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NARRADO POR EDUARDO

Depois que entrei no prédio do alojamento e o Marcos foi embora (acho), deixei minhas tralhas na cama destinada a mim, peguei uma cueca, um short e uma camiseta, além da bucha, sabonete e xampu e fui para o banheiro coletivo. Alguns peões também estavam lá tomando banho. Cumprimentei todos, tirei minha roupa, liguei um dos chuveiros e comecei a me banhar. Também fiquei pensando na surpresa que o Marcos havia feito em patrocinar um dos prêmios e, principalmente, em aparecer ali na festa, pois eu sabia que ele não frequentava nenhum tipo de balada. Depois do jantar na casa dele, e do que eu havia lhe falado, imaginei que ele nunca mais conversaria comigo ou me procuraria. Talvez por isso a surpresa.

O que eu sentia em relação a ele? Sinceramente não sabia... como já havia falado pra ele, eu gosto de transar, de enfiar o pinto em qualquer buraco, gozar e tchau. Não sou de relacionamentos duradouros, nunca me envolvi com ninguém e nem tenho vontade. Por isso fui tão sincero com ele e com todas as pessoas que já fiquei. Não gosto de mentiras e ofereço sexo, apenas sexo. Assim, ninguém pode me acusar de tratante, mentiroso ou hipócrita.

Mas o Marcos foi meu amigo desde a infância. Eu o conhecia, conhecia a família dele. Sabia tudo sobre ele. Eu não quis enganá-lo ou usá-lo. Deixei isso claro pra ele. Porém, hoje ao vê-lo aqui, com os olhos brilhando ao me ver e ficar perto de mim, não aguentei e quis prova-lo... percebi claramente a inexperiência dele enquanto estivemos juntos. O medo nos toques dele, depois a vontade e o tesão desenfreado com que ele me agarrava, chupava e lambia meu corpo e, principalmente, meu pau, bolas e virilha... talvez por tudo isso eu o beijei. Nunca havia beijado outro cara, apenas fodido e pronto. Mas ele, com aquela cara sonhadora e inocente foi demais pra mim. Beijei-o e gostei. Curti o sabor da boca dele, o cheiro do corpo dele, ele. Quando ele gozou e senti o corpo dele todo tremendo, fiquei com dó e ao mesmo tempo satisfeito por ter proporcionado tanto prazer pra ele, algo que pelo visto ele nunca havia tido...

Terminei meu banho, me enxuguei, troquei, deitei e dormi, pois o cansaço bateu forte.

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NARRADO POR MARCOS

Acordei estranho, parecia que eu flutuava... ao me dar conta que estava em minha cama, em minha casa e sozinho, fiquei triste, pois queria que o Eduardo estivesse ali, ao meu lado, juntinho ao meu, seu corpo quente e tão forte me abraçando, me tentando... por outro lado, ao lembrar-me do que havia acontecido ontem à noite, sorri debilmente e senti meu corpo ficar quente, com tesão... corri para o banheiro, fiz xixi, liguei o chuveiro, tomei banho e me masturbei com vontade, devagar, rápido, lembrando do gosto do pau e da porra do Eduardo na minha boca, das coxas musculosas dele pressionando as minhas, do cheiro da virilha dele... cheiro de homem, de macho... gozei muito na parede do box... fiquei sentindo meu pinto pulsar e a porra saindo e batendo na parede, escorrendo para o chão... num impulso, passei os dedos na cabeça do meu pênis e levei a minha boca, lambi e senti o gosto da meu próprio gozo... gostoso!

Terminei o banho, coloquei apenas uma cueca e um short e fui para a cozinha preparar meu café, que tomei acompanhado de pão com presunto e queijo. Comi com gosto! Estava faminto.

Depois, fui até o quarto, troquei e me dirigi ao trabalho, pois ao sábado o depósito ficava aberto até o meio-dia. Lá, vendemos muito, até mais que nos dias da semana, o que foi uma surpresa para mim e para meus funcionários. Depois que atendemos o último cliente, dispensei os vendedores, fiz as saídas no estoque no computador, fechei o depósito e fui para casa.

Ao chegar lá, peguei meu celular, liguei a internet na esperança de ter alguma mensagem do Eduardo, mas nada. Fiquei meio triste, mas ao lembrar-me da noite de ontem, novamente um sorriso desabrochou nos meus lábios. Tirei minha roupa e comecei a faxina que sempre faço nesse dia.


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