Surpresa!!!

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Houve uma breve pausa e então a Sra. Traynor olhou de novo em sua pasta.

— Qual a sua idade?

— Vinte e seis.

— E ficou seis anos no emprego anterior.

— Sim. A senhora deve ter uma cópia da minha carta de recomendação.

— Hum... — A Sra. Traynor segurou a carta e deu uma olhadela. — Seu ex-empregador diz que você “é uma pessoa calorosa, falante e cheia de vida.”

— É, eu paguei para ele escrever isso.

Não seguro as risadinhas. Essa Louisa é hilária. Quando a porta do quarto abre meu riso vai sumindo gradativamente. E eu simplesmente não posso focar no rosto dessas pessoas. Fecho o livro e tento fazer cara de paisagem.

-Eu não sei se termino de te matar ou se vou te dá um abraço.

-Victória não fala assim com ela. Tadinha esta se recuperando agora.

-Dona Catherine ela estava lendo um livro e rindo enquanto estávamos doidas atrás dela.

-Pega leve Vic, ela ainda está até um pouco pálida. Ah minha garota, Cath estava trazendo aquela sopa que você adora mas aqueles seguranças nos revistaram e não deixariam nós entrarmos se tivéssemos continuado insistindo.-diz seu Gustavo se aproximando de mim e pegando minha mão.

-Verdade você está pálida mesmo. Vem cá.-Vic mesmo se aproxima. Deve ter percebido as coisinhas grudadas no meu braço esquerdo e ligadas na máquina. Que graças a Deus não tem o som irritante, na verdade não tem som nenhum.

-Vic você esta me apertando demais.-reúno o fôlego que me resta e falo. Ela afrouxa o abraço mas não me solta. O que fica meio desconfortável pra mim já que ela não me solta e nem seu Gustavo. E eu fico meio torta.

-E você pode começar a se explicar mocinha.- seria uma boa hora se eu tivesse pensanda no que dizer para as pessoas quando eu percebi que estava viva. Porque eu tenho a leve impressão que se eu dizer que estava tentando mim matar as pessoas não vão levar na esportiva.

-Com licença.-a enfermeira coloca apenas a cabeça dentro da sala.- Estar na hora do remédio da senhorita Isabella.

-Claro, fique a vontade.-murmuro. Odeio remédios. Vic me dá um olhar conhecedor.

-Daqui a um minuto ela estará inconsciente. Cortesia do remédio. É  muito forte.-a enfermeira explicava enquanto eu repremia meu instinto de puxar o braço da enorme agulha que ela estava inserindo no meu braço.

-Mas nós acabamos de chegar!-Vic reclama.

-Bom ela estar fazendo um tratamento sendo assim ela precisa tomar os medicamentos na hora certa.- a enfermeira sai fechando a porta suavemente como se ja estivesse acostumada com isso a anos o que eu não duvido.

-Bem mocinha não pense que você estar livre de explicações quando você se acordar estaremos aqui!

Salva pelo remédio. Êêhh!!!

[...]

"Eu te amo"

Acordei com a sensação de estar sendo observada, mas depois de olhar por todo o quarto e não encontrar ninguém me convenci que era apenas paranoia minha e apertei o botão que estava perto da cama, que a enfermeira pediu pra mim apertar se eu precisasse de alguma coisa.

Flower SilvestreOnde histórias criam vida. Descubra agora