É na queda que descobrimos a nossa verdadeira força. Eu sou apenas uma mulher. E ser mulher, nesse mundo, é um ato que requer coragem. E ser corajosa por amor, é o que sou agora.
Eu pensava que já havia sofrido em toda minha vida. Que tola. Mal sabia o que me aguardava...
Minha cabeça dói muito. É como se carregasse o mundo todo nela.
Escuto uma voz de mulher, uma voz conhecida, mas no momento não consigo lembrar exatamente de quem é.
E eu não consigo ver porque meus olhos estão vendados e minhas mãos continuam presas. Maldito, é tudo que consigo pensar.
- Eu sabia que tinha algo de estranho entre vocês! Eu tinha certeza que para me ignorar ele deveria estar de olho em outra pessoa, você achou que ia mesmo ficar com o gostosão dono do hotel? Se depender de mim não vai ficar não. Eu preciso te dizer que tudo que você falou, tudo que você fez, tudo foi registrado e adivinha quem está vendo neste exato momento? Pense no Gilmar vendo o seu vídeo de amor, será que depois disso ele vai querer ficar com uma você? Uma vagabunda que correu para os braços de outro. - Até esse momento eu não havia pensado em como toda essa confusão ia refletir nele. Eu estava em um surto interno e não podia fazer nada.
Estou amarrada, machucada e meu corpo dói muito. Para piorar, estou com fome e com frio também. Parece que continuo sem roupa e estou no chão. Não tenho forças para me levantar. Eu sempre fui durona, eu sempre fui forte, mas agora vejo que sou fraca. Eu não sou o que pensei. Deveria responder o que ela merece, mas da minha boca não sai palavras.
Não escuto Roberto e fico preocupada. Tudo que ele queria, era eu. E se ele não está aqui, será porque ele foi atrás de Gilmar e das crianças? E se ele encontrou? Isso não pode acontecer.
A mulher cede aos meus pedidos, me dando um pouco de água e sei que logo em seguida meu corpo relaxa e eu adormeço.
Perdida no espaço do tempo, sinto que sou levada no colo e pelo cheiro que odeio, tenho certeza que é Roberto.
Queria dizer que sinto fome, que preciso ir ao banheiro. Tomar um banho, usar roupas limpas. Descansar em uma cama confortável e quente. Necessitava de remédios, afinal, tudo dói. Desejei ter força suficiente para bater nele, no entanto, sabia que não era capaz disso.
Ele me solta no chão, e com um jeito grotesco tira toda a amarra e desvenda meus olhos. A claridade incomoda momentaneamente meus olhos.
Observo tudo com cuidado, estou num quarto meio bagunçado. Paredes sem cor, chão encardido. Uma cama de solteiro e uma mesinha ao lado, tem roupas dobradas, um prato de comida e ao lado um banheiro.
- Coma! Tome um banho. Fica cheirosa, depois eu volto para continuarmos o que começamos mais cedo! - Roberto sorri ao dizer tais palavras e meu estômago se revira.
Ele sai, e vou até a janela para tentar ver alguma coisa. Precisava acreditar que havia uma chance de sair deste inferno. Infelizmente está travada com cadeado.
Posso ver que é o mesmo lugar, só que na parte de cima. Pelo menos não me tirou da casa enquanto estava inconsciente. Isso arruinaria todo nosso plano.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Chama do pecado - Em revisão
RomancePLÁGIO É CRIME! PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. CONTÉM PALAVRAS ILÍCITAS, VIOLÊNCIA E CENAS DE SEXO. Angel é como a água. E todas as suas formas. Calma como em um poço, ou agressiva como em uma tempestade. Angel precisou deixar tudo que conhecia p...