— NÃO ACHO UMA boa ideia. — Afirmou Natsu convictamente.
— Posso saber o por que não? — Indaguei.
— O Sting está lá.
— Fala sério, Natsu! Dê-me um bom motivo para não ir à entrevista, sem ser “o Sting está lá”!
— Por que não quero que você trabalhe lá. — Afirmou ele.
— E desde quando você decide o que faço da minha vida?
— Desde quando começamos com esse namoro!
Encaramo-nos com raiva.
— Eles estão discutindo novamente? — Indagou Igneel chegando junto com Ultear no corredor onde discutia com Natsu.
— Sim. — Afirmou Aries-chan triste, observando nossa cena. — Acho que não tem ninguém que se sinta bem quando eles ficam assim...
— Não acho que seja assim. — Observou Ultear apontando para Meredy, que estava sentada no chão com uma enorme bacia de pipoca no colo, assistindo a discussão com um enorme sorriso nos lábios lotados com sal.
— Meredy! — Chamou Igneel e esta olhou temerosa em sua direção. — Como você tem um balde de pipoca lindo como esse e não me chama? Dê-me um pouco!
Sentou-se ao lado dela.
Ultear o golpeou por trás com a prancheta que segurava.
— Isso doí, Ur!
— Não me chame de Ur! E é grosseria isso que fez! Não tem noção de clima?
— Por acaso agora sou meteorologista?
Ela levantou a prancheta novamente e ele levantou-se rapidamente.
— Foi mal! Foi mal! — Balbuciou. — Que mulher mais mal-humorada.
— Você tem muito a fazer! — Relembrou.
— Sim, sim, Madame Obrigação. — Murmurou entediado, dando um beijo na testa de Meredy e Aries. — Vamos logo. Cara... Você ainda vai me matar algum dia, de tanto trabalho que me dá.
— Só o lembro de suas obrigações. As onze você tem reunião com o pessoal da...
— Mulher, pare pelo menos para respirar!
E nesse clima agradável, todos da mansão começaram a discutir.
— Hey! Meredy! Está sujando todo o chão! Vá se limpar! — Reclamava Aries-chan.
— Me deixe em paz! Cuide da sua vida! Vá ler um livro... Sei lá!
— Isso é jeito de falar com sua irmã mais velha? Sua pequena...
— AAAAAAAAAAAAAAH! Aries está me assustando, pare de correr atrás de mim!
— Aries, deixe a Mer em paz. — Suplicava Natsu impaciente.
— Então eu irei à entrevista, muito obrigada. — Murmurei, convencida de termos chegado a um ponto final daquela tola discussão.
— É claro que não! — Defendeu ele, tentando separar Aries e Meredy.
— Fala sério, Natsu! Você não manda em minha vida!
— Porém sou eu quem está cuidando da sua segurança, então, como disse, você não vai.
— Vou sim!
— Não vai!
— Vou sim!
— Já disse que não vai!
— E já disse que vou!
Voltamos a nos encarar com raiva.
— Eles parecem duas crianças... — Reparou Meredy.
— Parecem mesmo. — Concordou Aries-chan, e ambas caíram na gargalhada.
— Quem parece uma criança? — Murmuramos nós dois juntos. — A única criança aqui é esse/essa idiota!
— Ambos parecem! — Fizeram coro.
— Não parecemos! — Replicamos.
— Quer parar de me imitar? — Indagou nervoso, virando-se em minha direção.
— É você que está me imitando! — Afirmei.
— Até parece! — Bufou.
— Quer saber? Eu decido o que quero da minha vida. Então, se quero fazer a entrevista, irei fazer a entrevista. Ninguém vai me impedir disso, nem o maior mafioso do país!
Lançou-me um olhar revoltado.
— Sua cabeça dura!
— Sou mesmo! Só assim para lhe aguentar!
— O quê?
Virei as costas para ele dirigindo-me até meu mais novo quarto, ignorando os gritos que ouvia.
Esse Natsu... Que grande imbecil! Por que não quer me dar um bom motivo para não ir à entrevista?
Por que o Sting está lá? Que desculpa mais besta! Além disso, não vejo como o fofo Sting-kun é perigoso para minha segurança. Mesmo que...
— O que faz aqui? — Rosnou Lisanna. Sobressaltei-me com sua atitude, mas Sting pareceu não ficar nem um pouco surpreso.
— Trabalho aqui. — Respondeu simplesmente. Seu rosto obteve uma expressão sádica. — Como andam as coisas entre você e o Natsu? Ainda estão como antes ou... — Ele riu e Lisanna encolheu um pouco, como se estivesse tremendo de medo diante de uma memória a muito esquecida.
Sting-kun realmente surpreendeu-me daquela vez... E na outra também...
— Mesmo que ela não tivesse — intrometeu-se Erza, ríspida —, com toda certeza você não seria alguém com quem ela formaria par.
— Erza! — Bronqueei. Por que ela estava sendo tão rude?
— Não me culpe, Lucy. — Deu de ombros. — Sting não é bem vindo a mansão Dragneel. — Murmurou olhando para nós de canto. Devo admitir que seu olhar me dava calafrios. — Ele sabe muito bem o porquê.
O loiro sorriu debochadamente.
— Ora, como são rancorosos. Perdoar não é um dos lemas da família Dragneel?
— Perdoar realmente é um dos lemas, porém ele não se aplica a você. Manchou a honra que toda a família tinha com o que fez. E a honra de Natsu... Ainda por cima!
— Oe, oe. Honra? — Riu Sting. — Natsu deveria ter cuidado melhor dela, senão nada disso teria acontecido.
Será que o Sting-kun... O doce e fofo Sting-kun... É perigoso realmente? E qual o passado de Natsu, Lisanna e Sting?
Por que me sinto tão... estranha quando penso em perguntar a Natsu sobre isso?
Suspirei derrotada.
O melhor que poderia fazer era dormir. Teria uma árdua batalha no dia seguinte. Seria...
Minha entrevista de emprego no Fairy Latte.
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Meu Estranho Mafioso
FanfictionNatsu Dragneel. Para você esse parece um simples nome, porém para Lucy Heartifilia foi a razão de todos os problemas que teve que enfrentar desde que chegou a Magnólia. O que mais espantou-lhe foi constatar que havia se apaixonado por esse estranho...