[…]
Infelizmente, por causa desse ato, ele perdeu a direção do carro, que começou a derrapar na estrada. E tudo o que pude fazer foi...
Gritar.— VOCÊ ESTÁ LOUCO? — Berrei, enquanto ele recuperava o controle do carro.
— Desculpe! — Exclamou. — Como queria que eu reagisse a uma notícia dessas?!
— Esperava que você ficasse surpreso sim, mas não que largasse do volante! — Continuava gritando. — Quer nos matar? Seu grande idiota maluco!
Ele estacionou o carro em uma parte segura da estrada e virou-se para mim.
— Quem gostaria? — Começou a responder na mesma altura que eu. — Você não sabe que existem momentos certos para dizer as coisas?
— Bem, não teria contado isso agora e desse jeito se não tivesse ignorado todas as minhas tentativas de conversar!
— Então agora a culpa é minha? Tenho que lembrá-la de que foi você que me deixou irritado a ponto de eu ficar tão bravo que quis lhe ignorar?
— Oh, mas como é infantil! Você tem quantos anos, senhor Dragneel? Sete?
— Como eu adoro quando você é irônica! — Revirou os olhos.
— Obrigada! — E assim o silêncio voltou a tomar o carro. Respirei fundo. — Tudo bem. Olha... Admito que foi erro meu tentar lhe dizer isso em um momento nada propício. Me desculpe.
— Tudo bem. — Disse simplesmente.
— É... só isso? — Indaguei incrédula.
— Claro que é. O que mais poderia querer?
— Você deveria pedir desculpas também! — Brandi.
— Pelo o quê? Não fiz nada de errado!
— Me ignorar não foi errado de sua parte? Há! — Soltei indignada. — Você é mesmo incrível, senhor Dragneel! Bem, não precisa se preocupar — soltei o cinto de segurança —, pois em breve não vai ter que se incomodar com minha presença!
— Onde pensa que vai? — Perguntou.
— Para um lugar beeem longe de você. Não quero incomodá-lo com a minha presença por mais tempo! — Abri a porta, jogando minhas pernas para fora. — Passar bem, Natsu Dragneel!
Fui bruscamente puxada para dentro de volta pelo rosado. Ele fechou a porta com força e travou-a com os botões do seu lado.
— Luce...
— O que pensa que está fazendo? — Forcei a maçaneta do carro. — Destrave isso. Agora!
— Luce.
— Você está infringindo meus direitos! Abra essa porta logo!
— CALA A BOCA E ME ESCUTA! — Explodiu ele. Lancei um olhar assustado em sua direção, ao mesmo tempo em que voltava a me endireitar no banco macio.
— Certo... — Concordei.
— Assim não dá. —Murmurou para si mesmo. — Você vai acabar me enlouquecendo!
— Você não precisa da minha ajuda para isso. É só alguém lhe deixar segurar uma arma. — Ele realmente estava falando aquilo para mim?
— Sinto muito! Quantas vezes tenho que dizer isso?
— Essa é a primeira vez que você diz! Por que está gritando comigo?
— Me desculpe então! Eu não queria ter feito nada daquilo!
— Ótimo! Agora eu sei o quanto é perigoso estar junta de você! — Bufei. — Me dê apenas um bom motivo para continuar na mansão.
— Porque eu te amo, droga! — Berrou, virando-se para mim bruscamente. — Eu realmente gosto de você, Lucy...
Engoli em seco diante daquela confissão. Meu coração falhou uma batida e começou a bater aceleradamente.
— Não é uma pena? Aparentemente, não é um sentimento recíproco.
— Luce... — Estendeu a mão em minha direção, porém me afastei de seu toque.
— Pare com isso. Não me chame assim. — Virei-me para a porta. — Abra a porta, Natsu.
— Luce...
— DESTRANQUE A PORTA, NATSU!! — Gritei. Ele fez o que pedi e saltei para fora do automóvel. — Obrigada. A partir daqui eu vou a pé. Minhas coisas serão buscadas logo. — Respirei fundo antes de soltar aquela frase. — Adeus, Natsu.
— Luce...
— É Lucy! Aprenda de uma vez! Isso realmente é irritante!
Pude ouvir um “droga” seguido de uma batida na buzina enquanto caminhava para longe dali. Para longe dele.
Adeus, Natsu Dragneel.
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Meu Estranho Mafioso
FanfictionNatsu Dragneel. Para você esse parece um simples nome, porém para Lucy Heartifilia foi a razão de todos os problemas que teve que enfrentar desde que chegou a Magnólia. O que mais espantou-lhe foi constatar que havia se apaixonado por esse estranho...