9.9K 569 35
                                    

Italia|Europa|

Valentina Smuck

- Obrigada Devi, você é um anjo! .- escutei a voz de Helena no Hall de entrada, e segundos depois passei a enxerga-la. ela vinha em passos rápidos enquanto ajeitava seu óculos na cabeça. Nitidamente apressada.
E o Devi atrás carregando todas aquelas malas, que aparentemente estavam pesadas.

Ao me ver, fez uma careta.
- Está pronta? O carro já está nos esperando!

- Do que está falando? - Perguntei negando com a cabeça. Eu estava confusa.

- O Alessandro não a avisou? - Falou incrédula e passou a cruzar os braços.

Neguei novamente. Helena fez um enorme suspense, o que me causou medo.

- Droga Alessandro! Tá... Ainda dá tempo, irei chamá-lo. - Helena falou e começou a andar em direção ao elevador.

- Eu falo com ele... - falei alternativa. Digamos que aleatória, nem eu mesma sei ao certo porque disse essas palavras.

- Certo! Seja rápida. Ele deve está no escritório, terceiro andar! - Me orientou.
Sem me olhar, afinal ela estava mais do que concentrada em seu celular.

Posso confirmar que foi uma tarefa difícil identificar aqueles botões diferentes do elevador. Não haviam numeração, e se encontrei o botão do terceiro andar, foi por pura sorte.
Por outro lado, não foi difícil encontrar o escritório de Alessandro. digo isso porque a porta estava aberta, e Consegui vê-lo de longe, no fim do corredor.

Suspirei alto e mantive minha postura.
Ele estava de costas, observando pela janela o mundo a fora.

Bati delicadamente na porta, atraindo sua atenção. Ele se virou e tirou as mãos do bolso. Os raio de sol estavam em contato com a lateral de seu rosto, seus olhos castanhos brilhavam. Alessandro tinha um beleza divina, mas em comparação com o seu interior deixava a desejar.

- Podemos conversar? - Perguntei, ainda em um transe por contemplar sua beleza.

Ele somente assentiu como resposta e caminhou vagarosamente até uma estante de bebidas. O acompanhei com o olhar, e tomei a iniciativa de fechar a porta atrás de mim. O ambiente era tão frio quanto os sentimentos de Alessandro. Senti um arrepio por todo meu corpo. Talvez um incômodo pelo silêncio.

- Preciso melhorar em algo? - Novamente falei. E aquilo me causava agonia, pois ele nunca me respondia no momento certo.

O silêncio novamente tomou conta do ambiente, ele olhava cada garrafa de vidro.
E quando finalmente decidiu, pegou uma bebida azulada e uma das taças flûte logo ao lado.

Eu nunca conseguia identificar o que se passava pela cabeça dele, mas sabia que não tinha os melhores pensamentos.

Ele preencheu a taça com o líquido e estendeu para mim com um olhar penetrante. Encarei o conteúdo por longos segundos, e preferi não recusar. Ele aprovou minha ação com um sorriso lateral, e caminhou até sua mesa de vidro. Onde se encostou levemente e cruzou os braços.

- Você tem alguma coisa à dizer? - falei impaciente.

- Não. - respondeu grosso.

Em Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora