Trinta e três

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ROGUE... — Murmurei seu nome assim que separamo-nos, ofegantes por causa do beijo arrasador que trocamos depois de sua declaração. — E-eu não sei se...

— Shhhh! — Balbuciou. — Não estrague o momento Lucy. Estive esperando nosso reencontro desde que partiu... — Voltou a me beijar com lascívia, sem dar tempo para surpreender-me com suas palavras que soaram tão doces e tão tristes aos meus ouvidos.

Inclinou-se um pouco, deitando meu corpo no sofá incrivelmente confortável. Em seus lábios podia sentir a saudade e carência a qual o havia largado. Estava começando a me sentir com culpa quando sua mão tocou minha perna perigosamente perto do short preto.

— Rogue! — Exclamei. — O que você...

— Shh! — Voltou a brandir. — Eu quero que volte a corresponder a mim, Lucy. Quero que volte — beijou-me na testa — a ser minha.

— Você... — Corei completamente diante daquela confissão. — Não acho que devamos fazer isso. — Empurrei-o. — Quero dizer... eu sinto que se voltar a corresponder-lhe... estarei traindo Natsu, e isso... Sei lá, parece errado. — Encarei-lhe os olhos vermelhos.

— Natsu? Esse é o nome dele?

— O quê?

— É só que... até agora você estava evitando me dar qualquer informação a respeito desse novo alguém, então estava me perguntando como ele era...

— Um tapado. — Respondi.

— Huh?!

— Um idiota volúvel que consegue perder os sentidos se fica irritado. Aquele babaca pode ser realmente assustador. — Mordi meu lábio inferior, lembrando de como ele pareceu um monstro para mim quando foi "me salvar" do tal Erigor. — Mas... ele consegue ser fofo. E bondoso. E incrivelmente amoroso quando quer demostrar seus sentimentos. Ele é pervertido e têm uns sérios problemas com a família pelo o que pude perceber, porém...

— Lucy... Você... está realmente apaixonada por ele.

Arregalei meus olhos, sentindo as lágrimas tomarem conta deles.

Se Rogue estava reconhecendo... Entretanto, não quero machucá-lo. E me apaixonar pelo Natsu realmente deve doer nele.

— Ele é o verão da minha vida, Rogue. - minha voz estava embargada por causa do choro ao qual lutava contra. — Porém não quero lhe machucar! O que eu devo fazer? — Enterrei meu rosto em minhas mãos. — O que devo fazer?

Enlaçou-me em um abraço caloroso e soltou um assobio.

— Caramba, ele é um forte oponente.

— Rogue?

— Eu... realmente fico feliz de você estar levando meus sentimentos em consideração, Lucy. Mas não quero lhe forçar a algo que não queira. — Beijou minha testa. — Se precisar desistir de você para que seja feliz, doerá muito, mas o farei de bom grado. Se está realmente apaixonada por ele, quem sou eu para impedi-lo? Essa é uma das consequências de ficar tanto tempo longe um do outro. Você seguiu em frente, então devo fazer o mesmo, certo?

Funguei, assimilando tudo o que ele me dissera, e acenei em concordância.

— Realmente está tudo bem ser assim? - indaguei.

— Bem... — Sorriu tristemente. — É doloroso, mas sim. Porém lembre-se disso: se esse cara lhe magoar novamente, ou então mostrar-se perigoso em qualquer sentido para você, não verei outra escolha a não ser retirá-la dele. — Sorri. — A propósito, Lucy... O que aconteceu com a pensão?

Meu Estranho MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora