Quarenta e um

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OBRIGADA. — Agradeci ao veterinário assim que entregou-me Happy. — Encontrou algum problema nele ou algo do tipo?

— Eh? — Indagou meio assustado. — Hã... Não! Seu gato está quatrocentos e cinquenta por cento bem! Não precisa se preocupar nada! — Soltou uma risada forçada.

— Certo... — Murmurei estranhando sua reação. — O senhor está bem? Parece um pouco nervoso.

— De maneira alguma! — Negou meneando tanto as mãos quanto a cabeça. Isso só me deu mais certeza ainda. Soltou um sorriso simpático que me deixou confusa novamente. — Obrigado por perguntar.

— Oh, não foi nada... Então estou indo. — Despedi-me.

Saí da clínica com uma sensação estranha. Aquele veterinário estava mesmo bem?

Observei Happy. Ele dormia calmamente em sua caixa transportadora. Oh, bem, a coleira ficou em casa, então não poderia ter sido ele o culpado do veterinário estar com medo.

Ah, tanto faz! De qualquer forma, não é da minha conta. Foi um dia bem exaustivo e o seguinte seria pior, tenho certeza! Até porque, quero voltar a trabalhar no Fairy Latte agora que moro somente com Levy. Não posso deixá-la me sustentar dessa forma.

O problema seria convencer o Dragneel a aceitar a ideia...

Cheguei em casa e fiz o que tinha para fazer. Levy deveria estar saindo agora, então ajeitei um prato de janta para ela e rabisquei um bilhete. Fui para o quarto e, assim que cai na cama, peguei no sono rapidamente.

✩✩✩

— Bom dia. — Murmurei abrindo a porta da sala. Notei animadamente que Natsu já havia chegado e fui até ele. — Como foi ontem?

— Cansativo. — Murmurou um pouco desanimado. — Nunca mais darei as costas para esses malditos relatórios durante as férias de novo. E você?

— Eu?

— Pegou o Happy? Tinha algum problema com ele? Teve que ficar no veterinário?

Por que ele parecia estranhamente empolgado com a ideia?

— Não. — Respondi. — Já o veterinário, não tenho muita certeza.

— Como?

— O veterinário parecia prestes a ter um ataque quando busquei Happy ontem.

— É bem provável que ele estivesse com medo de você.

— De mim? — Surpreendi-me.

Ele soltou um riso descrente.

— Luce, você esqueceu-se de quem é?

— Eu sou eu mesma. — Afirmei o óbvio.

— Isso é lógico. No entanto, desde meu aniversário, você é minha namorada. — Explicou. — Para todos os efeitos, você — tocou minha bochecha — é a namorada de um mafioso.

... Certo. Não posso ir contra isso.

— Acho que compliquei bastante minha vida. — Balbuciei, fazendo-o rir.

— É um sacrifício que tem que fazer para estar ao meu lado. De qualquer forma, sinto muito. É por minha causa que está...

— Tudo bem. — O interrompi. — A escolha foi minha.

Sorrimos um para o outro.

— Será que os dois poderiam parar com esse melaço todo na sala de aula? — Murmurou Gajeel quebrando nosso momento. Olhei em volta. A sala todas nos encarava, inclusive Laxus.

Meu Estranho MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora