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19:30

De manhã foi tudo calmo, não falamos sobre o que ele fez ontem e eu não falei nada sobre delegacia, ele quis ir até a casa do tal Michael de novo e eu tive que ir junto. Quando chegamos lá, Kay estava no sofá e o namorado dela também, fizemos o almoço e pedimos uns doces, enfim, foi tudo bem chato, depois varios meninos chegaram e eles foram pros fundos fazer sei lá o que.

Kay foi pra casa, então eu fiquei na sala sozinha, e pra ajudar meu celular estava com 6% de bateria e eu não tinha carregador ali, e também não iria pedir pra alguém. Fiquei tirando o esmalte das unhas até que vi Michael entrar e ir pra um dos quartos, e dar um grito.

Fui até lá, ele gritou "Madison" , e fui.

O olho sem entender, ele fecha a porta e uma expressão indescritível se forma em seu rosto, molho os lábios e franzo o cenho.

" Que isso?" - pergunto.

" Agora você vai saber o que é sexo."

Quando ele falou aquilo um desespero bateu, e eu comecei a tremer.

" Você tá louco?" - saio de perto dele que tenta me agarrar.

Dei voltas pelo quarto mas foi falho, ele me agarrou, tirou minha roupa e a dele, me olhou e deu uma risada maléfica.

" O Justin não sabe como satisfazer uma mulher. "

Uma de suas mãos foi até meu seio esquerdo e sua boca no outro, meu corpi estremeceu e tentei empurrar ele, mas era pior.
Ele disse pra mim não gritar, se não seria pior, então fiquei quieta, até quando ele disse "geme vadia" e puxava meu cabelo, o cheiro de vodka que saia de boca dele era horrível, seus gemidos também. Michael me virou e foi aí que senti uma dor, tanto no corpo como no coração, e eu realmente gritei. Ele me bateu um pouco, mas eu não liguei, a dor dos tapas não eram nada perto da dor de simplesmente estar ali e estar viva. Me esperniei e tentei sair dali, porém ele só me soltou quando chegou ao limite, e isso dentro de mim.

00:10

Faz um tempo que eu estou andando, pra falar a verdade, acho que fazem horas, não sei onde estou, só ando, tentando achar um buraco que me leve pro inferno logo, porque eu não preciso saber o gosto dele aqui na terra. Justin me ligou várias vezes e eu não atendi, só uma, e não falei nada, só chorei. É tanto desgosto. Vontade de morrer, de sair do próprio corpo por nojo.

Enquanto fico andando pelo meio fio, um carro para ao meu lado e eu começo a andar rápido, alguém desce e eu olho pra trás ao reconhecer a voz de Justin. Corro até ele e o abraço, voltando a chorar mais.

Horas depois.

" Calma, vai ficar tudo bem." - Justin diz tentando me acalmar, me abraçando mais ainda debaixo das cobertas.

Não respondo nada, só choro mais, alguns fios de cabelos entram em meu olho e eu me sento, pensando em tomar outro banho.

" Você já foi pro chuveiro 3 vezes." - ele me olha apreensivo e eu deito em seu peito de novo. - " Ele vai pagar por isso."

É tão estranho se sentir desconfortável em você mesma, perceber que você não se comanda.

" Eu só quero morrer. " - Digo entre soluços e aperto Justin mais uma vez entre o abraço.

" Não fale isso." - ele sussurra.

E eu volto a chorar, na esperança que minha alma saia desse corpo.

" Eu não vou deixar ninguém encostar em você. "

" Promete? " - O olho.

" Eu prometo." -Justin sorri de lado e eu fecho os olhos, respirando fundo.

É tão ruim essa sensação, querer fugir de você, ter vergonha de olhar pro seu corpo e não querer olhar pra ninguém, e o pior é que aquela cena fica tatuada na cabeça, isso com certeza é o pior de tudo, você nunca vai esquecer, esse vai ser o trauma.



N/a: ficou ruim mas eu queria ter feito melhor, quem sabe eu edito qualquer dia desses aaa

Fucking DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora