Fucking Daddy

[82]

Justin's POV.

- Justin? Justin!?

Escutei o Dr. me chamar na porta de sua sala e sai do transe em que eu estava. Foi horrível. Madison me esfaqueou. Não sei o que foi aquilo.

Me levantei e entrei na sala com ele.

- Quanto tempo!

- Sim, eu estava com preguiça de vir.- ri fraco.

- Entendo, sei que é chato sentar comigo e falar sobre a vida. Mas as vezes precisamos.

Eu ainda estava assustado com o que havia acabado de acontecer, e o doutor estava calmo em minha frente enquanto eu tremia.

- Eu melhorei muito nos últimos dias, acho que não tenho mais necessidade de vir...- ele me interrompeu.

- Justin, talvez você não goste da ideia, mas quero te propor uma hipnose. O que acha?

Fiquei surpreso e o olhei sem entender.

- Por que?

- Não sei. Posso fazer o que você quiser que eu faça com a sua mente.

Achei estranho, mas seria uma boa ideia, já que eu queria tirar algumas coisas que ainda me incomodam.

- Eu topo.- falei sem acreditar que realmente daria certo.

- Ok! Ótimo! Por favor, se deite onde você está. Fique confortável. Feche seus olhos e se concentre em tudo que irei dizer.

[...]

- Justin, agora quero que traga de volta o antigo Justin, aquele que morreu no passado. O Justin malvado. O Justin que fazia coisas horríveis. Quero falar com ele.

- Ele nunca morreu.- ri debochado.

- Estou vendo. Bom, quero que volte no dia em que você e a Madison brigaram pela primeira vez. Mas não deixe o Justin atual fugir, ele precisa ouvir o que você tem a dizer.

- Começou quando eu contei que eu tinha comprado ela. Ela ficou louca, quis fugir. Eu segurei os braços dela. Naquele momento eu só queria jogar ela na cama e...Enfim, ela ficou brava.

- Continue.

- Ela se sentou na cama e eu estava com uma garrafa na mão. Eu quis jogar nela e ouvir seus gritos mas joguei na parede só para dar um sustinho. - ri fraco.- Eu puxei o cabelo dela e vi o medo naqueles olhos. Uma cadelinha, assustada e indefesa. Ainda sim, ela tentou vir falar comigo, eu não queria falar, não queria conversar. Ela me irritava. Dei alguns socos e chutes nela. Foi satisfatório ver sua boca sangrar e cuspir sangue. Seu grunhido de dor era sexy. Ela caiu no chão, acho que desacordada e eu quis tanto tirar sua roupa e fode-la ali mesmo, mas não fiz. Eu fui dormir depois disso, sem ligar se ela ficaria bem ou não. Já fiz o suficiente em tirar ela daquela zona de merda.

- Wow... Isso é... mau.

- É, ela gosta.

- Acho que não.

- Gosta sim, é uma puta.

- Conte mais sobre suas brigas.

- Ela é insuportável, a voz dela falando me irrita. Me lembro da sensação de transar com ela. Eu ouvia ela dizendo não, mas eu continuava porque eu não ligava se iria doer nela ou não, eu estava gostando. Era uma delícia. Estar por cima dela, sem ouvir a voz dela, sem ela reclamar de nada, apenas me satisfazer. Era isso que eu queria quando paguei 180 mil dólares nela. Aquela velha está rica porque vendeu a menina mais nova daquela merda.

Meu corpo estremeceu e eu quis chorar. Aquilo não era eu. Tentei me sentar mas meu corpo se rejeitava. Não conseguia expressar emoções fisicamente, minha cabeça iria explodir.

- Por hoje é só, Justin. Pode ir embora Justin malvado, traga de volta o Justin atual. Sua personalidade nova volta agora.- ouvi o estalo de dedos dele.

Parecia que meu corpo havia voltado a ficar no meu comando. Suspirei aliviado e me sentei.

- Eu estou me sentindo péssimo.

- Era assim que você era. Era assim que você pensava.

Ainda bem que a Madison não se lembra disso, ela me odiaria. Eu me odeio por ter feito aquilo.

- Quero ir embora.

- Não é bom sair assim depois dessa conversa.

- Está tudo bem. Eu só preciso ir pra casa lidar com tudo isso.

- Ok, mas escute, você não é mais aquele cara, entendeu? Você é uma pessoa boa que tem um ótimo coração.

- Sim. É, obrigado. - falei me levantando e saindo as pressas dali.

Minha pressão caia cada vez mais, meu corpo amolecia. Entrei no carro e respirei fundo tentando entender o que havia acontecido.
Voltei para casa tenso, tremendo. Tranquei a porta e senti que o som ficava cada vez mais baixo em minha cabeça, meu corpo parecia gelatina e eu mal conseguia trocar os passos. Meu coração doía e acelerava cada vez mais, minha respiração estava falha e minha visão ficou totalmente preta.