* Riin *
Lynn? O que? Porque?
- Alô? Lynn? ... eu gostaria de conversar com você - ela falou com uma voz fofa e manhosa, mas que porcaria é essa?
Depois de algumas confirmações ela desligou e me entregou de volta o celular.
- Quem é a presa desta vez senhorita Black Widow? - perguntei a olhando.
- Não lhe convém esta informação meu querido - disse ela sorrindo.
-Escondendo coisas de mim princesa? -disse me aproximando.
-É outro lacaio igual a você -que cobra.
Escutamos alguém chama-la e ela
se virou para a garota que havia lhe chamado. Ela tinha cabelos longos e castanhos, olhos claros e aparentava possuir um sorriso bonito bastante famíliar.-Olha se não é a vagabunda da escola - disse a garota cinicamente.
-E quem seria a senhorita? Já me tratando tão intimamente? -a pirralha perguntou ainda mais cínica.
-Ninguém tão famosa quanto a senhorita Rubby Crow - disse a garota.
-Realmente né? Então o que a plebéia quer? -disse a pirralha.
-Apenas falar com a rainha das vagabundas da sala -riu a garota parecendo uma demente.
-Ah, então senhorita foca engasgada, poderia ir rir para aquela que estar ali no fim da sala - disse a pirralha olhando para Samarah que estava do outro lado da sala.
- Prefiro rir igual a uma foca do que sair com qualquer um, igual a senhorita aí -a garota disse debochada -Ontem foi o Riin, hoje foi o Brian, amanhã será quem? O Jack?
- Ahhh! Agora sim faz sentido, isso tudo é inveja sua e de todas essas falsas seguidoras da rainha das vagabundas ali atrás - disse a pirralha.
-Se toca garota, por que eu teria inveja de uma pessoa como você? Até eu sou melhor que você, no fim das contas você só presta como um homem mesmo - ela sorriu de forma vitoriosa.
-Um homem que você corria atrás não é mesmo? Vai cuidar da sua vida garota - eita, a garota olhou para pirralha como se fosse mata-la, mas como eu sou um cara ruim para caralho vou piorar a treta.
- Meu bem que eu não sei o nome - ela se virou para mim incrédula com alguma coisa, provavelmente por que eu já deva ter dado uns pegas nela - Você acha mesmo que é melhor que a Rubby?
- Claro que sim, olha para ela! É muito estanha para uma garota! - disse ela apontando para a pirralha e eu quase ri de novo com sua expressão.
-Onde exatamente? O cabelo curto? Ou o cabelo curto muito bem cuidado macio e cheio de vida? Na pele clara e bochechas rosadas? Nos olhos cheios de brilho e convicção? Na boca bem desenhada e incrivelmente boa de beijar? Na cintura fina e bem esculpida? Nos seios vastos para sua idade? Nas coxas grossas na medida certa? Na sua personalidade implacável e que brilha mais que qualquer outro detalhe? Ou na inveja das garotas na minha frente? - perguntei.
-É.... eu .... -ela pretendia continuar, no entanto foi interrompida pelo metamorfo desgraçado descendo as escadas e ficando ao lado da pirralha.
-Ou seria do jeito único e convicto dela? Na forma estranha de demonstrar afeto, por sua forma louca de ver o mundo? Ou por que uma vadia disse para vocês à acharem estranha e vocês como cadelas fiéis e bem adestradas seguiram a ordem - nossa até que o metamorfo pensou bem.
-Vamos rapazes.... olha para ...ela, me poupe né? - a garota disse gaguejando. Olhei para trás e a pirralha ela estava um pouco corada. Que fofa.
Fui andando até chegar bem a frente da garota e a olhei nos olhos.
-Eu prefiro mil vezes passar um século com ela do que dois segundos com alguém como você -os olhos dela marejaram e todos me olharam surpresos - Vamos deixar claro uma coisa, sim? Pessoas que julgam alguém assim, não passam de escória.
A pirralha me olhou piscou algumas vezes meio incrédula e depois foi andando até o fim da sala e deu um grande tapa no rosto da Samarah que por sua vez caiu no chão e colocou a mão sobre o local.
-O que está fazendo? - perguntou Samarah com voz de choro.
-Declarando guerra. Venha você, suas amiguinhas, seu AMIGO protetor e toda a escória aqui. Tenho peito o suficiente para bater de frente com todos -a pirralha falou sorrindo sadicamente. Ela se virou e veio para cá, por onde passava comentários maldosos e insultos foram lançados contra ela - Não se preocupem, estou de bom humor hoje.
***
A viagem logo acabou e um clima péssimo se colocou sobre a pirralha e as pessoas. Tirando eu, Klein, Sora, Brian e Patrícia todas as pessoas ignoravam a Rubby. A tratavam ou como um fantasma ou como um bicho venenoso, isso ocorreu principalmente na escola.
Estávamos em casa e resolvemos sair para caçar. Eu estava no meu quarto junto a ela e enquanto abotoava minha camisa ela começou a falar :
- Vão caçar? - perguntou.
- Vamos sim, já passei muito tempo sem beber sangue e não se preocupe colocamos uma barreira anti vampiros aqui - disse me aproximando e lhe dando um selinho.
-Ok - ela respondeu sem olhar para mim e eu sai do quarto.
*Rubby*
Os três irmãos imbecis saíram e eu fiquei estudando a poção que eu teria que fazer se eu quisesse me livrar destas cicatrizes horríveis. Umas quatro horas da manhã escutei alguém bater na porta da frente. Achei estanho, no entanto fui até a porta, olhei pelo olho mágico e percebi que era uma garota, sem sombra de dúvidas era estranho, mas mesmo assim abri a porta com cautela.
-Olá! Prazer em conhece-la, meu nome é Euterpe e eu gostaria de conversar com o Riin, ele esta? - perguntou a garota, ela era linda: possuía olhos azuis, um lindo cabelo ondulado cor de rosa e presa a sua cintura havia algo parecido com uma flauta.
-Desculpe, ele não estar no momento, mas já deve estar chegando - falei tentando ser simpática o que não deve ter dado muito certo, sabe era quatro da manhã.
Escutei um barulho atrás dela e vi Riin parado, olhando para a Eu... EUTERPE?!?!?!?
Ela se virou para ele e pulou em seus braços, mas o que eu vi foi o ódio, raiva e rancor vindo dos olhos dele.
-Amor! Eu estava com tanta Saudades - disse ela sorrindo e pude perceber que ele já iria ataca-la, mas eu não vou deixar ele ser preso novamente. Preciso muito dele.
Fui até lá e praticamente arranquei essa puta de cima dele.
-Eiii! - ela resmungou e eu ignorei.
-Riin! Riin? - ele não me respondia, parecia ter sido desconectado do mundo.
-Euterpe...-Foi a única coisa que saiu fraco de seus lábios.
Ele partiu para cima dela e eu lembrei do que minha mãe me ensinou. O puxei pelo braço e o abracei.
-Euterpe...
-Abra portão para o vazio -falei alto o ignorando e o portal se abriu sobre os meus pés e os dele e caímos.
Quando chegamos no vazio, um lugar onde não à nada além de frio e escuridão onde só se pode enchergar pessoas, ele ainda estava imóvel.
-RIIN! RIIN! - não adiantava o quanto eu chamasse, ele não me respondia -Eu não quero fazer isso sabe! -dei-lhe um tapa realmente forte no seu rosto, porém, foi inútil. Só me restava esta cartada:
O derrubei no chão e sentei em cima dele. Mordi minha mão com muita força mesmo fazendo-a sangrar. Coloquei o sangue em sua boca e seus olhos mudaram de cor para aquele vermelho perigoso, quando o sangue acabou ele se virou por cima de mim e encostou seus lábios em meu pescoço, mas o banimento deu um jeito e ele não conseguiu me morder o fazendo voltar ao normal e como da primeira vez que ele tomou meu sangue, estava ofegante e quase inconsciente.
-Rubby? - devo ter sorrido feito uma idiota por ele finalmente ter chamado meu nome. Ele se sentou e me abraçou tão forte que pareci uma boneca entre seus braços prestes a quebrar...
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Death Fairy
FantasyO mundo é um mistério com seres enigmáticos. Destes, alguns bons e alguns ruins o regem, sobre o comando de um maior. Rubby é um destes seres, uma Death Fairy que trabalha para guiar a morte, no entanto sofre uma vida onde ela é a caça e todos são...