Madrugada clareando um dia torto...

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Eu decidi não pular no abismo que se abre a minha frente quando penso em minhas asas

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Eu decidi não pular no abismo que se abre a minha frente quando penso em minhas asas. Eu decidi 'escalar' para baixo e fazer da queda, decididamente, letal. Pular é fácil, descer usando os dedos e os pés, sem a visão do chão abaixo, é afrontar a lógica, é morrer lentamente, é afrontar Deus com a minha coragem suicida...

Pois, neste exato momento, são cinco horas da manhã, o que eu senti emanar de um mundo que acorda para mais um dia de incertezas, foram emoções nem um pouco tranquilizadoras... o mundo acordou em desespero...

Eu, o anjo Pedro, experimento compaixão e empatia, por mais que eu não queira ou que relute em sentir alguma coisa pelas pessoas; daí eu entro em estado de meditação amorosa em prol do mundo inteiro, por cada ser em especial, mas não sei como faço isso tão levemente já que, o homem Pedro, aquele de pura carne, sente profunda revolta.

O que eu sei, como homem, é que nós só protegemos nossos filhos enquanto eles não se movimentam ou pensam por conta própria. Depois que crescem, entretanto, nos vestimos a nossa capa de ignorância, timidez ou intransigência e lhe entregamos uma Terra em crise. Pouco podemos fazer, eu sei! Há poderes maiores do que os nossos! Mas estaríamos fazendo o melhor possível por eles?

Um homem que cria ou que guarda armas de destruição em massa estaria pensando em sua família por baixo da "desculpa" de que estaria protegendo a todos? 

Cotidiano de um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora