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Alessandro Bonanno

A morte de George Smuck pegou todos de surpresa, não pelo fato de ter causado tristeza ou falta, mas sim de alta desopressão. Assim como ele, Erik também estava nos causando muitos problemas.
Em certeza, já esperávamos uma ameaça como essa.

Talvez é egoísmo prestigiar uma morte quando se é casado com a filha do falecido, mas acredito que Valentina esteja sentindo a mesma sensação de livramento.

O que todos não sabem, é que Nataniel usou este alvo para sublevar toda a Máfia, entretanto, acertou em um centro de pouco valor.

O evento, foi justamente para espalhar toda a informação entre os membros da Máfia. Que até então, estava em sigilo entre os líderes. O que não era esperado, a notícia ter sido contada de maneira tão seca e infeliz.

Como um bom Don, domei os soldados inquietos e egoístas.

- Há dois dias houve um grande desrespeito contra minha mulher e minha casa. O combinado era pelo menos atuar uma tristeza, e respeitar o momento de minha esposa. Espero que essa situação não repita outra vez...

Os membros de cargos elevados se reuniam em uma sala superficial em Casa Nera.
Estávamos sentados à mesa de vidro, tão refinada e elegante quanto as roupas em uso naquela reunião.
Me olhavam como estátuas, aderindo toda informação e repreensão ofertada por mim.

- Lamento por ter dito daquela forma, Don. - Desculpou-se Rick, que havia dado a notícia naquela noite. - Esse erro não vai se repetir!

- Não, não vai. Porque você vai está sendo afastado temporariamente, Rick. Quando essa reunião terminar, conversaremos a sós. Se retire por favor.

A surpresa era grande, mas não tanto comparado a minha fúria.
O homem não opinou, nem mesmo me olhou com um ódio mortal. Apenas pegou sua dignidade e se retirou da sala, a deixando em um completo silêncio.

- Mais alguém? - Quebrei o clima usando minha melhor ironia.
Após de me certificar que todos preferiam guardar suas emoções, pedi para Jack antecipar-se com suas palavras.

- A morte de George Smuck não foi uma vingança, muito menos um convite para uma conversa. - Jack falava - Foi um aviso!

- Um aviso? - Erik perguntou, se fazendo de desentendido e inocente em toda história.
Erik usava uma boina cinza, e seus olhos transparentes estava encostados em seus lábios.

- George era um amigo próximo de Erik. Nataniel tentou nos confrontar, e se não o atacar na mesma moeda, vamos precisar poupar lágrimas para a próxima vítima.

- Não estamos aptos para uma guerra! - Tory discordou.

- Podemos ficar. - Jack rebateu.

- Isso levaria meses. 60% dos soldados são jovens em treinamento. Perderiamos antes de acertar uma bala no peito de Nataniel.

- Você pode os capacitar, Tory.

- Isso seria genocídio! - Alterou seu tom de voz.

- Vamos manter a calma, Capodecina Tory e Consigliere Jack vocês precisam entrar em um consenso! - Erik falou.

Me reclinei sobre minha cadeira macia e reconfortante, apenas observando toda falta de diálogo. Meu cotovelo estava apoiado sutilmente na mesa, e alguns dedos próximo à minha boca.

Em Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora