capítulo 37.

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                                        - Ana Clara.

   Voltei para a mesma escola que eu estudei quando estava aqui, encontrei com a Esmeralda, mais parece que ela vai viajar e eu vou ficar sozinha.
  - Ótimo menos uma amiga pra completar. - Penso alto.

      Uma semana depois.

  - Ana desce aqui, tenho uma surpresa pra você!. - Meu pai fala me chamando lá da sala.

  Desço rápido.

  - O que foi pai. - Ele ergue o braço e me mostra uma foto no seu celular.

  Era a tia Juliana, ela vai casar novamente, e nos mandou o convite via e-mail.

  - É sério isso pai. - Falo dando um sorriso enquanto pego o celular e olho mais de perto.

  - Sério filha, ela vai se casar daqui a um mês.

  - A que legal, então nós vamos voltar para o Brasil?. - Falo já com medo da reação dele.

  - Não, o noivo dela mora nova Iorque e eles vão se casar la e depois é oficial eles vão morar lá. - Ele fala com uma sorriso no rosto.

  - Há pai que legal. - Falo sem reação e saindo da sala.

  - Você queria voltar pra rever a sua mãe não é?. - Ele fala depois que dei de costas pra ele.

  - Não!. - Falo fria e saio.

  Subi pra o meu quarto e me joguei na cama, não sei mais tudo isso me deu uma grande angústia.
  Afundei meu rosto no travesseiro e em poucos minutos o mesmo ficou molhado pelas minha lágrimas.

  - Por quê mãe, por quê você fez isso comigo,por quê me abandonou.- Falo me levantando, me sentando na cama e me encostando na cabeceira.
   Limpo minhas lágrimas e eu olho para a minha penteadeira fixamente.
   Depois de ficar olhando pra a penteadeira por uns 5 minutos eu me lembro que em uma de suas gavetas está guardado o envelope que a Natalha me mandou junto com o presente.
  Resolvo abrir a gaveta e fico encarando o envelope, pego e me sento de volta na cama.
   Abro o envelope e começo a ler.

   Filha sei que já é tarde pra ter te procurado. Acredito que não me conheça muito bem, me chamou Natalha, moro no Brasil Rio de Janeiro, onde você nasceu. Antes de você pensar tudo de ruim sobre mim eu quero que saiba que eu sempre te amei dês de o dia que eu soube que você estava no meu ventre. Eu não te abandonei filha, eu tive que lhe entregar para seu pai pois não tinha condições pra te criar e nem me sustentar, não sabia que Algusto ia te levar para tão longe.
  Mesmo depois que ele te levou eu decidi te procurar foi uma luta para te achar, Mais agora te encontrei e espero que me perdoe.

   Não tinha só isso na carta, também contava a história de como ela e meu pai se conheceram, de como eles se separaram. Mais o que mais me entrigou foi esse homem que ela falou chamado Werllem, estranho, será que é o Werllem que eu conheço?.
  Terminei de ler a carta chorando, fiquei muito emocionada e feliz por ter esclarecido tudo.

  Terminei de ler e ela sitou novamente o nome do Werllem, só pode ser ele,não sei talvez isso explique o porque de ele não ter aparecido na festa. De ele ter ligado pra mim só pra pedir o fim do nosso namoro.
  
   Desci as escadas rápido e fui procurar o meu pai que logo vi, estava no escritório.

  - Pai. - Falo entrando no escritório.

- Fala filha.

  - Se eu te perguntar uma coisa do seu passado você me conta?. - Ele larga os papéis e me olha com a sombrancelha arqueada.

  - Depende do que for a pergunta.

  - Então  Tá. O senhor teve algum amigo de infância quando morava no Brasil?. - Falo me sentando.

  - Sim.

  - E qual era o nome dele.

  - A filha todos nós temos amigo de infância, eu tinha tantos amigos. - Ele fala neutro.

  - Não pais eu to falando de um amigo que cresceu junto com você.

  - Sim, tive um amigo que fomos vizinhos e muito amigo,fizemos faculdade juntos.

- Qual era o nome dele?.

  - Werllem.

  - Ele fazia faculdade de que?.

  - De direito. Chegamos a montar um escritório de associados que até hoje se eu não me enganos existe, tanto que quem ficou no comando depois que ele foi preso foi o Gustavo o advogado da sua tia Juliana.

  - Ele foi preso?. Por quê ?.

  - Porque ele foi denunciando de abuso dentro da sala dele.

  - E quem ele "abusou"?. - Fiz aspas com os dedos.

  - É..... Filha eu imagina que você não vai gostar de saber quem foi. - Seu semblante mudou.

  - Fala logo pai.

  - Foi..... a sua mãe. Ela me traía com ele bem de baixo do meu nariz.

  - Se eles traiam você, pro quê ela denunciaria ele de abuso?.

  - Você está muito calma pra quem recebe uma notícia assim.

  - O que você queria?, que eu chorace?. Chega de lágrima,chega de tanta dor. Eu estou cansada disso. - Falei e sai do escritório.

  Vou para o Jardim.

 

A garota da bolsa vermelha. Onde histórias criam vida. Descubra agora