Emily gemeu quando Ethan lhe tirou a calcinha, e abriu a gaveta do criado-mudo para pegar um preservativo e deitou-se de costas, puxando-a e posicionando sobre ele.
- Assim. Quero ver você, enquanto estou fazendo isso - murmurou ele, massageando-lhe os seios, dobrando os joelhos para apoiar-lhe o corpo sobre eles, gemendo quando Emily começou a deslizar sobre ele. - Isso. Agora me ame - comandou com voz rouca.
Me ame. O coração de Emily explodiu de alegria. Se Ethan queria que ela o amasse, talvez estivesse pronto para lhe dar o mesmo presente em retorno.
- Eu amo... Eu estou... - ela ofegou, gemendo frustrada quando seu corpo brevemente resistiu à intrusão.
- Estou machucando você? - Ele parou, cerrando os dentes com a poderosa tensão sexual.
- Não, você é tão certo - sussurrou. Seu corpo já reconhecera o amor de seus sonhos e, com um movimento ousado que o fez gemer, ela o recebeu completamente, curvando-se sobre ele, enquanto Ethan lhe segurava os quadris, instigando-a a acelerar o ritmo, até que Emily jogou a cabeça para trás e começou a retesar-se, atingindo o primeiro clímax em puro deleite.
Ainda assim, não era o bastante para Ethan, que inverteu as posições, deitando sobre ela enquanto se apoiava sobre os cotovelos e acelerava as investidas, até que Emily cruzou as pernas ao redor de sua cintura e gritou com um segundo delírio abençoado, sentindo o Prazer percorrer o corpo de Ethan no momento em que se juntou a ela, liberando o seu próprio.
Depois, eles ficaram deitados abraçados, a transpiração esfriando seus corpos enquanto cochilavam e acordavam saciados.
Cada vez que Emily despertava, via o rosto amado no travesseiro ao lado, e um doce contentamento que não tinha nada a ver com euforia física a preenchia. É claro que a parte física era maravilhosa também, pensou, com um sorriso secreto.
- No que você está pensando?
Ela virou-se e o viu observando-a, a cabeça apoiada na mão.
- Que nunca fui tão desinibida antes.
Os olhos dele se iluminaram com um sorriso.
- Você nunca tinha feito amor comigo antes - disse Ethan preguiçosamente, a mão descansando possessivamente no quadril dela. - Ainda temos muitas coisas para descobrir sobre o outro, mas, pelo menos, já sabemos que nos damos maravilhosamente bem na cama.
Ele não falou sobre amor, nem Emily, que subitamente se sentia menos segura que alguns minutos antes. Dissera que o amava no auge da paixão, mas, se Ethan não mostrasse reciprocidade, ela não iria se embaraçar suplicando. Pelo menos, as palavras dele mencionavam um futuro. Ela teria de esperar, e torcer...
- A que horas você quer voar para Auckland? - perguntou Emily, desejando que pudesse prolongar o momento de intimidade.
Ethan acariciou-lhe o quadril, um sorriso estranho nos lábios.
- Sabe que som é esse?
Ela percebeu então que o quarto tinha ficado quase escuro, e ouviu o barulho da chuva contra as folhas do lado de fora da janela. O helicóptero provavelmente ficaria parado durante a tempestade.
- Do paraíso? - Ela sorriu de modo sensual e convidativo.
Ethan riu.
- A previsão é de mais 12 horas de tempo ruim -confirmou ele, levando a mão para um ponto muito mais íntimo. - Então, sim, o som do paraíso.
E mais tarde, após Ethan ter lhe mostrado muitas outras maneiras de se desinibir em seus braços, eles conversaram sobre a convicção inabalável de Peter de que ela era filha de Carol.
Emily não mencionou a conversa que tivera com a mãe ao telefone, mas admitiu com um suspiro:
- Se eu for mesmo adotada, suponho que isso explique muitas coisas sobre meus pais.
-O fato de serem emocionalmente distantes de você? - sugeriu Ethan.
- Não, mas o fato de que eles são ligados emocionalmente a todo mundo. - Emily procurou palavras para explicai-. - Quando eu era criança, sempre me senti irmã de todas as crianças pobres e desafortunadas do mundo, nunca recebendo a atenção total dos meus pais. Logo que deixei de ser um bebê dependente, eles sentiram que haviam cumprido seu papel e que eu podia me virar sozinha. É assustador ser tão livre quando se é tão pequena. Eu preferia as regras rígidas dos meus avós. Ou das pessoas que acho que eram meus avós.
- Eles sempre serão seus avós, adotivos ou não. Na verdade, você é incrivelmente normal para alguém com uma patologia familiar tão bizarra.
- Isso deveria ser confortante? - Ela riu, aconchegando mais o corpo no dele. - Sua família não é exatamente comum.
- Sim, Dylan tende a fazer coisas fora do comum para se divertir. - Ethan mordiscou-lhe a orelha. - Ele deve ter achado uma grande piada me provocar com o fato de que estava roubando você dentro da minha casa.
- Que mensagem ele lhe mandou? - perguntou Emily, curiosa.
- Começava com: "Uma vez a bordo no barco, a garota é minha" - disse Ethan, mordendo sua orelha novamente. - Tolo. O que ele esperava que eu fizesse?
- Provavelmente o que você fez. Dylan pareceu muito ansioso para ficar por aqui quando chegamos. E disse que seria bom se eu fosse a irmã metafórica dele.
Ethan suspirou.
- Ótimo. Mesmo metaforicamente, Dylan não cometeria incesto.
Mas quando Emily tocou no assunto do testamento de Peter, enquanto eles comiam churrasco no deque coberto e a chuva caía, Ethan recusou-se a se envolver.
-Mas acho que vocês deveriam fazer o teste de DNA assim que possível. Então, veremos o que acontece.
Emily ficou pensativa por um instante, e Ethan aproveitou o silêncio para mudar de assunto:
- Com toda essa confusão, esqueci de lhe contar. Falei com Tremaine... e o chefe dele. Se você me der o número de sua conta bancária, o valor total da indenização de sua casa, como listado na apólice, será depositado até o fim da semana. E há uma equipe de homens pronta para começar a reconstrução da casa amanhã. Você deve ter sua casa de volta no máximo em seis semanas.
Emily o fitou, boquiaberta. Justo quando estava questionando os sentimentos de Ethan, ele realizara um milagre que mostrava o quanto se importava com ela, trabalhando secretamente para mover montanhas em sua honra.
Ele inclinou-se e fechou-lhe o maxilar.
- Sim, eu sei, sou um gênio. É por isso que você... você me acha maravilhoso.
É por isso que você me ama.
Ethan não usaria o clichê casual, porque sabia que não era nem casual nem um clichê no que dizia respeito a Emily. Se dissesse isso, e ela concordasse, então as próximas palavras teriam de vir dele, e Ethan não usava a palavra amor de maneira leve.
Não podia ser intimidado, seduzido ou pressionado a dizer isso.
Mas talvez... apenas talvez... pudesse sentir amor.
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AMANTE ACIDENTAL
RomantizmAs coisas que ela teve de fazer para salvar os negócios de sua família! Naquela noite, Emily Quest se arrumou de modo especial. Com um vestido justo ao corpo e saltos altíssimos, partiu para uma festa perigosa num bairro sofisticado de Auckland, de...