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E meus dias  corriam normalmente: casa, trabalho, casa. Eu havia me acostumado com essa rotina e me sentia bem com ela. Em casa, tudo arrumado, limpo e organizado. No serviço a mesma coisa. Eu tinha 4 empregados: dois vendedores e dois entregadores. O caixa é a papelada (pedidos, compras, estoque, entradas e saídas de produtos) eu tomava conta. Meu contato com meus funcionários era estritamente profissional, apesar de conhecê-Los e as suas famílias também.
Minhas noites eram tranquilas: chegava em casa por volta das 18h, me trocava, às vezes caminhava por uma hora, voltava pra casa, tomava banho, fazia a janta, navegava na internet (sites de notícia, blogs de vôlei, Xvideos para bater punheta...RS). Numa dessas "andanças" pela net, descobri uma minissérie, pesquisei, comprei todos os DVDs e assisti tudo. Fiquei apaixonado! Queer as Folk! Basicamente narrava a história de gays (homens e mulheres) americanos, que eram amigos e tudo o que envolvia amizade, sexo, relacionamentos, droga, aids... assim, durante um bom tempo minha companhia noturna eram os personagens que compunham a minissérie.

************************************Sentia-me solitário? Não! Já havia me acostumado a viver sozinho, então quando batia a solidão eu ligava para meus pais e conversávamos sobre nós mesmos

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Sentia-me solitário? Não! Já havia me acostumado a viver sozinho, então quando batia a solidão eu ligava para meus pais e conversávamos sobre nós mesmos.
Namoro? Nem me passava pela cabeça encontrar um parceiro na minha cidadezinha.
Sexo? Eu resolvia a parada com vinhetas homéricas vendo vídeos amadores.
E assim os dias iam passando!
Até que...

O cowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora