Capítulo 25.

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Emily sentou-se na cama de Ethan e segurou o travesseiro dele contra o peito, inalando o aroma almiscarado. Voltaria lá algum dia? Talvez estivesse fazendo uma tempestade num copo d'água, como Dylan implicara. Ou essa última decepção seria o fim de tudo?
Antes que pudesse continuar se torturando com perguntas, levou a garrafa de cerveja pela metade para onde Dylan estava deitado no sofá, assistindo televisão, bebendo cerveja e comendo canapés.
- Dylan, não acha que deveríamos ir? - perguntou ela, olhando pela janela. - Está totalmente nublado agora, e a maré começa a subir.
Mas Dylan pareceu congelar com uma torrada na boca.
- Hum.
- Qual é o problema?
Ele apertou um botão do controle remoto e sentou, inclinando a cabeça como que para ouvir alguma coisa.
- O que foi? - insistiu Emily se aproximando, e então ouviu o inconfundível barulho de um helicóptero. - Dylan, não é o que estou pensando, é? Muita gente tem helicópteros em Waiheke, certo?
- Claro, muita gente - replicou ele sem convicção, levando o prato de canapés e a cerveja para a cozinha.
Emily o seguiu.
- O helicóptero de Ethan não estava na casa de Peter. Como pode ser ele? - questionou em pânico.
- Existem coisas como telefone, sabe? - murmurou ele tão inocentemente que Emily entendeu.
- Você ligou para ele!
- Não.
- Então, enviou-lhe uma mensagem de texto do barco - acusou Emily, e ele pareceu encabulado.
- Força do hábito. Sempre informo Ethan do meu paradeiro, de modo que, se acontecer alguma coisa, ele saberá onde estou.
Antes que Emily pudesse protestar, Dylan saiu, falando:
- É melhor eu ver o que ele quer.
- Nós sabemos o que ele quer. - Ela o seguiu, e ele parou nos degraus para sorrir-lhe.
- Você espera saber!
- Seu traidor!
Emily bateu a porta e foi espiar pela janela.
Os irmãos se encontraram no meio da escada, e ela esperou ver uma discussão e depois os dois partindo para cima dela, mas em vez disso, após uma breve troca de palavras, Dylan foi para o cais e desatou o barco. Vestindo o colete salva-vidas, ligou o motor e, em segundos, desapareceu.
Com o coração batendo descompassado, Emily esperou, até que houve uma batida suave à porta.
Em camisa caqui, jeans e pés descalços, as botas já sobre o tapete, Ethan a olhou seriamente.
- Ethan...
- Esqueci minha chave - disse ele, e após uma pausa: - Posso entrar?
Ela enrubesceu e quase tropeçou quando se moveu para lhe dar passagem.
- É claro, essa é sua casa, afinal.
- Ainda bem que você esclareceu isso - murmurou ele, entrando. - Porque, por um momento, tive dúvidas.
- Ethan...
Ele interrompeu-lhe as explicações, parando no meio da sala.
- Você gosta?
Emily olhou para os braços musculosos e a camisa aberta revelando um peito magnífico.
- Gosto do quê?
- Da casa?
- Sim, é linda. Especialmente o...
- O quê?
Ela mordiscou o lábio, envergonhada de ter vagado pela casa.
- O jardim de rosas.
- Ah, isso. - Ethan aproximou-se e estudou os olhos azuis confusos, a boca tremendo quando ele parou a poucos centímetros. - O que tem a dizer em sua defesa?
- Ethan, sinto muito...
Mas ele não estava interessado em desculpas.
- Nunca mais faça isso.
- Fugir com Dylan? - brincou ela, mas ele continuou sério, parecendo extremamente tenso.
- Presumir coisas a meu respeito. -Mas... Peter... Ele lhe contou?
- Ele e Andrew me contaram a história inteira. Vi também os relatórios. Mas, de qualquer forma, você não é minha parente - declarou ele enfaticamente.
- Eu nunca exigi...
- Acha que não sei disso? - murmurou ele, mostrando a primeira onda de fúria reprimida. - Não importa quem você seja, sei que tudo isso surgiu da culpa não resolvida de Peter. Sei que você não se aproximou dele, tentando se passar por sua neta, porque ninguém imaginava que ele tinha uma! Contudo, você imediatamente imaginou que eu tiraria conclusões erradas. Pensei que me conhecesse melhor a essa altura. Aparentemente, precisa de uma nova lição.
A expressão fria em seus olhos se tornou ardente quando dispensou a idéia com um gesto da mão.
- Mas não quero falar sobre isso agora, ou sobre nada - acrescentou com voz rouca. - O que quero é que o mundo desapareça e nos deixe concentrar no que realmente importa. -Aproximando-se mais, ainda não a tocou, mas acariciava-a com a voz aveludada e sexy: - Quero fazer amor com você, aqui e agora, na minha casa, sem interrupções, sem revelações perturbadoras... apenas você e eu, provando o quanto podemos dar prazer um ao outro.
Ele segurou-lhe o rosto com ambas as mãos, e roçou-lhe a boca com a sua, unindo os lábios desejosos num beijo abençoado. Todas as preocupações e medos de Emily desapareceram naquele instante, substituídos por uma sensação maravilhosa de pertencer à pessoa certa.
Um trovão do lado de fora foi combinado com a excitação crescente de dois corpos em chamas se unindo com desespero. Com um movimento hábil, Ethan tirou-lhe a camiseta pela cabeça e jogou-a no chão, tomando-lhe a boca novamente enquanto abria a calça dela e a deslizava pelas pernas delgadas, para que pudesse apreciar a visão da pele dourada de Emily tremendo com os seus toques. Dessa vez, ela usava um conjunto de calcinha e sutiã vermelho de renda, totalmente sexy e provocante.
- Você vestiu isso especialmente para mim? – perguntou ele com voz rouca.
Emily olhou para baixo e descobriu que ele estava desenhando rosas com o dedo sobre sua calcinha.
- É claro que sim - ela o encorajou, arqueando as costas de modo que os seios roçassem o peito másculo.
E tremeu quando os dedos dele desceram e tocaram o centro da feminilidade sobre o tecido fino.
- E você já está pronta para mim - sussurrou Ethan, a outra mão circulando-lhe as costas para abrir o sutiã, liberando o maravilhoso volume com mamilos rosados. Os dedos de Ethan moveram-se para a própria camisa, e, com uma onda de excitação, Emily ajudou-o a removê-la, jogando-a junto de suas roupas descartadas sobre o chão.
- Qual é o problema? - perguntou ele quando a viu olhando para seu peito.
- Nenhum. - Ela alisou-lhe os pêlos macios e beliscou-lhe os mamilos, fazendo-o gemer. - Pensei que você tivesse o peito liso.
- Devo parar para raspá-lo? - brincou ele, mas ela notou uma ponta de insegurança no tom.
- Oh, não, gosto de você assim - murmurou Emily, baixando a cabeça para traçar a língua ao redor dos mamilos, ansiosa por provar o gosto dele.
Ethan reagiu com puro erotismo, erguendo-a em seus braços fortes e esfregando o peito contra os seios nus e, então, arqueando-a para trás a fim de tomar os mamilos na boca, brincando com eles deliciosamente.
- Você está com gosto de sal. - Ele moveu-se para o Pescoço elegante, saboreando-lhe a boca, as orelhas e os °lhos, todos os lugares onde a água do mar a tocara.
Ela lambeu-lhe o maxilar, fazendo-o contrair o músculos ali.
- Você também - sussurrou em aprovação. Ethan a pegou no colo e carregou-a com facilidade para o quarto, tirando a colcha antes de deitá-la sobre os; lençóis macios. Emily pôs os braços acima da cabaça e observou-o remover a calça e a cueca num único movimento, revelando o desejo espetacular enquanto se ajoelhava na beira da cama e então se Posicionava entre as suas pernas. Mãos fortes acariciaram-lhe a cintura e a puxaram mais para baixo, de modo que a boca de Ethan pudesse alcançar-lhe os sejios e ir descendo pelo estômago até o tecido de rendia vermelha.
- Como vou adorar entrar no meu jardim privado d<e rosas - sussurrou ele sorrindo. -Você esteve aqui n<o meu quarto, não esteve, Emily? É a única forma de ver meu outro jardim de rosas secreto. Deitou-se na cama, tendo pensamentos sensuais sobre mim, imaginando-me fazendo amor com você assim... tocando-a aqui... e aqui... e especialmente aqui.
Uma onda poderosa de prazer a percorreu quando ele pressionou-lhe o centro da feminilidade.
- Abracei seu travesseiro e fingi que era você - confessou ela numa febre de desejo, e Ethan deu uma risada sensual.
- E eu me senti assim. - Ele pegou-lhe a mão, guiando-a para que ela pudesse sentir todo o seu desejo.

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