Nunca é tarde. Às vezes é apenas cedo demais. Eu tenho que entender isso. Aliás, eu tenho que entender tantas outras coisas.
Às vezes topamos qualquer coisa para fugir da rotina, da realidade. Nada mais desgastante do que a rotina. Viver todos os dias dentro do hotel, passou a ser insuportável.
Queria sair pelas ruas sem me preocupar. Sentir a brisa no rosto. Ver a lua tocar o mar. Sentir os grãos minúsculos de areia entre meus dedos. Ter minha vida novamente.
É tarde, e comer todos os dias a minha comida, também enjoou. O mais perto que consegui sair da minha rotina, foi pedir algo diferente da comida do hotel.
Nosso jantar diário se transforma em pizza. Meia calabresa. Meia 4 queijos. No hotel. Porque o Gilmar não queria arriscar e sair a noite.
Qualquer coisa, em qualquer lugar, ao lado dele é perfeito.
O Gilmar entra no banheiro para tomar um banho e eu aproveito esse momento. Talvez algo mais pode quebrar a sensação de rotina.
Acendi algumas velas aromáticas que trouxe. Enchi as taças com mais vinho. Um gole de coragem. Uma dose de alegria. A insônia essa noite tem um único nome, se chama Gilmar, e tudo que iremos fazer juntos.
Tiro as poucas peças de roupa que me cobrem. Um toque de ousadia. Coloco o salto alto, e me sento à beira da cama. O coração acelera mais que o normal. Eu não quero decepcionar. Respiro profundamente enquanto espero ele sair do banho.
Hoje a noite é minha. Dele. Nossa.
Quando ele sai do banheiro, vejo caminhar ainda um pouco molhado. Completamente nu, secando os cabelos.
Para no meio do quarto e me olha de cima a baixo. Isso! Eu o surpreendi. Eu abro a boca, mas as palavras não saem. Tudo que eu consigo pensar é nele. Ele é lindo. Ele é lindo demais. Aquela pele dele bem branquinha. Aquele cheiro que ele tem, que eu nunca senti melhor. E o sorriso? Ah, nem se fala. Aquela coisa mais linda, aquele sorriso meio tortinho. Quando ele fica com vergonha e abaixa a cabeça como se quisesse sair de onde está, é lindo demais. Dá vontade de sorrir só por ver ele fazendo isso.
Acho que podia passar o dia todo escutando ele falar sobre qualquer assunto e não enjoaria, porque até aquela sua voz meia rouca é linda demais. Como seus olhos tem o poder de falar comigo mesmo sem dizer nenhuma palavra, isso me enlouquece e é a coisa mais sedutora que já vi. E isso me eleva. Eu quero. Eu quero ser sua.
Desde que Roberto apareceu, e eu fiquei gripada, o Gilmar me respeitou. Não forçou nada, eu não tinha pensamentos para sexo. Ao invés dele criar expectativas, deixei as coisas acontecerem naturalmente. É melhor se surpreender do que se decepcionar.
Gilmar está bem a minha frente, me observando com aqueles olhos que me fazem esquecer como é respirar.
Foi tudo muito rápido. De repente, questões de segundos, como o palito que se arrasta e acende, seu corpo colado no meu, me beijando com desejo. Gemo com os lábios colados nos dele. Ele sorri, um sorriso lindo, daqueles que deixam qualquer mulher babando.
- Eu estava com saudades. - Sua voz treme. Ele não precisava falar pois percebi pelo toque.
Sem deixar mais nenhum minuto passar, ele me vira de costas para ele. Nossos corpos se encaixam perfeitamente. Suas mãos deslizam sobre minha barriga. Inclino levemente o pescoço, e ele me beija bem ali. Em questão de segundos, o sutiã cai ao chão.
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Chama do pecado - Em revisão
RomancePLÁGIO É CRIME! PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. CONTÉM PALAVRAS ILÍCITAS, VIOLÊNCIA E CENAS DE SEXO. Angel é como a água. E todas as suas formas. Calma como em um poço, ou agressiva como em uma tempestade. Angel precisou deixar tudo que conhecia p...