21

758 90 30
                                    

No quarto, enquanto nos trocávamos, Robson ficava brincando comigo, conversando, falando sobre coisas do dia a dia... ele me ajudou a abotoar minha camisa e me dava selinhos sempre sorrindo e me olhando nos olhos.

Ao terminarmos, fechei a casa, peguei meu carro e ele foi me indicando o caminho.

Mesmo a cidade não sendo tão grande, havia muitas propriedades rurais no município, com plantações variadas, pequenos trechos de mata virgem, campos, estradas de terra batida.

Por uma dessas o Robson pediu que eu entrasse.

Dirigi por uns 12km mais ou menos, até que em uma encruzilhada ele pediu que eu pegasse uma estradinha quase escondida pelo colonhão e adentrasse um trecho de mata fechada. Assim o fiz e, após uns 5 minutos, uma clareira surgiu a nossa frente, logo após uma curva bem fechada. Lá, ele pediu que eu parasse o carro, descemos, ele pegou em minha mão e me conduziu para uma ribanceira. Bem lá embaixo, uma bela cachoeira com água cristalinha fazia um pequeno lago com pedras em volta e um trecho com areia.

Fiquei maravilhado com aquilo: o som da água, a água limpa, a mata fechada logo acima.

Olhei sorrindo para o Robson e perguntei:

___ Mas como eu morando aqui há tanto tempo não sabia disso? E como você sabia?

Ele apenas devolveu o olhar, e respondeu:

___ Mistérios...

Eu sorri, pois lembrei-me da Dona Milu, na novela Tieta, que sempre usava esse bordão.

Tiramos nossos tênis, molhamos nossos pés e a água estava morna, propícia para o banho.

Sem falar nada, ele voltou para a margem, tirou toda a sua roupa, olhou para mim:

___ Venha... – estendendo a mão.

Não tinha como recusar o convite. E, mesmo com um pouco de vergonha, tirei minha roupa também, peguei na mão dele e o acompanhei.

Entramos devagar na água, sentindo-a envolver nossos corpos. Uma maravilha, um bálsamo!

Ficamos mergulhando, nadando, boiando... ouvindo o baque da água caindo, pássaros cantando e o som da mata que só quem adentrou em uma sabe como é.

Estava sonhando acordado, quando sinto uma boca envolver meu pênis... assustei-me e afundei!

Voltei à tona e o Robson estava rindo...

Joguei água nele e ele veio para meu lado, abraçando-me calma e amorosamente... ficamos ali, abraçados, juntinhos, nossos corpos grudados... não teve como, nossos paus deram sinal de vida e a luta de espadas começou lá embaixo.

Enquanto isso, ele apenas me olhava fixamente nos olhos. Eu não conseguia desviar. Ele foi se aproximando e tomou minha boca com a sua, beijando-me com força mas suavemente... suas mãos passavam por todo meu corpo e brincava com meu buraquinho que piscava sem parar lá atrás... ele deu uma abaixada no corpo, encaixou seu pinto embaixo do meu saco, entre meu rego e começou a se movimentar devagar... meu pau esfregava-se na barriga dele e nós nos beijávamos com intensidade. Eu apertava suas costas, corria minhas mãos por toda a extensão dela, sentindo os músculos flexionados... ele me beijava, mordia meu pescoço, meu queixo enquanto eu sentia seu pênis me "comendo"... mesmo a água deixando nossos corpos meio "ásperos" senti o corpo do Robson esquentar e ele disse entre gemidos:

___ Tô... gozando.... – e aumentou a intensidade dos movimentos e do beijo... enquanto o sentia pulsar entre minhas pernas ele sugava minha língua como se ela fosse meu pinto...

Não aguentei tudo aquilo e comecei a gozar também... deixei de beijá-lo, afastei um pouco nossos corpos e fiquei vendo minha porra saindo de filetes brancos... parecendo torpedos saindo de um submarino... olhei para ele que também observava e sorrimos um para o outro... ficamos grudados, beijando sem parar, acariciando um o outro...

Então, ele me soltou, mergulhamos, nadamos mais um pouco, saímos e ficamos deitados pelados na areia com as mãos entrelaçadas.... o sol secou nosso corpo, mas tivemos que entrar novamente na água para tirar a terra grudada... então, saímos com o sol alto, já bem quente, ficamos pulando e rindo ao vermos nossos pênis balançando... conseguimos nos secar sem toalha, vestimos nossas roupas e fomos de mãos dadas para o carro.

Ao subir a ribanceira conversando, alheios a tudo, demos de cara com outro veículo chegando, que estacionou bem ao lado do meu.

Automaticamente, soltamos nossas mãos e, nesse instante a porta do carro se abre e o Eduardo desce, mas sem nos ver ainda, dá a volta, abre a porta do passageiro, e dela desce sua namorada. Eles se dirigem para a parte de trás, abrem o porta-malas e pegam uma cesta e a algumas garrafas. Só então, viram-se e, ao se dirigirem para a cachoeira, se deparam comigo e com o Robson terminando de chegar na clareira.

A moça nos cumprimenta alegremente, já o Eduardo faz uma cara estranha e apenas mexe a cabeça.

Meu coração parou, fiquei gelado, mas continuei andando para o carro.

Entramos, o Robson apenas me olhou, apertou minha mão e disse olhando nos olhos:

___ Marcos, não tem para que ficar se lamentando pelo que já passou, ou ficar pensando no que poderia ter feito. O importante é saber que você deu o seu melhor. E se o seu melhor não foi o suficiente, paciência! Agora levante a cabeça e siga em frente. Todos os dias o sol acorda e brilha para todos e não espera que alguém o agradeça. Então faça o mesmo e brilhe.

O cowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora