Um dia do futuro -ALBA

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Sam Alba

Meu tempo, esta é a era que eu pertenço. Um tempo onde tudo ocorre de acordo com o planejado e isso me transformou em alguém intediada. Muito intediada.

Rica, famosa, poderosa, inteligente e linda. Tem algo mais que um humano queira? Isso tudo antes dos trinta.

Não que a idade me incomode, afinal, não envelheço desde meus vinte anos. Sou tão perfeita que sinto nojo. E não. Eu não me acho, é apenas a verdade, a verdade que construí, a verdadeira imagem perfeita.

A única coisa que me motiva a manter essa vidinha mais ou menos é ele... mesmo que estejamos juntos por muitos anos, ele nunca me intedia e só em pensar em não estar junto dele que entro em perfeito pânico. Então vi o quanto preciso deste homem desde sempre. Para todo o sempre...

Mais uma vez tive que vir aqui na minha devida era, esse tempo que estou ficando no passado está me fazendo um bem imensurável, mesmo que meu objetivo não seja relaxar, o que está acontecendo é isto.

Tive que voltar para acumular mais magia. Diferente da pilha de músculos, eu preciso estar em sintonia com o tempo para que ela se regenere e também vim para acertar algumas coisas na empresa.

***

Passei pela porta da frente do prédio com meu personagem montado: cabelo castanho muito bem preso, roupa social bem comportada e esse óculos que já não me é mais inútil,  (meu desejo é quebrar mais um paradigma: mulheres sabem sim administrar uma empresa sendo elas mesmas. Não que eu esteja sendo verdadeira aqui) como sempre todos os funcionários foram me cumprimentando e recebendo meigas e gentis respostas até chegar ao elevador que daria acesso a minha sala, de frente a ele estava Monique Fidem (agora ela está como minha secretária).

-Senhora, eu não consegui entrar em contato antes, mas pelo que me parece algo errado está acontecendo - disse ela entrando em meu caminho extremamente  aflita.

-O que houve? - perguntei.

-Os outros acionistas estão em uma reunião secreta neste momento, e não me parece ser coisa boa.

-Outros acionistas? Secreta? Esses filhos da Puta não possuem porra de poder nenhum e estão querendo aprontar pra cima de mim? - adoro a Monique porque com ela posso sair do papel -Onde aquele inútil está?

-Eles podem tentar algo contra a senhora -ela falou em um tom debochado - E ele está em uma viagem.

-Tentar algo contra mim -ri e entrei no elevador -Pois bem, vamos acabar com o show.

Entrei na sala fazendo meu salto ecoar por toda a sala o que fez todos olharem para minha direção. A cara de quem foi pego aprontando vinha de todos ali, tive que conter o riso.

-Vejo que estou atrapalhando -disse em voz calma.

-Olha quem temos aqui, não imaginava que a senhorita apareceria tão cedo -falou o desgraçado sentado na minha cadeira.

-E eu não imaginava ser apunhalada por vocês -disse em um tom cheio de tristeza,  carregada de falsidade e pesar.

-Você é apenas uma mulher meu bem. E é uma pena termos que nos livrar de uma mulher tão linda quanto você senhorita Alba. Adoraria fode-la um dia -que homem nojento. Por que tudo acaba voltando para minha aparência? Ele levantou a mão e uma bala me atingiu. Cai e fiz uma draminha de morte instantânea, todos riram feito um bando de imbecis, mas pararam quando eu comecei a rir junto, me levantei da maneira mais assustadora o possível arrancando a bala de dentro do meu peito, fechando-o  instantaneamente o ferimento. Arranquei o blazer e o óculos, soltei o cabelo que voltou ao tom ruivo e abri dois botões da blusa, e no momento que estalei meus dedos, Monique me trouxe e acendeu meu cigarro.

Todos me olhavam perplexos, com medo e muito pavor, enquanto caminhava em direção ao homem escroto.

-Primeiramente -disse me sentando na mesa a sua frente e cruzei as pernas -Tenho alguém muito melhor para fazer isso, querido homem nojento.

-O -oque você é? -ele gaguejou.

-Apenas uma mulher, Ué?- sorri e lhe dei uma cabeçada que o fez apagar. Me virei para os outros poucos que ousaram me trair - Meus caros homens, temo ter que informar algo tão perturbador, mas vocês estão ferrados!

***

Mais um dia nessa minha era se passou de forma normal. Ser traída já é uma coisa comum e indolor então tenho que ir atrás do que vim buscar aqui: o pêndulo dimensional  que rastreia presenças e ele está na caixa que pertence a família do meu marido.

Fui e o peguei rapidamente, o meu problema de verdade agora é conseguir salvar meu eu do passado, que em pouco tempo se eu não fizer nada, irá se transformar em mais uma boneca da coleção daquele maníaco. Bom. É melhor entrar logo em contato com a Urânia, preciso dela para que me ensine como funciona este pêndulo.

************


*Riin*

-Ela vai estar lá?  -perguntou a pirralha totalmente animada e dando alguns pulinhos muito fofos.

-Ela eu não sei, mas sei que a sala dela também vai estar lá -ele respondeu sorrindo de maneira boba pra ela.

-Se tiver a chance dela estar lá, então eu vou! -ela disse.

-Então vou programar nossas passagens -ele disse e ela confirmou com a cabeça.

-OPA! Como assim? Vão pra onde? -perguntei me metendo mesmo no meio da conversa.

-Não te interessa Black! -o metamorfo desgraçado disse.

-Vou para cidade onde morávamos antes -disse a pirralha se virando para mim.

Death FairyOnde histórias criam vida. Descubra agora