Gota de problemas

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*Rubby fim da narração *

*Narrador*

Klein mostrou o caminho do banheiro e logo após colocou uma muda de roupas na porta e um globo de vidro. Pouco tempo depois ela saiu vestida em uma calça de algodão  preta e uma camisa de botões branca que lhe parecia um vestido folgado dobrado nas mangas e segurando o globo nas mãos.

-Não imaginava que vocês teriam um globo de incineração mágico tão bom, é para queimar evidências an? -disse Rubby com tom irônico.

-Não sei do que você está falando -disse Klein olhando para outro lado.

Riin e Sora estavam na varanda sentados bebendo algum tipo de licor.

-É estranho você tratar uma garota mal, principalmente quando você quer algo dela -disse Sora olhando para seu irmão que parecia estar irritado.

-Eu não considero ela uma garota. Ela tem olhos de um animal maltratado. Me irrita. E também o jeito dela como se fosse superior quando está escrito nela que estar bem longe de ser -disse Riin com o olhar distante enquanto levava o copo de licor a boca.

-Você esta completamente correto. Sou apenas um cachorrinho jogado fora pelo meu dono e maltratado por um velho cruel -disse Rubby entrando na varanda.

-Ah, você estava aí. O Riin é bom mesmo em ler as pessoas -disse Sora apontando para Riin.

-Percebi -disse Rubby que logo após se virou e voltou a sentar no sofá.

*Enquanto isso na casa de Rubby*

*Kass narração.*

Após o ocorrido todas nós ficamos vagando pela cidade até nossos pais nos ligarem, quando cheguei em casa fui conversar com minha mãe e ela me falou "Quem você pensa que eu sou? É claro que eu já sei de tudo" . Eu fiquei extremamente surpresa mas logo ela colocou a mão em minha cabeça e me fez olhar em seus olhos... "Uma Death Fairy  tem que ser forte, não importa o alvo"... Eu simplesmente não consegui dormir, a imagem da Rubby sorriso dizendo aquela mesma frase se repetia em minha mente junto a varias lembranças dela nos ensinando, brincando e nos dando bronca, nossa... Será que ela morreu mesmo? Ou será que estou louca, pode ser remorso também... DROGA!

*Kass fim da narração.*

*Rubby narração.*

Será que elas estão bem? Será que eu ficarei bem? Estou agindo aqui como a chefe da porra toda até bati e ameacei um cara perigoso mas tô morta de medo isso. Eu espero que elas não estejam se culpando... Espero que o Richard pense que estou morta por enquanto, que minha mãe já tenha percebido e que essas coisas não me ataquem... Falando neles, esse Klein me intriga, será que ele pensa que pode me enganar? Ele possui olhos ambiciosos e cheira a ganância, mas pode ser por isso mesmo que eu deva confiar nele mesmo que seja com um pé atrás.

Eu dormi na sala naquele dia, na verdade não foi bem dormir foi apenas ficar deitada e entre brigas só que sem agressão e brincadeiras idiotas, três semanas nessa casa se passou, assim como na escola que eu como estava "morta" fui dada como "desaparecida" para os colegas de classe. Riin não estava frequentando as aulas, o bairro é tecnicamente perigoso para me manter sozinha e como ele é único com interesse em mim, ele deveria me proteger. Nós dois estávamos sentados no sofá enquanto eu costurava uma blusa que eu mesma rasguei e o senhor pavão estava no  celular.

-Quem diria que você é boa com agulhas -disse ele sem parar de mexer no celular.

-Tudo que eu quero aprender eu consigo tranquilamente -respondi.

-Hum...Você é amiga da Patrícia da sua sala não é? -perguntou o Riin.

- Sou. Ela é minha melhor amiga -disse.

- Sabia que o Klein tem uma mega queda por ela, e só não chegou nela antes porque achava que você era o namorado dela? -disse o pavão e eu realmente fiquei surpresa.

- Não acredito aquele Klein? Gente! Haha tem cada cois... AI -Enquanto falava espetei o dedo na agulha e apenas um pouco de sangue escorreu,  no mesmo momento escutei o celular cair.
O Riin deve ter sentido o cheiro de sangue fresco o deixando estranho, seus olhos azuis claros quase cristalinos foram substituídos por olhos vermelhos sem vida que me fez arrepiar. Ele me puxou pelo braço, segurou minha mão e lambeu o sangue que escorria no dedo, instintivamente ele procurou mais, porém já havia ocorrido a cicatrização e imediatamente ele voltou ao normal.

Com a expressão completamente surpresa, tapou sua boca com uma mão e a outra cobriu seus olhos. Eu no mesmo momento pulei para trás do braço do sofá e me abaixei com a ideia de me proteger.

-Você acha...que pode...fugir de mim ...escondida aí pirralha? -ele falou pausadamente, ofegante e suando, se os olhos dele antes me fez arrepiar, essa expressão com certeza arrepiou até minha alma, carai esse homem não é brincadeira que ga... opa! Pavão, não pense coisa inútil.

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