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Itália |Europa|
°Uma hora antes°.

Valentina Smuck

O sentimento de está sendo traída, é o pior sentimento que se pode existir.

Não, não é aquela típica traição que vem mediante ao seu parceiro é aquela traição inesperada, que vem da sua própria família.
Onde você deveria se sentir seguro e acolhido.

Aquele dia, foi o último em que me senti livre. Pois horas mais tarde eu iria está a mercê de meu marido.
Um homem que mal olhei nos olhos e troquei básicas palavras.

Talvez, eu estava indo de encontro com minha própria morte.

Agora irei explicar o porquê de ter passado por essa humilhação.

Meu pai George, era um amigo próximo de Edward.
Meu falecido sogro, que morreu em um terrível acidente — O qual nem mesmo a família sabe como ocorreu —.

George não passava de um bajulador de Edward, para conseguir um cargo superior e que rendesse fortuna em sua jornada como mafioso.
O que ele não esperava, era que após sua morte, os filhos de Edward o colocassem para fora do serviço. E isso o deixou furioso.

E como ele teve a brilhante ideia de me vender?
Ele soube dias antes que Edward seria morto.
Não, não foi um terrível acidente! Edward foi brutalmente assassinado à sangue frio, por seus inimigos que ainda ameaçam o resto da família.

E então, antes de sua morte George me vendeu como um objeto valioso para um dos filhos de Edward.

Aganância vive ao redor da minha família. Para ser sincero, o dinheiro é que mantém meus pais unidos. Não importa quem será o sacrifício! O dinheiro sempre vai ser a prioridade, doa a quem doer.

Para minha mãe, roupas de grifes e joias são mais importantes que a saúde mental da filha.

Fechei meus olhos apreciando as delicadas mãos de Neide. Que em poucos segundos me fez esquecer dos meus pensamentos. A escova descia pelo meu cabelo de forma suave. Eu amava contato físico, entretanto, não era comum receber abraços e carícias em minha casa. Apenas em eventos especiais.

- O que você acha desse penteado? - Neide falou sorridente após ajeitar a presilha lateral cintilante.
Neide era uma das domésticas que trabalhava para meus pais.

- Eu sou uma pessoa má? - Perguntei olhando em seus olhos através do reflexo no espelho.

- Como, senhora? - Me olhou de forma confusa. E apoiou a escova na penteadeira de forma lenta.

E eu, em resposta, a abaixei meu olhar.

- Hoje você está deixando de ser uma jovem para ser mulher. Estou orgulhosa, e você deveria estar também. Vai construir uma família! - se afastou vagarosamente e pegou meu vestido que estava pendurado em um cabide, ela o avaliou com o olhar. - Além do mais, vai ficar linda com esse vestido. - ergueu em minha direção e colocou de volta em seu lugar, eu afirmei com a cabeça.

Em Suas MãosOnde histórias criam vida. Descubra agora