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Narração de um personagem off.

Clarisse Williams

A viagem me deixou exausta, dessa vez vim em um vôo público já que o jatinho do meu namorado está inativo.
E falando nele, eu estava sedenta pelo seu carinho.
Foram duas semanas sem ver meu amor, não vejo a hora de beijar sua boca, e poder tocar em seu corpo.

Eu já estava a caminho da minha casa, mansão Bonanno! Uma das propriedades que certamente será minha quando finalmente eu me casar com Alessandro. Óbvio que vou usufruir de seu dinheiro, afinal é muita coisa.

Alessandro tem diversos departamentos criados após a morte de seu pai, ele foi totalmente inteligente em investir o dinheiro. O pai dele não passava de um criminoso que usava o dinheiro para porte de armas e exportação de drogas.

Agora ele tem Cassino's, hotéis, clubes, boates e até um hospital.
O hospital se localiza em um bairro pobre no interior de Itália. Nunca pisei meus pés naquele lugar, mas com certeza deve ser deprimente ver aqueles drogados sem futuro. Entretanto, é útil para a sobrevivência dos funcionários de Alessandro.



Pelo lado bom, ele não financia drogas e nem vendas de menores. Mas pelo outro, fábrica armas fortemente.

- Cuidado, vai arranhar minha mala. Doméstica. - falei com uma das mulheres que trabalhava para mim e Alessandro. - Não adianta me olhar com essa cara, vai ficar sem seu emprego.

- Bom dia. - O porteiro me cumprimentou e eu apenas sorri para ele e exibi meu anel caríssimo.

- Oi Devi, sentiu minha falta? - Falei convencida sorrindo sincera para ele, Devi é o único que eu gosto naquela casa. Ele não é um interesseiro e isso pra mim é o suficiente.

- Com certeza não. - brincou, ele me amava também. Sei disso.

- Seu bobinho. Onde está meu marido? Ele já chegou?

- Pensei que a senhora iria ir embora hoje, já que esta era as ordens de Alessandro. - Devi mencionou e eu revirei os olhos.

- Não se meta na minha vida Devi, eu jamais irei sair da minha própria casa.
- Sorri para ele e comecei a andar pela casa, tudo do jeito que eu pedi. Casa limpa e com cheiro de eucalipto, todos vasos de plantas com flores vermelhas.

- Bom dia Senhorita! - Clara Joana falou após me ver na sala de jantar, só estava ela. Até porque esse horário é proibido ter empregadas circulando, odeio me dar de cara com esse povo sujo.
Apenas na cozinha é permitido, ou quando realmente é preciso.

- É senhora, senhora Bonanno. Como anda o jantar que eu pedi? - falei ignorando seu bom dia. Eu não gostava dessa mulher, ela sempre arrumava um motivo para tirar minhas ordens.

- Desculpa, que jantar? - se fez de louca.

- Eu pedi para que preparassem um jantar para mim e meu marido.

- Sinto muito, mas não preparamos nenhum jantar. Pois o seu marido. - deu ênfase na última palavra - Deu a ordem para que preparassem suas malas para a senhorita se retirar.

Em Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora