Cartel, drogas e morte.

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Agora que estou recuperado, posso voltar a escrever e estou sentindo falta disso. Fiquei seis meses em coma após ser atingido por anjos na operação conjunta entre Forças Armadas, Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, Polícias Civil, Militar e Federal contra um cartel de drogas sediado ao norte de Roraima. As pessoas me contam detalhes da operação, mas eu ainda tenho a mente aérea; eu meio que me lembro e esqueço logo a seguir. Estou sem trabalhar e já me acostumo a isso. Para não me cansar, vou cortar o jornal e colar aqui nas folhas do diário. Copiar ou escrever... ainda sinto dor...


'Operação do Exército, Polícias Militar, Civil, Rodoviária e Federal de Roraima desbarata o Cartel de Drogas e Armas sediado em Serra de Pacaraima ao norte do Estado.

Na operação conjunta entre forças militares e policiais brasileiras, após investigações da Polícia Militar sobre o tráfico de drogas e armas ao norte de Roraima, foi comprovada a existência do Cartel das Serras, um dos maiores, mais perigosos e profissionais no tráfico de drogas e armas do Brasil. As forças militares destruíram pistas, apreenderam armamentos e drogas, dólares, euros, reais e bolívares em quantidade jamais resgatadas neste tipo de operação. O cabeça da facção criminosa Maram Nainar foi preso, encontra-se na prisão do Exército na capital de Roraima, Boa Vista, e será enviado para a prisão de segurança máxima em São Paulo, em data ainda não confirmada. O Comandante do Exército, General e Paiva Sá e Martins, para chefiar as forças de segurança da Aeronáutica e do Exército, juntamente com o Delegado Pedro de Assis Wuarem Wapixana, das forças policiais Civil, Militar e Federal, e o Tenente Adjunto da Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, Tenente Coronel Epitácio Gomes, em entrevista aos jornais e às televisões abertas e por satélite, comentou que a operação foi um sucesso devido à união das forças e suas aptidões para o trato com o ambiente geográfico do norte do Estado. O Comandante Paiva salientou que a ajuda de Oficiais Técnicos da Comissão Brasileira de Limites e Fronteiras foi fundamental quanto à utilização do meio ambiente como aliado para a aproximação da base do cartel por terra, sem o auxílio de helicópteros e outros veículos sonoros.


- Entrevista Coletiva ao General De Paiva em nome de Delegado Pedro Wapixana. Auditório da Polícia Civil em Boa Vista, Roraima:


... "Nós baseamos toda a operação "Cobra do Mato" nos movimentos silenciosos desses anfíbios pela selva. Assim, instruídos por nossos soldados das etnias indígenas da região, além do conhecimento de campo e movimentação comum aos técnicos da Comissão Brasileira de Limites... Nós ficamos mais de quatro meses no local, subindo pouco a pouco até a base do cartel, uma vila com cinquenta e cinco casas.


... "Claro que sim! Qualquer movimento em falso, nós seríamos localizados visto a geografia do local, apesar da mata espessa. Mas sempre cruzávamos com corredeiras e rios menores de fácil localização".


... "Nós usamos tecnologia por satélite para nos comunicarmos. Nós sabíamos que estaríamos entrando em um território de cultivo de papoula, com helicópteros levando ouro, diamantes, drogas e armas, portanto, qualquer movimento em falso, qualquer sinal de nossa presença nas redondezas, a operação teria fracassado, ou, o pior, a fuga em massa dos seguidores do Traficante Maram. Nós não podíamos subir com armamento pesado terrestre, salvo armas de mão e granadas. Nem motocicletas ou helicópteros... A única providência neste sentido foram o uso de ciclistas do exército, treinados em trilhas de elevação e florestas, e dos aviões de linha aérea para a Venezuela fazendo a fotografia aérea duas vezes ao dia. A linha área entre Boa Vista e Santa Helena foi criada para este fim e o Governo da Venezuela foi informado sobre a operação e participou ativamente.

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