Contos de Ultear

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ESSA HISTÓRIA ACONTECEU algum tempo atrás

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ESSA HISTÓRIA ACONTECEU algum tempo atrás.
        O estúp... Digo, o... Ah! Que seja! O imbecil do Igneel tinha alguns negócios para resolver na França e, como sempre, arrastou-me para lá juntamente com Meredy. Não que visse problema em dar uma passada na França de vez em quando, mas o aniversário de Gray estava chegando e estava planejando animadamente, junto com Juvia, de fazer-lhe uma festa surpresa; então a última coisa que queria era viajar com aqueles dois para algum lugar. No entanto, aparentemente para o idiota rosado, isso não importava nem um pouco.
        Fala sério... Ele age como se eu fosse a única secretária dele, o que não é verdade.
        Quer que eu saiba de todos os seus gostos para nunca errar, seja na escolha do tipo de café ou pizza. Sinceramente, quem me dera poder conhecê-lo menos do que conheço. Eu cresci sendo secretária desse cara.
        De qualquer forma, depois de ser arrastada até a França pelos rosados loucos, não tive escolha a não ser ajudar a organizar a porcaria do horário do meu chefe (lê-se “nojo” aqui).
        Não entendam errado. Eu amo meu trabalho. Muito mesmo.
        Voltando ao assunto... De certo modo, fiquei animada em ficar uns tempos por lá — depois de superar a depressão de não comparecer ao aniversário de Gray — uma vez que meu namorado, Navi, ali morava. Então, na animação de revê-lo, resolvi fazer um almoço incrível só para nós dois.
        Só que me esqueci de um pequeno probleminha... Ou melhor, dois.
        E eles atendem pelos nomes Igneel e Meredy Dragneel.
        — Que cheiro bom! — Exclamou o mais velho, adentrando a cozinha da suíte onde estávamos hospedados. Aliás... o prédio inteiro pertence a ele. É certo dizer hospedados? — Ah! Ur! O que está fazendo?
        — Cozinhando. — Respondi o óbvio. — E não me chame de Ur!
        Postou-se ao meu lado, observando-me movimentar a colher de madeira no molho francês.
        — E o que você está cozinhando? — Insistiu.
        Soltei um muxoxo em sua direção.
        Sendo sincera... Só estava me arriscando no molho francês. Na verdade havia preparado uma lasanha que estava no forno, mas não queria que logo ele descobrisse sobre ela, uma vez que era seu prato favorito.
        Infelizmente para mim, o forno resolveu apitar nesse momento.
        — Eu pego! — Ofereceu-se, correndo até o forno.
        — N-não! — Gritei.
        Tarde demais, ele já havia aberto o forno.
        Sua expressão tornou-se de assustada — por causa de meu grito — para alegre e babona. É, ele parecia um cachorro.
        — Ur, você fez lasanha! — Cantarolou. — Já disse que te amo?
        — Já disse para não me chamar de Ur! — Ralhei batendo em sua cabeça com a colher.
        — Lasanha! — Exclamou Meredy ao meu lado.
        — Quando você chegou aqui? — Indaguei assustada.
        — Estive aqui o tempo todo! — Sorriu.
        … Esteve?
        — Vamos comer! — Exclamou Igneel correndo com a bandeja até a mesa.
        — Yay! — Gritou animadamente a pequena rosada.
        — Oi? Espe... Espere! Isso é para mim e Navi!
        Igneel parou no mesmo instante.
        — Navi? Aquele francês todo cheio de frescuras?
        — Ele não é um francês cheio de frescura! — Exclamei.
        — É sim! — Concordou Meredy. — Ele é todo “não me toque”! — Fez uma careta.
        — Isso é apenas com vocês. — Expliquei. — Ele é muito romântico... E gentil...
        — Onde? — Perguntou a rosada.
        — Fique quieta! — Puxei suas bochechas. — Não quero ser provocada por uma criança como você!
        — Hum... — Murmurou o rosado, degustando um grande pedaço de lasanha.
        — Ah! Minha lasanha!
        — Mesmo assim, Ur... — Ignorou-me.
        — Não me chame de Ur!
        — Costumo não errar meu palpite a respeito das pessoas. Tem algo nesse cara que não consigo engolir...
        — Você quis dizer que não tem algo que você consiga engolir, certo? — Meredy resolvera tirar o dia para me encher, pelo visto...
        — É, talvez seja isso... — Acariciou a cabeça da pequena.
        — Se tem algo ou não de ruim com ele, sou eu quem deve decidir, e não vocês!
        — Mas... — Meredy havia pego uma colher e fincado na lasanha. — Ele não é bom o bastante para comer a lasanha da Ur.
        — Sim, sim... — Concordou o mais velho. — Ele não merece comer algo tão gostoso feito pela Ur.
        — Vocês estão me chamando assim para me irritar, só pode... — Afirmei.
        — Vamos lá, Ur! — Animou-se de repente Igneel. — Pegue uma colher e nos ajude a devorar isso! Está uma delicia! Superou-se dessa vez!
        Lhe lancei um olhar repreendedor.
        — Não, obrigada. — Retirei o avental e arrumei uma mecha de meu cabelo. — Porém agradeço a vocês por estragarem todo o meu planejamento para essa noite.
        — Como está estressada... É falta daquilo, por acaso? — Balbuciou brincalhão o rosado, e rapidamente corei.
        — O-olhe o que está dizendo, idiota! Sua filha está nos ouvindo! — Apontei para a pequena, no entanto Meredy estava concentrada em devorar todo o resto da lasanha. — Argh! — Soltei. — Estou saindo.
        Peguei minha bolsa.
        — Não volte tão cedo. — Cantarolou aquele velho pervertido.
        — Tudo bem! — Respondi. — Não planejo voltar hoje mesmo.
        Sorriu para mim.
        — É assim que se fala.
        Assim que finalmente saí do hotel, corri até a loja de bebidas mais próxima e comprei uma garrafa de vinho. Queria comprar um Krug Clos d'Ambonnay, porém não podia gastar todo esse dinheiro de uma vez. Igneel teria um ataque — o que não seria tão ruim assim...
        Depois disso peguei um táxi até o distrito onde Navi morava. Havia escondido dele que estava de volta à França, então estava animada.
        Fazia tanto tempo desde a última vez! Será que sua barba estava por fazer? Seu cabelo haveria crescido? Será que ainda estava usando o mesmo perfume? Só de pensar em revê-lo... Fiquei tão ansiosa! E com esse pensamento, enquanto subia as escadas silenciosamente, decidi surpreendê-lo.
        No entanto, eu acabei surpreendida.
        Ao abrir a porta do quarto, deparei-me com uma costa. Brilhante e esguia. Não a costa de Navi, e sim a de uma mulher totalmente desconhecida.
        — Na... vi? — Interrompi suas “atividades”.
        A movimentação parou imediatamente e seu rosto logo revelou-se. Surpreso, confuso e assustado. Essas três palavras definiam seu semblante.
        — Ultear..?! — Lembrou-se da sua situação. — Ah! Isso... Não é que parece!
        — Verdade? — Arqueei uma sobrancelha. Estava estranhamente calma com a situação.
        — Er... — Repensou sua resposta. — Não. Mas olha, não sabia que você estava de volta à França!
        — Quer dizer que sempre faz isso quando não estou?
        — N-não! — Levantou-se da cama. A garota que anteriormente estava lhe causando tanto prazer somente observava a cena. Abriu os braços em minha direção, na intenção de me abraçar. — Seja bem vinda de volta.
        Desviei-me de seu caminho.
        — Obrigada. — Respondi seca. — E até qualquer dia.
        Virei-me, fazendo a menção de ir embora.
        — E-espera, Ultear! — Berrou.
        Voltei-me para ele.
        — Pois não?
        — Er... Nós ainda somos... Você sabe, namorados, não é? — Permaneci calada. — Certo! Pergunta errada, me desculpe! Hum... Por que não se junta a nós?
        — O quê? — Questionei, estupefata.
        — Esse sempre foi meu sonho, sabia? Eu, você e mais alguém assim!
        Ri desdenhosamente.
        — Entendo... Seu grande pervertido. Infelizmente, não vai dar. Entretanto espero que se divirtam no resto da sua... Hum... Noite. Aqui. — Entreguei-lhe o vinho. — Aproveitem e tomem isso. Se divirtam. — Cantarolei, saindo do apartamento logo em seguida e ignorando os gritos de Navi.
        Até parece que iria chorar por causa disso. Não sou esse tipo de mulher.
        Voltei ao hotel e fui até a sala de bebidas. Minha garganta estava seca, precisava de algo para beber.

Meu Estranho MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora