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Valentina Smuck

Não entendi o que aconteceu naquele local. Fui afastada tão rápido que mal olhei nos olhos de Nataniel, não que isso me instigasse mas eu queria o conhecer. Talvez para tirar a conclusão se tive sorte me casando com seu irmão.

Fora isso, Passei a tarde conhecendo o imenso hotel. Que era qualificado e com funcionários extremamente educados.
Entretanto não tive contato com os hospedados, segundo Alessandro para minha segurança.
E falando em segurança, lá era rigorosa.
Ao ponto de ter revista corporal e de pertences através de uma máquina metálica.Era assustador.

Eu andei a todo momento com um segurança ao meu lado, ele era até simpático porém trocou poucas palavras comigo.

Eu já estava exausta, e ansiava por minha nova casa. Mas Alessandro estava ocupado e eu precisava esperar por ele.
O que me custou toda paciência.

Entretanto, eu não estava tão impaciente quanto Alessandro. Percebi em seu rosto no mesmo segundo que ele veio ao meu encontro, com aquela mandíbula enrijecida e a testa franzida.
Nenhuma palavra foi dita, simplesmente fui obrigada a ir até o carro.

Daquela vez, Alessandro dirigiu. Então apenas eu e ele estava ocupando o veículo.

Meu corpo sofreu um espasmo, quando Alessandro bateu a porta com força ao entrar no carro e inseriu a chave na ignição. Nitidamente aborrecido. Segurei toda minha curiosidade, claro, com muito esforço.

- Por que fui afastada de Nataniel? - E falhei miseravelmente ao pergunta-lo.
Não tive resposta, Alessandro acelerou o carro.
Segurei o banco de couro preto e soltei o ar pela boca.

Alessandro deslizou sua mão pelo volante, enquanto a outra estava encostada em seu queixo.

- Será que pode parar de me evitar? E ir devagar , está me assustando. - Elevei meu tom de voz. Ele me olhou rapidamente e acelerou com o ódio estampado em seu rosto.
Ele estava bravo comigo?

- Pode ficar quieta? - Indagou com sua voz forte.

Senti um vento em minha barriga, meu coração paplpitava bruscamente e na alternativa de sair daquela realidade apertei o banco com mais força, e isso fez minha mão ficar dormente.
Não contive minha frustação, meu medo e muito menos minha raiva. Eu odiava ser tratada como um ser desprezível por Alessandro. Além do mais, que é desprezível era ele.

- Você é desprezível. - protestei em voz alta. Só que dessa vez não recebi seu olhar, recebi um tapa. Meu rosto queimou, assim como meus olhos que não se esforçou para segurar as lágrimas. Chorei feito criança, nunca recebi um tapa tão forte em meu rosto.
Coloquei a mão no local golpeado. Meu maxilar doía.
Não acreditei naquilo.

Ele encostou o carro na lateral da estrada e parou. Assim como os carros que estavam os agentes da máfia.

Meu peito subia e descia com rapidez. A dor interna era muito maior que a externa.
Alessandro tentou segurar meus pulsos mas me curvei ao máximo. Com medo, muito medo.

- Nunca mais toque em mim, seu monstro! - Falei com repulsa de ódio. Não economizei raiva em meu tom de voz. Minha garganta doeu logo em seguida de minha fala.

Em Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora