capítulo 32

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Natalha narrando:

  Quando chegamos em casa o clima parecia de quando era-mos só eu e Luiz, quando eu não sabia da minha filha.
  Eu me sinto péssima por tudo o que aconteceu, eu não sei qual foi a reação da minha filha, não sei o que está acontecendo, ta tudo diferente.

  [...]

  Depois de tudo o que aconteceu Luiz fez questão de cozinhar pra mim. A "amiga" dele Alice veio me visitar. Ficamos conversando sobre coisas aleatória, me distraiu um pouco de todos os pensamentos que estavam me sufocando.

                      ***

         2 meses depois.

   Ana narrando:

  Faltam dois meses pra mim voltar pra Buenos Aires, meu pai não quer saber de me deixar aqui no Brasil com a minha tia, segundo ele, "esse país não é mais como antes".

    Werllem não fala comigo desde o dia da confusão, só uma única ligação que ele me fez pra me dizer que quer terminar, ele foi friu, grosseiro e hostil comigo, como se eu fosso uma qualquer.
  Com o meu pai por perto minha rotina esta sendo cada vez mais restritiva, só é da escola pra casa, de casa pra escola, ele faz uma revista no meu celular todas as noites, ele me fez desinstalar aplicativos de mensagens, pra que eu não tenha nenhum tipo de "diálogo", com qualquer pessoa que possa me fornecer informações da Natalha. No começo fiquei com muita raiva dela, mais o Luiz me explicou algumas coisas que aconteceram na vida da Natalha depois que meu pai me levou pra a Argentina.

   [...]

  Eu estava no meu quarto fazendo um trabalho de escola no computador quando escultei alguém batendo na porta.

- Pode entrar, tá aberta!. - Falei Alto.

  - Ana ta fazendo o que?. - me perguntou Júlia que estava com uma sacola nas mãos.

  - Um trabalho, mas já estou terminando, por que?. - Júlia se senta na ponta da cama.

  - É que chegou isso pra você pelo correio. - Ela me mostra a sacola e dentro tinha um embrulho de presente.

   - Mais uma surpresa, a última vez que chegou algo pra mim pelo correio era uma bolsa que a Natalha tinha mandando pra mim, e agora o que deve ser!. - Falei sarcástica com um sorriso de canto.

- Bem se primeiro foi uma bolsa imagino que agora é um cinto pra combinar. - Julia falou e rimos juntas. - Abre logo esse negócio para de ficar olhando isso não é uma bomba.

  - E se for?.

  - Nós morremos juntas más pelo menos descobrimos o que tem dentro. - Ela pega a minha mão e leva em direção a sacola já sem paciência. -  Rápido que eu tenho coisa pra fazer.

  - Tá calma. - Pego a sacola e tiro o embrulho com detalhes quadriculado meio vermelho com azul, Verde e Branco.

- Vai abrir ou não?. - Julia fala ja sem paciência.

  Abro devagar desatando o laço que está mantendo o saco fechado. O que será que é?. Quem mandou?. Minha cabeça está cheia de dúvidas.
    
                         Continua... 

A garota da bolsa vermelha. Onde histórias criam vida. Descubra agora