capitulo 34.

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      Werllem narrando:

   Depois de ter me afastado de Ana pude finalmente dar início a minha vingança, não vai ser sentimentos que vão me atrapalhar, tudo o que eu passei naquela cadeia horrível é pouco pra tudo isso que essa família está passando, eu quero ver Algusto la em baixo, me pedindo perdão por tudo o que ele fez, por ter me abandonada, por ter mentido pra mim e me feito de palhaço, ele usou a família pra me prejudicar, pois vai ser por ela que eu vou começar a destruição.
   Mandei um presentinho pra Ana, espero que "goste", senti minha raiva se aflorando cada vez mais dentro de mim.
  
    [...]
 
     Estava em casa trabalhando quando esculto a capanhia tocar, deixo a mesa e vou até o interfone:

  - Quem é?.

  - É a Natalha!.

  - Há. Pode entrar. - Abro o portão pra ela.

  Já não sinto tanta raiva assim dela, afinal ela já teve o que merecia e eu senti que ela mudou de verdade.

  Ela entrou e eu voltei a mesa com os meus documentos.

   Ela entrou e veio a direção da minha mesa.

  - Pode sentar!. - Ofereço lugar pra ela sentar.

  - Não obrigada eu vou ser breve. - Ela parecia meio incomodada com a minha presença.

  - estou escutando!. - Olho para ela atento.

  - Eu vim agradecer por aquele dia, e te trazer as suas roupas. - Ela me entregou Uma peça de roupa minha.

   - Tudo bem!.

   - Mais uma coisa!.

  - Pode falar!.

   - Por quê fez aquilo?. - Ela arma em seu rosto um semblante de interrogação.

  - Porque eu vi que você mudou. E porque eu me vi diante de uma situação na qual eu não poderia deixar uma mulher daquele jeito no meio da rua. E.....  Eu não....  Eu não sabia que era você. - Eu falo e ela fica meio sem jeito.

- Claro eu já devia saber, se você tivesse visto quem era antes você teria passado reto, ou passado até por Cima da possa de lama pra me molhar. - Ela fala indignada.

   - Também não é assim Natalha, eu faria isso por qualquer pessoa.

  - Por qualquer pessoa menos eu!. Porque não é possível que uma pessoa perdoe a outro do dia pra noite depois do que eu te fiz. - Ela me olha de uma forma que destaque seus olhos castanho na luz do abajur da minha escrivaninha.

  - Olha Natalha eu sei muito bem o que você fez comigo, afinal você me ajudou muito bem a lembrar de cada detalhe me denunciando de uma coisa que eu não fiz. - Falo em um tom mais alto fazendo-a se assustar.

  - Eu sei. Eu sei que o que eu fiz foi errado. Mais eu era orgulhosa o suficiente pra admitir pro Algusto o que eu fiz. Eu sei que eu deveria ter dito pra ele que foi eu quem dei em cima de você. Mais eu não fiz, e me arrependo a cada dia do que fiz. - Ela levanta o tom na mesma altura que a minha.

  - Então porque fez aquela queixa?.  Bastava ter deixado Algusto ter me demitido. Claro, seu orgulho fez você querer ir mais longe. Vai botar a culpa agora em quem Natalha. - Jogo o abajur no chão fazendo ele se quebrar e ela dando um pulo pra trás engolindo seco. - ta me olhando assim por quê?. Vai me denunciar agora por ter quebrado o abajur e depois vai botar a culpa no seu orgulho?.

  - Eu não queria admitir que...... - Ela para.

  - Que o que?. - Falo nervoso praticamente gritando.

  - QUE GOSTAVA DE VOCÊ. por isso dei em cima de você, se aceita-se ficar comigo eu deixaria Algusto pra ficar com você. - Eu paralisei quando ela falou aquilo, me sentia um adolescente com vontade de correr e gritar. Não sabia o que fazer.

-..... Eu..... - Fiquei falando "eu" sem notar olhando pro chão fixamente.

  - Eu falei a verdade pra Algusto, ele chegou a me perguntar por quê que eu fiz aquilo!. Ele focou com muita raiva de mim, se sentiu traído, logo depois eu fiquei grávida e não soube mais de nada. - Ela limpava as lágrimas que saía de seus olhos marejados. - Eu tentei ajudar você depois que Algusto parou de ir te ver, mais depois que eu tive Ana, minhas condições financeira não eram das melhores e minha única opção foi entregar Ana pra Algusto. Eu não fazia ideia que ele ia pra tão longe com ela. E pelo visto ela acha que eu dei ela pro pai porque não a amava.

   - Então não era Algusto que mandava cobertores, colchão e muito mais pra mim na cadeia?. - Eu falava sem olhar pra ela.

  - Não. Era eu!. Foi eu quem paguei o advogado pra te ajudar. Mais eu resolvi me afastar.
   Depois, apareceu Luiz, tão pequeno, tão frágil, eu adotei ele e criei como se fosse meu filho. - Eu olhei pra ela.

  - Não sei o que dizer!. Realmente está tudo muito claro. - Eu fiquei sem jeito, não sabia o que dizer. Ela chorava.

  - Tudo bem, eu só te peço desculpas por ter feito você sentir tanto ódio de mim.

A garota da bolsa vermelha. Onde histórias criam vida. Descubra agora