Capítulo 8 - Provocações

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Atílio: Todos os anos. Nunca esqueci, na verdade eu nunca esqueço o que é importante para mim. - ele a tocou e puxou para mais perto dele, ficando quase em cima dela, que fechou os olhos quando ele sussurra.

Atílio: Me pede novamente seu beijo de aniversário.

Ela corou, e se lembrou de que havia confessado ter amado como um adolescente. E que o beijo seria o melhor presente de aniversário.

Pilar: Daqui a três dias, hoje não e nem aqui. – ela sorriu e se virou sabia que seria uma tortura para ele dormir com ela e não a tocar.

Atílio não conseguia tirar os olhos dela. Quando jovens Guilhermine sempre fazia piadas da paixonite de Pilar por ele e talvez ela tinha dito algo para ele no decorrer desses anos. Atílio sempre fora um homem difícil de lidar, mas com ela era diferente, ela era carinhoso, atencioso e gentil, ela sempre foi a pequena dele.

Quando Pilar tinha 18 anos, ela havia lhe pedido o primeiro beijo, que ele negara, não por que não a quisesse, mas sim por conta da idade deles. Ele fechou os olhos e pensou com tristeza que as pessoas mais querem nem sempre é o que dá felicidade.

Talvez se seus pais não haviam se mudado para a capital, talvez se Atílio teria a cortejado e se casado com ela.

Levou um longo tempo para adormecer, dormiram os dois ali, na mesma cama, e nada aconteceu nem o beijo de aniversário. Ele acordou se sentindo melhor.

 Pilar ainda dormia tranquila e serena, Atílio levantou e sentiu o braço adormecido, a picada ainda estava avermelhada e o deixava irritado, ele se banhou e saiu, ainda não tinha nascido o sol, mas como de costume ele já estava na lida do Haras. 

 No café da manhã Pilar estava conversando com sua tia, Atílio chegou e tomou café com elas como era de costume já. E ele era agora um pouco mais agradável para Pilar. Ele não tentou conquistá-la ou lançar um flerte, simplesmente queria que as coisas acontecesse normalmente. No entanto, sua atitude geral não tinha experimentado nenhuma mudança drástica. 

Ficou claro que o braço ainda dói, mas alguns dias depois, apesar do desconforto e foi para ajudar no trabalho mais pesado da fazenda. Era quinta-feira e na manhã seguinte Pilar tinha que voltar para pegar a filha que voltaria da colônia de ferias. Ele havia prometido levar no avião para pegar Sofia.

 Pilar sorriu tristemente com saudades da filha e da rotina agitada da empresa, mas queria ser melhor, ali no campo ela se sentia mais viva, trocaria sua vida na cidade, na empresa por uma vida no campo, gostaria que Sofia pudesse ter pelo menos um pouco do que ela teve quando criança. Às nove horas, quando Monserrat subiu, Atílio ainda não tinha chegado. Pilar estava lendo encolhida no sofá. 

 Monserrat: Não vai dormir?

 Pilar: Agora não, vou esperar Atílio. Porque ele prometeu levar no avião do haras para pegar Sofia, ele me pediu para avisar um dia antes. Eu quero ter certeza que ele poderá ir, caso contrario terei que me organizar melhor.

 Monserrat: Meu filho nunca promete algo que não pretende cumprir. Eu não sabia que você falou sobre Sofia, embora eu tenha adivinhado, acho que por isso ele anda mais agradável, Atílio adora crianças, ele ama os sobrinhos. Os filhos gêmeos de Guilhermine, Tulio e Alberto.

 Pilar: É verdade - ela suspirou. – Faz tanto tempo que não falo com ela, que nem conheço o marido e os filhos. Éramos amigas, mas nos separamos quando eu me casei. Monserrat: Bom caso ele não possa te levar, mando o motorista te levar até a capital de carro. 

 Pilar: Ele foi muito gentil. 

 Monserrat: Acho que ele está curioso para saber como é sua filha, -ela murmurou. – Ele não é fácil, mas adora crianças. Em certa medida, é uma tragédia que não tenha sido casado, teria sido um pai maravilhoso. Monserrat falava algo que Pilar não sabia sobre ele, e ficou pensativa.

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