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- Eu sempre quebro a cara.

- Madison, calma! Ele não deve ser tão louco assim.

- N I N F O M A N I A C O

- Eu entendi!

- O que eu faço?

- Não sei.

- ME AJUDA!

- Eu não sei o que dizer, nunca passei por isso, você é louca de ter ido pra Atlanta.

- Experiência.

- Isso não é experiência, você foi estuprada! Tem noção? Pode estar grávida.

- Seja menas, eu tomei pílula depois, e se eu estiver é lógico que eu vou abortar, odeio crianças.

- Pois é, você que ainda não é mãe não sabe disso, mas quando você tiver filhos vai saber.

- Eu nunca vou ter filhos! Deus me livre!

- Eu pensava assim.

- Eu sou decidida. Vou desligar, quero comer alguma coisa e não tenho dinheiro, acho que vou voltar, estou com medo.

- Vai dar certo, boa sorte!

Guardo o celular no bolso e suspiro, começando a voltar pra casa de Justin.

Por alguns minutos eu fiquei assustada com o que Violet disse, mas foi passageiro. Abro a porta e respiro fundo, rezando pra não dar de cara com Justin.

Entro devagar e olho para os lados, vendo que ele não estava por ali. Tomo coragem e vou andando até as escadas, começo a subir, sentindo meu coração pulsar mais a cada degrau que subo.

Passou pela minha cabeça de o chamar, mas aí eu teria que olhar pra ele, e essa simples ação me causa um pouco de medo e um arrepio na espinha. Entro em um dos quartos e tranco a porta, sentando na ponta da cama, começo a olhar o lugar e noto que tem alguns espelhos e uma mesa roxa com maquiagens quebradas em cima. Fico pasma, respiro fundo e pego meu celular, tiro foto daquilo e mando pra Violet ; " o que eu faço!?"

Logo ouço passos e olho por debaixo da porta ainda de pé, vendo que Justin estava ali, quando sua mão tenta abrir a maçaneta, eu fico trêmula.

" Madison, você está aí? " - sua voz soa do outro lado e eu fico sem reação.

Ele pergunta de novo, a mesma coisa.

Fico em silêncio.

Ele sai dali e eu suspiro aliviada, sento na frente da mesa e começo a revirar as pequenas gavetas ali, encontrando fotos.

Uma menina loira, com olhos azuis, cabelo longo e ondulado, seu rosto tinha algumas sardas, e sua boca era bem definida, deu até uma inveja.

Dou um pulo ao ver Justin no quarto e até processar que ele abriu a porta com outra chave, seus olhos vermelhos me assustam e eu me levanto, o olhando.

" Madison.." - Eu tremo quando ele vem em minha direção, me empurra e pega a foto da menina. -" O QUE VOCÊ VEIO FAZER AQUI!?" - ele grita e eu aperto minhas mãos, já suadas.

" E-eu.." - gaguejo e ele vem com a foto na mão, me encarando como se fosse me matar. -" Quem é essa?" - pergunto sem saber o que dizer, e ele me empurra.

" NÃO INTERESSA!" - ele grita de novo e eu tremo, indo pra trás com outro empurrão.

" INTERESSA SIM! Desde o momento em que você me adotou, deve me fazer sentir em casa, e tentar não me deixar desconfortável, você não recebeu os papéis?" - falo agora dando de dedo em sua cara, ele me olha com raiva e logo sinto sua mão em meu rosto, junto de todos os seus dedos, me fazendo cair sentada na cama.

Me levanto rápido, sentindo meu rosto latejar. Bufo com ódio e vou pra cima dele, dando tapas nele, ou tentando, já que ele segurava meus pulsos.

Ele pisou no meu pé, e logo seu joelho se colidiu com minha barriga, não sei bem aonde foi, e ele deu mais dois, fazendo com que eu vomite sangue.

" VOCÊ NUNCA PODE ENTRAR NESSE QUARTO! NUNCA!" - sua mão vem ao meu pescoço, ele me ergue na parede e eu começo a perder o ar, tentando chutar ele com as pernas e dar socos com a mão, mas eu não conseguia, já estava vendo tudo turvo por causa das lágrimas, ele me solta e eu caio no chão, e, outra vez, ele me da um chute na barriga.

O gosto do sangue puro na minha boca me faz cuspir várias vezes no chão, coloco a mão no peito e começo a tussir, quando o ar volta, me levanto e sento na cama.

Não vi pra onde ele foi, porque ele me trancou no quarto, e

Ele me bateu.

De novo.

Várias lágrimas caem e eu não as seguro, abraço um travesseiro e afundo meu rosto ali, dando gritos, que ficavam abafados.

Eu achei que aquilo que ele tinha feito era por causa da bebida, mas não. Talvez ele estivesse drogado agora, seus olhos vermelhos entregavam que ele havia fumado algo à pouco tempo. E ele pediu desculpas, e eu burra aceitei. Por quê? Porque eu sou muito inocente pra essas coisas que dizem e não cumprem, é muita ingenuidade, e isso me machuca, não saber lidar com nada direito. Parece qu eu não sei fazer escolhas certas, e que qualquer uma que eu faça vai dar errado,porque meus antepasados deviam ter feito muitas coisas e eu quem pago agora.

Tem gente que diz que gosta do gosto de sangue, até mesmo eu já disse. Mas isso, quando um dente caiu e eu pude provar o gosto, que era pouco. Há quem diga ainda que o gosto é horrível, e eu confirmo. É muito ruim, e fica pior quando você se dá conta, cai a ficha de como ele foi parar ali.

Uma coisa que me deixou em dúvida em meio essa dor, foi porque ele me deixou aqui, se disse que eu não podia entrar. Se fosse pra ficar fechado deveria estar cadeado à sete chaves, e isso é realmente estranho. Ele deve ter esquecido ou sei lá. Mas, tudo isso agora é muito ruim, tanto a dor no corpo quando na alma.

Flashback on

- Madison, cuidado!

Olho pro lado e vejo um menino de bicicleta quase me atropelando, desvio rápidamente e corro pro lado de Austin.

- Precisa olhar por onde anda!

Ele me abraça e eu faço o mesmo.

- Eu sei..

Sussurro e me encolho.

- Tá tudo bem, quando você se machucar eu vou estar lá pra te ajudar.

Flashback off

N/a : socorro, preciso contar uma coisa p alguém , pq n consigo me segurar, e eu achoq é meio sério. ;-;

Fucking DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora