Capítulo 62- Ele nunca vai me abandonar {Penúltimo capítulo} ❤

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Aquela noite foi perfeita. Eu nunca vivi momento tão bom assim e acho que será difícil algo superar, pois eu estava com todos que eu mais amava e mesmo não sendo exatamente um culto, estávamos cultuando a Deus também. Falamos de Jesus, dançamos para Ele e até tivemos um momento para falar com Ele, foi tudo realmente incrível. Espontâneo.

As melhores coisas acontecem sem querer. Sem aviso prévio. Quando flui naturalmente parece que o clima é totalmente diferente do que marcar data e hora em um local. Claro que isso tudo também é bom, mas melhor ainda é quando Deus nos guia num momento que não estamos esperando.

Shawn levou a todos para casa. Finalmente estava no portão da minha casa.

- Durma bem, eu te vejo amanhã? - Diego pergunta ainda com suas mãos nas minhas.

- Claro que sim - Dou um selinho nele que o faz sorrir.

O mesmo acena e volta para o carro, eu me despeço de todos, mas Arthur sai do carro correndo e me abraça bem forte.

Eu fico sem entender nada, mas retribuo o abraço.

- Eu te amo, Alana. Mesmo. Você sempre vai ser minha melhor amiga - Ele diz com a voz baixa.

Mais uma vez sinto um nó se formar na minha garganta.

- Eu também te amo Arthur, você foi um dos melhores presentes que Deus me deu - Me aconchego nele.

- Olha, a Lorena mandou eu te dar isso. - Ele se desprende de mim e me dá um pendrive.

Shawn toca a buzina do carro fazendo nós dois nos assustarmos.

- Larga minha namorada seu abusado! - Diego grita de dentro do carro e Arthur revira os olhos.

- Vamos logo Arthur! Amanhã vocês se falam mais - Shawn também diz.

- Até mais Alana - Ele pega na minha mão e a beija.

Quando ele a solta gradativamente sinto meu coração ir apertando aos poucos. Espero ele entrar no carro e Shawn dar partida novamente, fico olhando a todos indo embora até saírem da minha vista.

Enfim entro em casa. Guardo o pendrive na minha bolsa e pego meu celular, mas ele estava desligado.

Olhei para cima e vi a luz do escritório de Pablo acesa e o resto da casa toda desligada, tive medo de entrar e encontra-lo na mesma situação de alguns dias atrás. Eu realmente não queria presenciar ele em tal estado novamente. Eu peço a Deus todos os dias que limpe seu coração.

Eu ouvi os verdadeiros sentimentos dele, mas de alguma forma não estava pronta para responder. Eu sentia culpa e queria muito pedir perdão, eu queria reatar o laço entre irmãos que a muito não tínhamos.

Coloquei a chave na porta, pois eu já imaginava que ninguém, além dele, estava em casa. Destranquei a porta e a abri. Assim que pisei meu pé em casa tropecei em algo que me fez derrubar a bolsa e machucar meu pé, liguei a luz e caí sentada no sofá quando vi a bagunça que a casa estava.

Tudo destruído. Completamente. Os moveis jogados e os vasos quebrados. Meus olhos se encheram de lágrimas naquele momento. Tudo que minha mãe tinha feito na decoração da casa estava acabado. A coisa na qual eu bati era um pedaço quebrado do vaso de flores preferido dela, meu pé apenas foi protegido pelo meu sapato. Eu tive sorte de tropeçar em vez de pisar.

Larguei minha bolsa e fui rodeando a casa. Sala de jantar, cozinha, os quartos. Tudo. Voltei para ir ao escritório do meu irmão e, sem bater, entrei.

- O que você fez Pablo? - Ele estava em pé diante da janela aberta com um copo de bebida na mão, vi sangue pingando da mesma. - Você se machucou! Meu Deus! - Corri até ele, mas antes de pegar sua mão ele se esquivou.

O preço de ser cristãOnde histórias criam vida. Descubra agora