*Narrador *
Em hotel de luxo no centro da cidade há uma mulher usando um deslumbrante vestido preto longo que destaca cada uma de suas curvas muito bem detalhadas, seus longos cabelos vermelhos estão devidamente arrumados em suas costas enquanto olha fixamente para fora da janela sem se virar para o homem de smoking e máscara que acabará de entrar no quarto.
-Você acha mesmo que tudo dará certo? -o homem pergunta.
-Elien é inteligente, ela saberá se virar muito bem não acha? -diz a mulher levando a taça de vinho a boca.
-Claro...
*Rubby *
Abri os olhos incomodada com a luz do sol que refletia pela janela do quarto. Olhei para o relógio barulhento e marcava seis e cinco em ponto.
-Vamos vadia, levanta! -disse arremessando a almofada no rosto de Kass.
Entrei no banheiro e após um bom banho, saí e me coloquei de frente ao espelho do quarto. Após me vestir com o chato e desnecessário uniforme, penteie meu cabelo e pude sentir um incômodo no estômago e flashs de um sonho tomaram meus pensamentos. Nele eu estava voltando para casa com o Riin e ele começava a falar coisas estranhas e me atacava. Será que eu enlouqueci? Não há motivos para me atacar.
Logo ao terminarmos de nos aprontar, corremos para escola. Ao chegarmos todos me olhavam, e isso realmente é um incômodo, me aproximei do pavão e ele me olhou friamente.
-O que quer pirralha? -disse ele ainda meio distante.
-Vish... Já vi que esta mal comida hoje, vou nem chegar perto -sai e fui conversar com o Brian. Ele ficou me cantando por um pequeno tempo, no caso até alguém me chamar.
-Rubby! -me virei para ver quem era e dei de cara com o Lynn. Como ele entrou na escola?
-Lynn! -corri e ele me abraçou com muita força.
-Como você está linda? -nossa ele continua o mesmo.
-Lynn olha o limite -falei me distanciando -Eu tô indo e você?
–Não foi sobre mim que eu vim conversar -disse seco.
*Riin*
Minha noite foi completamente bizarra. Tudo estava inundando minha mente e me deixando perturbado, tenho certeza que ela não se deu o trabalho de vir aqui, passar um mês apenas para confirmar se sou confiável além do mais, se vem do futuro é claro que ela confirmou isso antes. O que essa mulher quer?
Depois de ser um completo imbecil com a Rubby, ouvi alguém chama-la e me deparei ela abraçando o Lynn, o que demônios esse desgraçado faz aqui? ... espera Lynn? Lynn? LYNN!
-A quanto tempo, irmãozinho? -disse me aproximando passando o braço entorno da cintura da pirralha. Ela me olhou como se fosse me matar, mas não se afastou.
-Irmãozinho? -ela perguntou.
-Não escuta esse imbecil Rubby -ele virou para mim -Eu não sou teu irmão e tira duas patas de cima dela.
-Ah, você não sabia pirralha? Ele é filho do Richard -disse e ela o olhou incrédula.
-Mas gente, por isso que eu sempre achei vocês dois parecidos -ela colocou a mão sobre a boca.
-Rubby isso não tem nada haver, só esquece o que esse imbecil está falando -disse o caçulinha todo nervosinho.
-A realidade também é dura para mim irmãozinho -disse e ele veio para cima de mim, mas ela colocou a mão sobre o seu peito e o empurrou de leve.
-Vamos parar ok? Não estou nem aí para o parentesco de vocês -disse ela e puxou o Lynn pelo braço o levando para fora.
Usei uma magia de ocultação e fui os seguindo, eles foram para os corredores do fundo. Eu sei, tenho que parar de ser tão curioso.
-Lynn, agora que sei que o Richard é seu pai, fica difícil -escutei a pirralha dizer.
-Entenda uma coisa Rubby, ele pode ser meu pai de sangue, mas você sabe quem eu realmente considero pai -ele respondeu colocando a mão sobre o ombro dela -Peça Rubby, pela minha adorável noiva, faço qualquer coisa - noiva? Ele é o noivo dela? Filho da ...
-Então okay Lynn, bom. Uma carta foi deixada para mim um ano atrás. Nela dizia que a guerra me espreitava e que eu precisava de aliados, mas também dizia que não confiasse ninguém, pois todos são traidores. Sem exessão. Então decidi reunir as pessoas mais próximas a mim, mesmo mantendo a pulga que sempre vai estar atrás da orelha -ela falava em uma voz passifica e adorável.
-Como você pode confiar em uma carta então Rubby? -realmente como confiar.
-A letra era minha, a minha memória de certo período se foi e estava assinada com meu nome original que vem dentro dos Gold Fairy.
-Acha que pode ter sido algum artefato de viagem no tempo? -ele perguntou.
-Pode ter sido. Mas apenas a sua família possui essas coisas -disse ela.
-Você será minha futura esposa, é claro que teria acesso à algo assim -esse desgraçado acha mesmo que vai ficar com ela? Há há. Va sonhando.
-Lynn -ela colocou a mão sobre o rosto e depois olhou para onde eu estava escondido -Saia daí imbecil.
-Como me descobriu princesa? - perguntei saindo de trás da parede.
-Sua presença some do nada, acha que eu não perceberia? -perguntou a pirralha de forma debochada.
-Fica reparando nele Rubby? -Lynn perguntou com um forte e evidente ciumes em sua voz.
-Lynn e Riin, vamos esclarecer algumas coisas okay? Eu não tenho nada com nenhum de vocês e muito menos com você Brian -ela se virou para a parede do outro lado -Você acha que pode me enganar? - ela perguntou e o metamorfo desgraçado saiu de trás da parede.
-Não seja cruel querida. Você não fala isso quando estamos sozinhos - disse e vi os dois me fuzilarem com o olhar.
-Pense o que quiser, eu não estou de muito bom humor -ela se virou e saiu. Quando já estava a uma certa distância o caçula desgraçado segurou pela gola da minha camisa.
-O que você fez com a MINHA noiva?
-Sua o caralho. Essa mulher não pertence a ninguém! Ela é dela mesma! E se fosse para "ser" de alguém ela "seria" minha -disse fazendo aspas com os dedos.
-Deixa de palhaçada Riin! -disse o metamorfo.
-Palhaçada onde? Vamos combinar. Vocês dois juntos não dão um de mim -disse debochado. O metamorfo se aproximou e começou a falar.
-Eu não dou um de você? Me poupe Black. Se você fosse tão bom assim eu não teria te roubado a Euterpe.
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Death Fairy
FantasiO mundo é um mistério com seres enigmáticos. Destes, alguns bons e alguns ruins o regem, sobre o comando de um maior. Rubby é um destes seres, uma Death Fairy que trabalha para guiar a morte, no entanto sofre uma vida onde ela é a caça e todos são...