão. Esse cara não escuta o que eu digo mesmo.

-Não pirralha -disse o pavão também estendendo a mão. Os dois são uns imbecis.

Fui andando na direção de Brian que fez uma cara fofa de esperança e passei direto por ele, seguindo o rumo à pousada.

-Eu não preciso de nenhum de vocês para me divertir, e Brian mais tarde preciso conversar com você -digo sem olhar para trás.

***

Quando entrei no meu quarto, vi a Patty de cabeça baixa sentada na cama com os olhos marejados em lágrimas.

-Patty? -chamei a  abraçando pelos ombros.

-Elas me chamaram de traidora e me falaram para se afastar -ela falou deixando as lágrimas escorrem.

-Patrícia, você sabia que se aproximar de mim daria nisso não é? -disse.

-Mas Rubby, nós que estávamos erradas, por que agir desta forma? -ela perguntou tentando secar as lágrimas.

-Além de sermos humanas, somos meias deusas da morte, o orgulho de assumir os erros nos toma e além do mais vocês fizeram o trabalho de vocês -falei tentando a acalmar.

-Será que elas vão me entender? -perguntou me olhando com preocupação.

-Talvez, só o tempo dirá... - antes que eu pudesse terminar de falar  a Samarah entrou no quarto.

-Ahh olha se não é a vagabunda da escola -a cobra falou se aproximando de mim - Não pense que eu esqueci o soco meu bem. Ontw, a bonequinha esta chorando é? Que bonitinho -ela passou a mão no cabelo da Patty e eu segurei o braço dela.

-A vagabunda aqui e você, eu não ligo para isso, mas não encoste suas mãos imundas nela ou eu a corto fora -puxei ela pelo braço e  a joguei em cima da cama.

-Pensa que eu tenho medo de você sua vadia nojenta? Eu sei bem o que você é, mas ELE me protege e você sabe muito bem disso sua assassina! - ela cuspiu a última palavra como se jogasse uma pedra em mim -Todas vocês não passam de umas assassinas nojentas!

-Lave sua boca para falar da Rubby - a Patty se levantou e deu um grande tapa no rosto da Samarah e logo fez um expressão de dor sobre a mão que desferiu o tapa - Droga! Me esqueci.

A Patrícia provavelmente começou a sentir a dor de agredir um humano sem ordem.

-Ahh sua Puta -ela se levantou e foi para cima da Patrícia, essa vadia sabe que a Patty não pode revidar um humano e a jogou contra a porta, quando fui intervir o tapa que ela iria dar na minha amiga a porta do quarto se abriu e eu pude ver o Klein segurar a mão da vadia.

-Brigando meninas? - ele perguntou fuzilando a Samarah com os olhos.

-Claro que não Klein! - ela gaguejou e recuou um pouco.

-Ahhh estamos sim -a agarrei pelo cabelo e a puxei para trás deixando-a cair no chão -Se você tocar na Patrícia, eu lhe abro e lhe sirvo de bandeja para o Minotauro.

-Elas estão me agredindo Klein! Eu já mais faria isto! -ela falou com os olhos cheios de lágrimas, mas que vaca.

-Ahhh! Foda-se! -peguei minha bolsa e sai do quarto para ir ao encontro do Brian e deixei eles lá no quarto.

Cheguei na porta do quarto dele e logo ela se abriu.

-O que quer tratar comigo depois do show de hoje querida? -ele falou ainda deitado e eu me sentei ao seu lado.

-Quero sua ajuda -disse.

-Você irá contra o Richard não é? - ele perguntou sem me olhar.

-Irei contra tudo -disse de cabeça baixa.

-Você sabe que por você eu entraria no inferno não é? -ele disse rindo e fazendo um "positivo" com o polegar.

-Eu sei, você é um idiota -ri e me levantei -Estou indo -ele fez um biquinho fofo.

-A mulher que o Riin ama e a que ele amou... eu conheço as duas -disse ele -Você quer saber quem são?

-Obrigada, mas sinto que irei descobrir sozinha -sorri e sai do quarto.

Desci as escadas e fui para sala, todos me olhavam estranho e eu logo notei o motivo: a Samarah estava chorando no meio deles.
Passei direto e fui até o pavão que estava do outro lado da sala.

-Ah, cansou do Brian princesa? -ele perguntou se afastando.

-Ele nunca me cansa, meu bem -enfatizei bastante em "meu bem".

-Então por que se lembrou que eu existo? -esse cara tá me tirando né? Para tá com esse papo de namorada ciumenta, só pode.

-Você é gato de mais para esquecer -fui o mais cínica e sarcástica o possível -Quero o seu celular -estirei a mão para ele pedindo.

-É nestes momentos que você se lembra de mim -ele me entregou e eu disquei o número.

-Alô? Lynn? ...

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