Capítulo 10 - Toda a Gente é Fã dos BTS

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Quando o táxi chegou aos dormitórios da universidade, sentia-me muito nervosa. Abri a porta e admirei o edifício enorme que se estendia à minha frente como um gigante. Todos os edifícios do centro da cidade eram enormes, claro. Mas era estranho saber que ia morar num.

O taxista foi simpático e ajudou-me a tirar a enorme mala do porta-bagagens. Agradeci e paguei a viagem com o dinheiro que a minha omma me dera. Ela tinha-me dito que ia enviar dinheiro todos os meses para os meus gastos pessoais, uma vez que a bolsa apenas cobria os custos da universidade, quarto e refeições.

Quando fiquei sozinha, vendo o táxi afastar-se cada vez mais, agarrei no telemóvel para confirmar os detalhes do meu quarto. Piso 5, quarto 523.

Avancei determinada para as portas abertas do edifício e caminhei pelo hall-de-entrada, observando tudo com admiração. Era tudo bastante básico e neutro. Paredes brancas e cinzentas e algumas plantas aqui e ali. Naquele andar ficava um enorme refeitório à direita (onde serviam pequenos almoços, almoços e jantar) e à esquerda haviam casas-de-banho e uma pequena biblioteca com livros, filmes e revistas para o pessoal se entreter e descontrair. Aqui e ali já se viam alguns jovens a usufruir das instalações.

Segui em frente em direção ao balcão onde uma senhora de óculos redondos estava entretida com o seu computador. Provavelmente estaria a jogar solitário. Parecia ter a idade da minha omma, mas vestia-se como uma senhora idosa.

- Bom dia, com licença... - Fiz um esforço para tornar a voz mais audível. A minha timidez impedia-me de soar confiante, mas esforçava-me sempre para ser o mais simpática possível. - Eu queria a chave do meu quarto, por favor.

- Qual é o número do quarto? - A senhora tinha uma voz estranha. Fazia-me lembrar um toque numa guitarra desafinada. Fiz um esforço para não me encolher perante o ruído incomodativo.

- 523. - Informei apresentando o meu cartão de identificação para que ela pudesse confirmar quem eu era.

- Bem-vinda ao dormitório. Aqui tens uma brochura com as regras básicas do espaço e aqui tens o teu cartão de entrada no quarto. - Uau! Funcionava um pouco como nos hotéis. Achei que tinha lógica, afinal as chaves normais eram fáceis de replicar. Assim garantia-se que cada estudante só tinha a sua e que só o estudante tinha e autorizava o acesso ao seu quarto.

Agradeci e analisei rapidamente as regras do edifício. Parecia-me tudo bastante bem. As regras eram as básicas da higiene de um espaço público. Havia indicações de que para lavar a roupa havia uma lavandaria no rés-do-chão, atrás da sala de convívio, e que os produtos como lençóis, toalhas de banho, lixo e papel higiénico eram substituídos conforme a necessidade dos estudantes, bastando deixarem as coisas do lado de fora do quarto para serem recolhidos pela empregada da limpeza do edifício e ela ia deixando a mesma quantidade de produtos hermeticamente fechados. Ou seja, se deixasses uns lençóis sujos dentro de um saco próprio à porta do quarto de manhã, à noite terias um saco próprio com lençóis limpos. Esta parte eu tinha lido no site. Oh! E no final de cada ano faziam uma vistoria nos quartos para analisarem o estado das coisas, garantindo que ninguém estragava os quartos. Gostei.

Depois disso dirigi-me aos dois grandes elevadores. Perante a decisão básica de escolher o elevador que usaria para subir, optei pela cobardia e cliquei no botão do meio, que chamaria aquele que estivesse disponível. Ralhei comigo mesma pela cobardia.

O leve apito do aparelho da direita fez-me avançar rapidamente para entrar. Avancei e premi o botão do 5º andar, aguardando preguiçosamente que as portas se encerrassem.

Ao longe vi uma silhueta familiar a acenar com um sorriso. Semicerrei os olhos numa tentativa de ver melhor quem seria e apercebi-me, com surpresa, de que Jeon Yujin tinha acabado de entrar no edifício. Claro! Só podia! Dinheiro não lhe faltava... Só podia ter optado pelo melhor que o dinheiro podia comprar. Aproveitei a viagem de elevador para rezar aos anjinhos todos para que aquela rapariga não ficasse no mesmo quarto que eu.

Quando as portas do elevador se abriram, deparei-me com um corredor longo e estreito que se estendia para a direita e para a esquerda. Saí com alguma dificuldade por causa do peso que arrastava atrás de mim e aproximei-me da placa pregada à parede. Li que para a esquerda eram os números 501 a 515 e para a direita 516 a 530. 30 quartos por piso era muito, sendo que o edifício tinha cerca de 20 andares. Calculei que, ao todo, podiam ficar lá alojados 1200 estudantes. Uau!

Dirigi-me para o lado direito e percorri o corredor olhando atentamente à procura do número do meu quarto. Quando o encontrei, passei o cartão na máquina por baixo do puxador e o aparelho emitiu um apito muito baixinho e uma luz verde.

Abri a porta com nervosismo, puxando-a para fora e deparei-me com um quarto pequeno, mas não demasiado. Tinha espaço o suficiente para duas pessoas estarem confortavelmente.

Imediatamente à esquerda havia um pequeno móvel com duas prateleiras para arrumar o calçado e por cima um frigorífico pequeno. Ao lado havia uma porta que percebi rapidamente levar à casa de banho onde havia a sanita e um pequeno armário com um lavatório e um espelho em cima. Do lado direito da entrada havia outra porta que levava a uma divisão com um armário de portas e onde estava a pequena banheira. Que engraçado! Era para que as pessoas pudessem fazer a rotina matinal ao mesmo tempo, sem se estorvarem e sem terem de perder a sua privacidade.

Avancei mais para o interior do quarto, deixando a porta fechar-se atrás de mim com um pequeno estalo, e reparei que o resto era bastante simétrico. Ao fundo havia uma janela e de cada lado havia uma secretária com uma cadeira e uma estante de parede, havia um armário pequeno, uma cama de solteiro e uma pequena mesa-de-cabeceira com um candeeiro. Ainda sobrava algum espaço entre as coisas de um lado e do outro pelo que bem no centro havia um tapete.

Reparando vagamente no chão de madeira e nas paredes imaculadamente brancas, os meus olhos saltaram imediatamente para as coisas expostas no lado direito do quarto. Parecia que a minha colega de quarto já tinha chegado e já se tinha instalado. Era um alívio não ser a Yujin, mas senti-me preocupada quando reparei no enorme poster na parede. Bolas! Tinha de ser, não é? Claro, agora toda a gente é fã dos BTS... E aquela rapariga em particular parecia ser fã do Suga, a julgar pelo tamanho do poster dele, que era praticamente em tamanho real.

Suspirando, tirei as sapatilhas que tinha calçado e levei-as para o meu lado do quarto, sem saber bem como ia arrumar as minhas coisas. Decidi arrumar primeiro a roupa toda no guarda-fatos. Na parte debaixo coloquei o meu calçado todo (ainda bem que não era muito), exceto os chinelos de quarto que enfiei nos pés. Coloquei a câmara fotográfica e o portátil em cima da secretária. Os livros, cadernos e material da escola foram para a estante, junto com alguns CDs de música, filmes e livros que trouxera de casa. A minha omma tinha-me obrigado a trazer uma fotografia que tirara com ela e com a Hyunah no dia em que ficáramos a saber que tínhamos passado de ano e íamos para a universidade. Estávamos com um sorriso enorme. Coloquei-a na mesa-de-cabeceira.

Um clique sonoro fez-me saber que a minha colega de quarto acabara de abrir a porta.





Obrigada! Muito obrigada a quem estiver aqui a ler esta história.

Já sabem, se gostaram e querem apoiar a escrita da minha primeira fanfic, deixem o vosso voto e comentem. Vou adorar saber o que pensam!

Como será a colega de quarto da nossa protagonista?

Sei de alguém que não vai gostar nada dela! Ahah!

O capítulo hoje saiu mais cedo em homenagem ao maravilhoso teaser de DNA!!! 😍

BTSinhos!

E um miminho para os Sugaólicos!!!

E um miminho para os Sugaólicos!!!

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