Aquele dia amanheceu como todos os outros.
Acordei 6h, fui ao banheiro, lavei o rosto, me dirigi à cozinha de cueca mesmo. Fiz meu café, tomei-o com leite e comi pão com presunto e queijo. Depois, voltei ao banheiro, escovei os dentes, tomei banho, me troquei, peguei meu carro e fui para o trabalho.
Ao chegar lá, meus funcionários ainda não haviam chegado. Abri tudo, liguei meu computador e às 8h todos estavam por lá, cada um fazendo seu serviço.
Um pouco antes do almoço o João, um dos vendedores, veio até a minha sala me informar que o caminhão com as pedras que eu havia encomendado estava lá para ser descarregado. E eu precisava conferir tudo e pegar a nota fiscal. Levantei e fomos para o fundo do depósito. Ao chegar lá, o motorista me entregou a papelada, verifiquei tudo, pedi que ele descarregasse em um canto. Nesse momento, percebi que junto dele havia um rapaz, que devia ser ajudante. Olhei-o rapidamente, mas ele não me pareceu estranho. Fiquei por ali, enquanto ele manobrava o caminhão e começava a descarregar as pedras. O tal rapaz o ajudava e me olhava insistentemente. Senti algo estranho, um nó no estômago que me impedia de voltar para minha sala. Fiquei ali, parado, observando tudo. Depois de tudo descarregado, o motorista e o rapaz vieram até mim e pediram se podiam usar o banheiro e tomar um café. Logicamente, consenti e os orientei sobre onde estava o toalete e a cozinha.
Fui seguindo-os, ouvindo a conversa do motorista que falava sobre o preço alto dos produtos que ele entregava. Mas minha atenção estava totalmente no rapaz.E que rapaz! Mais alto que eu, devia ter 1,85cm, uns 80kg, moreno, cabelos pretos curtos, olhos castanhos escuros. Corpo totalmente definido. Uns braços fortes, com veias saltadas. Ele usava uma camiseta preta apertada e dava para perceber todos os detalhes daquele corpo. Ele me olhava de esgoela, sério. Eles foram ao banheiro, fiquei esperando, depois os levei até a cozinha onde tomaram café. O motorista na sua conversa interminável, me apresentou o rapaz como seu sobrinho.
___Esse é meu sobrinho, que veio morar conosco. É o Eduardo.
___Prazer, Eduardo! (estendi a mão que foi envolta em uma mão forte, máscula, que apertou a minha intensamente)
___O prazer é meu. (respondeu Eduardo, olhando fixamente nos meus olhos, sem soltar minha mão).
Ao sentir o contato com a mão dele, uma fagulha iniciou no meu estômago e se espalhou rapidamente pelo meu corpo. Senti meu pau endurecer e como estava com calça social, tratei logo de segurar a nota fiscal na frente do meu corpo, para que ninguém visse a protuberância ali existente.
Após conversar mais um pouco, eles se despediram e foram embora. Fiquei olhando para Eduardo que também deu mais uma olhada para mim.
O caminhão partiu e fiquei mais uns minutos vendo ele se distanciar. Lentamente, voltei para minha sala, acessei o arquivo e dei entrada no material entregue. Mas minha cabeça, pensamentos e meu corpo estavam no Eduardo.

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O cowboy
RomanceO impossível pode acontecer... quando menos se espera, o amor e o desejo nascem , mas será que sobrevivem?