— CONSEGUIU SE ACALMAR? — Indagou Gray, sentando-se ao meu lado no sofá vinho e apertando minha mão consoladoramente.
— Hum. — Balbuciei. Na verdade, devia estar óbvio que não. Meu corpo todo tremia, como se estivesse estado sob a água fria de um rio. Até me deram um cobertor.
— Não se preocupe — consolou o moreno —, logo Natsu estará aqui e vamos resolver isso.
— Eu sei. — Tive força para responder. Apertei sua mão fortemente, aceitando seu consolo. — Obrigada, Gray.
Ele sorriu fracamente para mim e abraçou-me.
— Vai ficar tudo bem, Lucy.
Optei por ficar calada. Fechei meus olhos, tentando apenas me concentrar no calor que o peito e ombro de Gray oferecia, no entanto a visão daquilo continuava a voltar em minha mente.
Alguns dias antes.
— É um café adorável. — Elogiou Yukino assim que depositei uma xícara de chá herbáceo em sua frente. — O ambiente é muito confortável.
Abri um enorme sorriso para ela enquanto abraçava a bandeja.
— Não é? Fairy Latte com certeza é um achado maravilhoso. Tenho sorte de ter conseguido um emprego aqui.
— Ah, sorte é algo que ambas sabemos que sempre teve, Lucy-sama. — Bajulou, tomando um gole da bebida.
— Ora, Yukino, nem vem com essa! Isso já é exagero!
— Obviamente que não, Lucy-sama! Tem sorte em todos os aspectos! É bonita, inteligente e sempre atrai jovens desconcertantes e elogiáveis. Chega a ser invejável.
— Jura? Nunca pensei nessas coisas, para ser honesta...
— Heh... — Murmurou. — É a verdade, no fim das contas.
— Não acho que...
— Lu-chan! Pedido na mesa sete! — Avisou Levy, passando ao meu lado com uma bandeja lotada de quitutes.
— Oh, certo. — Respondi. Virei-me para Yukino. — Desculpe, tenho que voltar ao trabalho agora.
— Tudo bem. — Sorriu.
Corri até o balcão para guardar o objeto e puxei meu bloquinho de anotações do bolso, indo até mesa sete e atendendo os clientes com um sorriso animado. Parecia que uma semana calma estava se iniciando.
✩✩✩
— Sério?! — Exclamei assim que Gray deu-me a notícia que Juvia havia tido uma recaída. — Ela está bem? E o bebê?
Ele soltou um longo suspiro.
— Os médicos estão preocupados. Não acham que o bebê possa ser afetado, no entanto também não havia garantia que Juvia fosse ter uma recaída e acabou acontecendo. — Ele recostou-se no encosto da cadeira mais confortavelmente. — No fim, ela ficará internada sob observação constante.
— Pobre Juvia... — Murmurei, desistindo de tentar resolver aquele problema de matemática. — Deve ser solitário ficar no hospital tanto tempo sozinha, certo?
— Oh, bem... — Brandiu. Dava para perceber que ele se sentia culpado por deixá-la sozinha daquele jeito. — Não é como se pudesse deixar todas as minhas obrigações de lado, infelizmente. É tanta coisa para pensar, já nem sei mais o que fazer...
— Como assim? — Indaguei confusa.
— Sobre o futuro. — Afirmou como se fosse óbvio. — Sabe, embora ame o ambiente familiar que os Dragneels proporcionam, há muito qualquer um de nós percebemos que não é um ambiente adequado para o crescimento de uma criança. Na verdade, é um ambiente bem trágico. Mesmo Igneel tentou evitar que Natsu e os outros crescessem nesse tipo de ambiente.
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Meu Estranho Mafioso
FanfictionNatsu Dragneel. Para você esse parece um simples nome, porém para Lucy Heartifilia foi a razão de todos os problemas que teve que enfrentar desde que chegou a Magnólia. O que mais espantou-lhe foi constatar que havia se apaixonado por esse estranho...